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Plano de aula: Introdução às práticas corporais de aventura

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Descrição

Este plano contempla o primeiro contato dos estudantes com as práticas corporais de aventura, portanto, está direcionado para apresentar e discutir sua origem e conceitos básicos relativos a essas atividades. As aulas também oferecem experimentações que evidenciam as características dos movimentos, o uso e deslocamento nos espaços e as considerações sobre a  individualidade e segurança de todos como aspectos fundamentais durante as práticas.

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

Práticas corporais de aventura urbanas

Objetivos de aprendizagem

  • Conhecer as origens das práticas corporais de aventura.
  • Relacionar as características gerais das práticas corporais de aventura urbanas com os materiais, as vestimentas e os equipamentos de segurança necessários.
  • Propor uma classificação das práticas corporais de aventura urbanas de acordo com as características de cada atividade.

Competências gerais

1. Conhecimento

2. Pensamento científico, crítico e criativo

9. Empatia e cooperação

Origem das práticas corporais de aventura

Ainda que existam há muito tempo, as práticas corporais de aventura estabeleceram-se recentemente como atividades curriculares nas aulas de Educação Física, devido a sua massificação no início dos anos 2000. Essas práticas foram nomeadas e conceituadas de diversas maneiras: atividades físicas de aventura na natureza, esportes radicais, esportes californianos, atividades físicas ao ar livre, esportes de aventura, esportes extremos, entre outras definições.

Uma vez que o termo “esporte” pode ser interpretado por atividades realizadas em contextos competitivos, com objetivo de melhorar o rendimento e caracterizadas por regras formais, o que reduziria o significado dessas atividades, optamos pelo termo “práticas corporais de aventura”, preservando o caráter lúdico e desinteressado, além de constituir eixo temático na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e unificar e facilitar a organização didática.

Práticas corporais de aventura

As práticas corporais de aventura são um conjunto de atividades caracterizadas geralmente por desafiar e aproveitar os ambientes físicos, lidar com riscos e perigos advindos da imprevisibilidade, oferecer emoções diversificadas e subverter modelos padronizados para estar e se movimentar nos meios urbano e na natureza.

Inicialmente realizadas em ambientes naturais, essas práticas surgiram em parte pelo desejo de conhecer outros lugares, ter novas experiências, viver diferentes percepções em meio a natureza, romper com a rotina, aproveitar momentos de lazer e obter prazer pela sensação de instabilidade e risco que envolve essas práticas.

 

São exemplos de práticas corporais de aventura: alpinismo, arvorismo, asa delta, balonismo, banana boat, base jump, BMX, bodyboard, bodysurf, boia cross, bungee jump, caiaque, caminhada ecológica, canionismo, cascading, cicloturismo, corrida de aventura, corrida de montanha, corrida de orientação, escalada, espeleoturismo, esqui aquático, estilingue humano, flyboard, jet ski, jet surf, kitesurf, mergulho, montanhismo, moto cross, mountain bike, paramotor, parapente, paraquedismo, parkour, patins, rafting, rali, rapel, rolimã, sandboard, skate, esqui na neve, skimboard, sky surf, slackline, snowboard, stand up paddle, stand up surf, street luge, surfe, tirolesa, trekking, wakeboard, windsurf e wingsuit.

Um dos exercícios mais realizados nos últimos anos é buscar uma classificação que faça jus à variedade de atividades entendidas sob essa definição. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) faz uso de uma categorização relacionada ao meio de ocorrência: urbana ou natureza. Inácio (2021) propõe que levemos em conta o deslocamento em seus sentidos/direções (horizontal, vertical, misto), formas (rolamento, deslizamento, queda livre ou controlada, habilidades corporais), impulsos (força humana, gravidade, vento, saltos) e a composição entre risco controlado e aventura.

Práticas corporais de aventura urbanas

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As práticas corporais de aventura urbanas surgiram como adaptação das atividades realizadas na natureza para as cidades, reelaborando o uso e deslocamento nestes espaços para extrair deles as experiências de quebra da rotina e experimentar novas sensações como o skate, que surgiu como adaptação do surf. Outras são praticadas exatamente como na natureza, como o slackline, e ainda existem aquelas específicas dos ambientes urbanos, como o parkour e o patins.

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Aula

Materiais sugeridos
  • Sala de aula.
  • Projetor de vídeo, televisão, computador ou aparelho celular.
  • Quadro ou painel.
  • Caderno dos estudantes.
  • Espaços disponíveis na escola, como quadra ou pátio.
  • Materiais esportivos disponíveis na escola: arcos, bastões, colchonetes, cones, cordas etc.
  • Folhas de papel/caderno.
  • Giz, canetas ou lápis de cor.
  • Fita adesiva.

Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.  

Conversa inicial

Sugerimos que esta aula seja iniciada com um quadro ou painel para registrar a atividade e, se possível, um projetor de vídeo.

Apresente alguns vídeos de práticas corporais de aventura, conforme as sugestões a seguir:

  • Bike

  • Parkour

  • Skate

  • Slackline

  • Surfe

Perceba a necessidade de uma audiodescrição ou legendas na apresentação dos vídeos. Outra possibilidade além da projeção dos vídeos seria mostrá-los na tela do computador, celular ou imprimir imagens de práticas corporais de aventura. Veja se é necessário explicar de forma pormenorizada ou especificamente a algum estudante. Pergunte aos estudantes se conhecem ou já praticaram alguma das atividades apresentadas. Caso surjam negativas a respeito, peça aos que responderam afirmativamente  que compartilhem conhecimentos ou experiências prévias com os demais. Conforme as práticas corporais de aventura forem identificadas, anote os nomes no quadro.

A seguir, desenhe no quadro uma tabela conforme o exemplo:

Esportes radicais

Esportes de aventura

Práticas corporais de aventura

Direcione a discussão propondo-lhes classificarem cada uma das práticas corporais de aventura anotadas no quadro em uma das três categorias da tabela. Permitindo que a turma discuta a coerência entre uma prática estar em uma ou mais colunas, assim como a possibilidade de não estar em nenhuma delas. Veja a necessidade de se explicar os conteúdos da tabela a estudantes com baixa visão.

Nesse momento, estimule a participação oral para que os estudantes possam argumentar livremente baseando-se em suas experiências prévias e socializando seu conhecimento sobre o tema, por meio do uso de habilidades como a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade para investigar causas com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

Assim que a classificação for concluída, explique-lhes que as práticas apresentadas poderiam ser classificadas em qualquer coluna da tabela, pois se trata de nomes diferentes para o mesmo grupo de atividades. Diga-lhes que nas aulas de Educação Física serão chamadas de “práticas corporais de aventura” e estão organizadas sob o critério do meio onde ocorrem: práticas corporais de aventura urbanas e práticas corporais de aventura na natureza.

Pontue que as práticas corporais de aventura são diferentes de outras atividades mais convencionais e têm como princípios a maior flexibilidade ou ausência de regras para participação e a imprevisibilidade do meio físico (rios, mares, florestas, montanhas, obstáculos). Conclua dizendo-lhes que a maioria das práticas de aventura surgiu na natureza e foi adaptada ao meio urbano, como o surfe que deu origem ao skate. Com o passar do tempo, outras modalidades foram criadas e continuam sendo praticadas exclusivamente em ambiente urbano.  

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