Plano de Aula

Plano de aula: Ginástica rítmica: explorando diferentes implementos e organizando coreografias

mais ações

Descrição

No desenvolvimento deste plano, procuramos levar os estudantes  a aprofundarem-se em aprendizagens sobre a ginástica rítmica e suas principais modalidades, bem como a ampliar a utilização de  materiais. Para isso, devem explorar a sua criatividade realizando movimentos com os materiais construídos a partir dos seus conhecimentos prévios sobre a ginástica. Espera-se que ao final do processo sejam capazes de criar pequenas coreografias individuais e coletivas.

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

  • Ginástica geral.

Objetivos de aprendizagem

  • Conhecer a ginástica rítmica e as suas principais modalidades.
  • Identificar a presença dos movimentos da ginástica rítmica em outras modalidades da ginástica.
  • Identificar os principais implementos utilizados na modalidade.
  • Confeccionar materiais alternativos para a prática da ginástica rítmica.
  • Reconhecer as potencialidades e os limites do corpo na prática da ginástica rítmica.
  • Criar movimentos da ginástica rítmica usando diferentes materiais.
  • Criar coreografias individuais e coletivas a partir dos elementos da ginástica rítmica.

Competências gerais

1.        Conhecimento

2.        Pensamento científico, crítico e criativo

3.        Repertório cultural

8.        Autoconhecimento e autocuidado

9.        Empatia e cooperação

10.        Responsabilidade e cidadania

Contexto da modalidade

A ginástica rítmica começou a ser praticada no século XX. Ao contrário da ginástica artística, ela é uma modalidade mais nova, que aflorou principalmente após a Segunda Guerra Mundial. Com movimentos vindos da ginástica artística, ganhou, em 1946, na Rússia, o termo “rítmica” devido à presença de acompanhamento musical e de dança. No entanto, somente em 1962 a prática foi reconhecida como esporte pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), após a realização de competições organizadas por países do leste europeu, e, em 1963, a FIG passou a realizar as competições da modalidade (SEED, 2021). Então, desde 1984 essa modalidade faz parte do programa dos Jogos Olímpicos, juntamente com a ginástica artística e de trampolim, porém sua realização é apenas para as mulheres, o que não impede que homens possam praticar em outros ambientes.

Características básicas 

De acordo com a CBG, é uma “modalidade praticada a mãos livres e com aparelhos (corda, arco, bola, maças e fitas ); em competições individuais e coletivas (5 atletas). Na execução individual, as ginastas competem em quatro aparelhos, já no coletivo, competem em dois conjuntos, sendo um simples e outro misto. Sua beleza plástica, graça e elegância formam uma junção harmoniosa de movimentos e ritmo” (FGSC, 2021). Fazem parte dessa modalidade movimentos básicos da ginástica, como equilíbrio, paradas de mão, velas, espacates, pontes, rotações e elementos de ligação, como saltos e pivôs combinados à manipulação de objetos.

A interação entre os movimentos e o uso dos aparelhos manipulativos deve ser incluída desde o início, como método global, para obter melhor resultado na aprendizagem, já que é mais motivador para mobilizar os estudantes para a aprendizagem (CAÇOLA, 2007).

Objetos manipulativos

Apesar de os materiais utilizados na ginástica rítmica serem simples, alguns objetos, como fitas e maças, não são tão comuns no ambiente escolar. No entanto, podem ser produzidos de maneira adaptada, até mesmo pelos estudantes. Para saber mais como construir esses objetos, acesse os seguintes links:

Realização dos movimentos básicos

Para que esses elementos sejam realizados, alguns cuidados e observações devem ser tomados. Lembrando que ao passo que os estudantes vão evoluindo poderão combinar os movimentos com a manipulação dos objetos da ginástica rítmica.

Nos rolamentos é importante haver material e espaço físico adequado para a prática, como colchonetes e colchões. Além dos materiais, a execução deve considerar algumas ações fundamentais, como apoiar as mãos no chão na largura do ombro, encostar o queixo no peito, impulsionar o corpo com os membros inferiores unidos em um movimento explosivo e formar um arco com a coluna.

Na vela, os estudantes devem ficar em decúbito dorsal (barriga para cima) com as mãos elevando o quadril, mantendo equilíbrio invertido, em que a nuca fica apoiada no solo e o corpo elevado.

No espacate não se espera que a maioria dos estudantes seja capaz de fazer uma abertura total das pernas, a flexibilidade deve ser treinada regularmente para que se consiga resultados mais efetivos, no entanto, os exercícios podem ser do mais simples aos mais complexos. Antes de iniciar as atividades desse tipo, garanta um bom aquecimento para o corpo, incluindo atividades de mobilidade articular. Após o aquecimento, realize alongamentos como borboleta, alongamento frontal com pernas afastadas, extensão total de uma das pernas com a outra flexionada apoiada à frente do corpo. Aumente a amplitude dos movimentos, utilize apoios como bancos para que os estudantes possam controlar a extensão dos membros inferiores. Quando houver maior domínio corporal, é possível retirar os materiais auxiliares.

Para realizar a parada de mãos, alguns educativos podem ser utilizados, uma das atividades é o “cavalinho”, em que o estudante deve apoiar as mãos no chão e dar “coices” no ar, elevando cada vez mais as pernas em sentido vertical. Para a parada de mão completa, o estudante deve estar em pé, com uma das pernas à frente do corpo e os braços elevados na largura do ombro. Para que o movimento seja completado, deve projetar o tronco e os braços para frente e para baixo, apoiando as palmas da mão no chão. Após realizar o apoio, deve elevar a perna de trás seguida do quadril e do tronco, ficando de cabeça para baixo em posição ereta. Inicialmente, o desmonte pode ser feito voltando à posição de início, já no movimento completo, no desmonte deve rolar para frente, encostando o queixo no peito, flexionando os braços e apoiando as costas no solo, depois o resto do corpo com as pernas flexionadas.

Nos movimentos de equilíbrio, as atividades podem envolver diferentes tipos de equilíbrio, como o dinâmico e o estático. Ficar em um pé só, andar na ponta dos pés, saltar em pontos específicos, manter o equilíbrio após a realização de saltos, andar sobre superfícies com área de contato reduzida são atividades que poderão desenvolver essa capacidade física. Este movimento pode ser explorado em conjunto com a manipulação de objetos, como fitas e arcos.

O movimento de ponte é um exercício preparatório para a realização de outros mais complexos, como o salto mortal para trás, portanto, deve ser trabalhado logo na fundamentação da ginástica. Para realizá-la, na fase iniciante, o estudante deve deitar-se em decúbito dorsal (com a barriga para cima), flexionar os joelhos apoiando os pés no chão, colocar as mãos apoiadas no solo ao lado das orelhas levantando o corpo em uma hiperextensão da coluna. Nas fases mais avançadas, os estudantes podem formar a ponte partindo da posição em pé; para realizá-la, o professor pode segurar na altura do quadril do estudante ajudando-o a preparar-se para formar a ponte, até que ele se sinta seguro para realizar o movimento sozinho. Lembre-se, antes de realizar a ponte é importante que os estudantes estejam preparados com  aquecimento, treino de flexibilidade e mobilidade articular das principais estruturas envolvidas, como as do punho, quadril e da coluna.

Nos elementos de ligação, estão presentes os pivot e os saltos. Nos pivôs, há uma elevação e flexão de uma das pernas, com movimento realizado em meia ponta (dos pés) seguido de uma rotação de 360º com o corpo e braços estendidos voltando-se para o lado do ponto de partida.

Nos saltos, podem conhecer e explorar diferentes formas de saltar, combinando diferentes elementos, como os de afastamento de pernas e giros, juntamente com a manipulação de objetos.  

Habilidades motoras

A prática da ginástica demanda e desenvolve diferentes capacidades físicas e habilidades motoras. As capacidades físicas são os atributos treináveis do corpo, elas dependem de características genéticas e de quanto as utilizamos no dia a dia. Na prática da ginástica rítmica estão evidentes elementos que envolvem flexibilidade, coordenação, força, agilidade e equilíbrio.

Na execução dos movimentos, é possível perceber as habilidades motoras de locomoção, como caminhar, correr e saltar; de estabilização nos movimentos de equilíbrio, giros, apoios invertidos e paradas de mão, por exemplo. Já as habilidades de manipulação, que dependem de lançar, agarrar e receber, variam de acordo com os objetos utilizados e os movimentos escolhidos na prática.

Durante as aulas é importante que os estudantes reconheçam essas habilidades motoras, possibilitando a discussão nos momentos de reflexão. Na ginástica rítmica é possível perceber diferentes movimentos que fazem parte de outras modalidades de ginástica, por isso, é importante que os estudantes se apropriem dos seus elementos, e, após as atividades realizadas, sejam capazes de organizar uma sequência individual e coletiva.

Bibliografia

BRASIL. Ginástica rítmica. Rede do Esporte, 2021. Disponível em: http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/ginastica-ritmica Acesso em: 30 nov. 2021.

CAÇOLA, P. Iniciação esportiva na ginástica rítmica. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, Lazer e Dança. v. 2, n. 1, p. 9–15, mar. 2007.

PARANÁ. Secretaria de Educação do Estado. História da ginástica rítmica, 2021. Disponível em: http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=166 Acesso em: 30 nov. 2021.

SANTA CATARINA. Federação de Ginástica de Santa Catarina . Ginástica rítmica., 2021. Disponível em: https://www.fgsc.com.br/modalidades/gr Acesso em: 30 nov. 2021.

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