A Redenção de Cam - Contexto
Plano de Aula
Plano de aula: Redenção de Cam: imigração e branqueamento no Brasil imperial
Plano 5 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Escravidão nas Américas
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF08HI19, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários:
- Caderno.
- Lápis.
- Canetas.
- Cartolina.
- Borracha.
Material complementar: Para realizar a aula você irá precisar de:
- Uma impressão do quadro A redenção de Cam para compartilhar com os alunos. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/m8QG49QHCCk2kcqH2PpTvWTMEYNS4uMbHBxzM3nPFXDsJzxD4RDawMJ9ZdyC/his8-19und05-a-redencao-de-cam-contexto.pdf
- Impressão da coletânea de texto a ser usado pelos alunos na Problematização, disponíveis em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EVjUkHfSkS7nrkstcRgSuPesK4zFhVD3yduUXEFkfF5CHehgfqqXjQ52mtPC/his8-19und05-texto-para-impressao-problematizacao.pdf
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, alguns artigos são indicados:
- SCHNEIDER, Alberto Luiz. O Brasil de Sílvio Romero: uma leitura da população brasileira no final do século XIX. Projeto História nº 42. Junho de 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/viewFile/7982/5852. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- ROMERO, Sílvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1903. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/PESQUISA/ebooks/344495.pdf. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- SCHWARCZ, Lilia Moritz. Quase pretos, quase brancos. São Paulo: Revista Fapesp, Ed. 34, 2007. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/quase-pretos-quase-brancos/. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Ed. Fator, 1983. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf . Acesso em: 19 jan. de 2019.
- Tese do branqueamento, por Cláudio Fernandes. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm. Acesso em: 30 de jan. de 2019.
- SOUZA, Vanderlei Sebastião de; SANTOS, Ricardo Ventura. O Congresso Universal de Raças, Londres, 1911: contextos, temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 7, n. 3, p. 745-760, set.-dez. 2012.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Leia o objetivo da aula para a sala, projetando o slide se assim for possível ou escrevendo no quadro. Tire as dúvidas que possam surgir e certifique-se de que toda a sala entendeu a proposta.
Para você saber mais: Para realizar a aula você irá precisar de:
- Uma impressão do quadro A redenção de Cam, para compartilhar com os alunos. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/m8QG49QHCCk2kcqH2PpTvWTMEYNS4uMbHBxzM3nPFXDsJzxD4RDawMJ9ZdyC/his8-19und05-a-redencao-de-cam-contexto.pdf
- Impressão da coletânea de texto e infográfico a ser usado pelos alunos na Problematização, disponíveis em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EVjUkHfSkS7nrkstcRgSuPesK4zFhVD3yduUXEFkfF5CHehgfqqXjQ52mtPC/his8-19und05-texto-para-impressao-problematizacao.pdf
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, alguns artigos são indicados:
- SCHNEIDER, Alberto Luiz. O Brasil de Sílvio Romero: uma leitura da população brasileira no final do século XIX. Projeto História nº 42. Junho de 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/viewFile/7982/5852. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- ROMERO, Sílvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1903. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/PESQUISA/ebooks/344495.pdf. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- SCHWARCZ, Lilia Moritz. Quase pretos, quase brancos. São Paulo: Revista Fapesp, Ed. 34, 2007. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/quase-pretos-quase-brancos/. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Ed. Fator, 1983. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf . Acesso em: 19 jan. de 2019.
- Tese do branqueamento, por Cláudio Fernandes. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm. Acesso em: 30 de jan. de 2019.
- SOUZA, Vanderlei Sebastião de; SANTOS, Ricardo Ventura. O Congresso Universal de Raças, Londres, 1911: contextos, temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 7, n. 3, p. 745-760, set.-dez. 2012.
Contexto
Tempo sugerido: 15 minutos.
Orientações: Nesta etapa você irá contextualizar a discussão a ser realizada durante a aula. Para isso, use o quadro A redenção de Cam, explicando aos alunos que a pintura foi utilizada para ilustrar um artigo sobre branqueamento do médico brasileiro e diretor do Museu Nacional, João Batista de Lacerda, no Congresso Universal das Raças, em Londres, em 1911.
Você deve projetar a imagem para a sala, se assim for possível, ou imprimir uma cópia da imagem, que está disponível no link: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/m8QG49QHCCk2kcqH2PpTvWTMEYNS4uMbHBxzM3nPFXDsJzxD4RDawMJ9ZdyC/his8-19und05-a-redencao-de-cam-contexto.pdf e ir passando por todos os alunos para que eles possam observar a imagem e realizar a análise.
Você deve analisar o quadro em conjunto com os alunos apontando os detalhes que mostram a exaltação à política de branqueamento implementada no Brasil durante o século XIX. Aponte para detalhes importantes do quadro como a postura da avó, negra retinta, que olha para o céus e faz um gesto de gratidão pela neta, esta já branca. É importante enfatizar também a mãe, já mestiça, bem mais clara que a avó, que mostra uma sistemática do embranquecimento da população negra ao decorrer das gerações, e o olhar do pai, este branco, orgulhoso ao ver a filha também branca, como uma sensação de “dever cumprido”.
Ressalte estes pontos para que os alunos entendam a discussão que irá se seguir daqui, de como a política de imigração do Império brasileiro também está relacionada a uma medida eugênica racista, de “purificação” da população brasileira, considerada muito “africanizada” pelos intelectuais da época.
É importante que você explique para os alunos o título do quadro, deixando clara qual a mensagem que ele queria passar: “A imagem do quadro transmite categoricamente a tese que Baptista defendia: o embranquecimento através das gerações. Brocos propõe a diluição da cor negra na sucessão de descendentes e insere nessa sucessão a ‘redenção’, a ‘absolvição’ de uma ‘raça amaldiçoada’, isto é, a descendência de Cam, filho de Noé, que, no livro do Gênesis, é amaldiçoado pelo pai. A história de Cam, a despeito de seu simbolismo bíblico, foi interpretada à revelia pelo racialismo do século XIX, no qual Brocos estava envolto. O ‘escurecimento’ dos descendentes de Cam teria desembocado na raça negra africana, que poderia ser redimida por meio da mistura com a raça branca europeia”.
(Fonte: Tese do branqueamento, por Claudio Fernandes. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm. Acesso em: 6 de janeiro de 2019.)
Como adequar à sua realidade: Você pode pesquisar o país de origem da maioria imigrante da sua região e relacionar com a discussão realizada em sala de aula.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, alguns artigos são indicados:
- SCHNEIDER, Alberto Luiz. O Brasil de Sílvio Romero: uma leitura da população brasileira no final do século XIX. Projeto História nº 42. Junho de 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/viewFile/7982/5852. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- ROMERO, Sílvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1903. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/PESQUISA/ebooks/344495.pdf. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- SCHWARCZ, Lilia Moritz. Quase pretos, quase brancos. São Paulo: Revista Fapesp, Ed. 34, 2007. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/quase-pretos-quase-brancos/. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Ed. Fator, 1983. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf . Acesso em: 19 jan. de 2019.
- Tese do branqueamento, por Cláudio Fernandes. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm. Acesso em: 30 de jan. de 2019.
- SOUZA, Vanderlei Sebastião de; SANTOS, Ricardo Ventura. O Congresso Universal de Raças, Londres, 1911: contextos, temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 7, n. 3, p. 745-760, set.-dez. 2012.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Nesta etapa os alunos irão aprofundar a discussão proposta para a aula, realizando a análise de um trecho de texto sobre a política de imigração do século XIX e sua ligação com as políticas de branqueamento e as teorias científicas raciais que orientavam a intelectualidade na época. Os alunos irão analisar também um trecho do Decreto nº 528, de 28 de junho de 1890, que regulariza a política de imigração no país, indicando as ”raças” que seriam proibidas de entrar no Brasil. O objetivo é ressaltar como as discussões sobre o branqueamento da população brasileira se iniciam durante o Império e se consolidam em políticas públicas já no período republicano, com o país comandado pela mesma elite.
- Organize os alunos em duplas e distribua para cada uma delas a coletânea de texto impresso. O link para impressão https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EVjUkHfSkS7nrkstcRgSuPesK4zFhVD3yduUXEFkfF5CHehgfqqXjQ52mtPC/his8-19und05-texto-para-impressao-problematizacao.pdf
- Após a distribuição das fontes, oriente os alunos a realizar a leitura dos textos. Circule pelas duplas, questione se há alguma dúvida sobre o texto e oriente para os pontos importantes.
- Após os alunos lerem o texto, questione se algumas das duplas já possuem alguma reflexão sobre a análise e se conseguem relacionar o texto com o quadro analisado anteriormente.
- Reforce com os alunos que a imigração europeia para o Brasil no século XIX foi uma política incentivada e facilitada pelo Império e se relacionava com uma política racista de branqueamento da população brasileira, considerada até então “muito escura”. Abra com os alunos a discussão de por que o Império não aproveitou a mão de obra negra quando ela passou a ser livre no pós-abolição e sim a substituiu por uma mão de obra branca. Mostre como este fato desvalorizou o trabalho da população negra, que então só era reconhecida enquanto escravizada. Explique, também, que para a população negra ficou o legado dos piores postos de trabalho, os mais precários, enquanto o trabalho “mais digno” ficou nas mãos dos imigrantes brancos. Faça-os refletir como isso se mostra até hoje na nossa sociedade, quanto a população negra tem menos acesso ao trabalho, tem os menores salários e ocupa os cargos mais precarizados.
- Auxilie os alunos a perceber, no decreto analisado, que aqueles oriundos da África e os chamados “indígenas da Ásia” não eram tratados como os demais imigrantes, e são comparados no texto a “mendigos e indigentes”. A partir daí, espera-se que os alunos compreendam que não havia um problema de falta de mão de obra a ser resolvido pelo governo brasileiro, nem durante o Império nem durante a República, mas, sim, o incentivo às políticas de imigração eram específicas para migrantes brancos, de origem europeia, com o objetivo de branquear a população brasileira do fim do século XIX.
Como adequar à sua realidade: Você pode pesquisar o país de origem da maioria imigrante da sua região e relacionar com a discussão realizada em sala de aula.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, alguns artigos são indicados:
- SCHNEIDER, Alberto Luiz. O Brasil de Sílvio Romero: uma leitura da população brasileira no final do século XIX. Projeto História nº 42. Junho de 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/viewFile/7982/5852. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- ROMERO, Sílvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1903. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/PESQUISA/ebooks/344495.pdf. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- SCHWARCZ, Lilia Moritz. Quase pretos, quase brancos. São Paulo: Revista Fapesp, Ed. 34, 2007. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/quase-pretos-quase-brancos/. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Ed. Fator, 1983. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf . Acesso em: 19 jan. de 2019.
- Tese do branqueamento, por Cláudio Fernandes. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm. Acesso em: 30 de jan. de 2019.
- SOUZA, Vanderlei Sebastião de; SANTOS, Ricardo Ventura. O Congresso Universal de Raças, Londres, 1911: contextos, temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 7, n. 3, p. 745-760, set.-dez. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/bgoeldi/v7n3/a08v7n3.pdf. Acesso em: 30 de jan. de 2019
- Infográfico mostra distribuição por cor ou raça no Brasil. Foto: Arte/G. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/populacao-que-se-declara-preta-cresce-149-no-brasil-em-4-anos-aponta-ibge.ghtml. Acesso em: 30 de jan de 2019.
Problematização
Nesta etapa os alunos irão aprofundar a discussão proposta para a aula, realizando a análise de um trecho de texto sobre a política de imigração do século XIX e sua ligação com as políticas de branqueamento e as teorias científicas raciais que orientavam a intelectualidade na época. Os alunos irão analisar também um trecho do Decreto nº 528, de 28 de junho de 1890, que regulariza a política de imigração no país, indicando as ”raças” que seriam proibidas de entrar no Brasil. O objetivo é ressaltar como as discussões sobre o branqueamento da população brasileira se iniciam durante o Império e se consolidam em políticas públicas já no período republicano, com o país comandado pela mesma elite.
- Organize os alunos em duplas e distribua para cada uma delas a coletânea de texto e infográficos impressos. O link para impressão https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EVjUkHfSkS7nrkstcRgSuPesK4zFhVD3yduUXEFkfF5CHehgfqqXjQ52mtPC/his8-19und05-texto-para-impressao-problematizacao.pdf
- Após a distribuição das fontes, oriente os alunos a realizar a leitura dos textos. Circule pelas duplas, questione se há alguma dúvida sobre o texto e oriente para os pontos importantes.
- Após os alunos lerem o texto, questione se algumas das duplas já possuem alguma reflexão sobre a análise e se conseguem relacionar o texto com o quadro analisado anteriormente.
- Reforce com os alunos que a imigração europeia para o Brasil no século XIX foi uma política incentivada e facilitada pelo Império e se relacionava com uma política racista de branqueamento da população brasileira, considerada até então “muito escura”. Abra com os alunos a discussão de porque o Império não aproveitou a mão de obra negra quando ela passou a ser livre no pós abolição e sim a substituiu por uma mão de obra branca. Mostre como este fato desvalorizou o trabalho da população negra, que então só era reconhecida enquanto escravizada. Explique, também, que à população negra ficou o legado dos piores postos de trabalho, os mais precários, enquanto o trabalho “mais digno” ficou nas mãos dos imigrantes brancos. Faça-os refletir como isso se mostra até hoje na nossa sociedade, quanto a população negra tem menos acesso ao trabalho, tem os menores salários e ocupa os cargos mais precarizados.
- Auxilie os alunos a perceber, no decreto analisado, que aqueles oriundos da África e os chamados “indígenas da Ásia” não eram tratados como os demais imigrantes, e são comparados no texto a “mendigos e indigentes”. A partir daí, espera-se que os alunos compreendam que não havia um problema de falta de mão de obra a ser resolvido pelo governo brasileiro, nem durante o Império nem durante a República, mas que sim, o incentivo às políticas de imigração eram específicas para migrantes brancos, de origem europeia, com o objetivo de branquear a população brasileira do fim do século XIX.
Como adequar à sua realidade: Você pode pesquisar o país de origem da maioria imigrante da sua região e relacionar com a discussão realizada em sala de aula.
Para você saber mais: Professor, se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, alguns artigos são indicados:
- SCHNEIDER, Alberto Luiz. O Brasil de Sílvio Romero: uma leitura da população brasileira no final do século XIX. Projeto História nº 42. Junho de 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/viewFile/7982/5852. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- ROMERO, Sílvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1903. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/PESQUISA/ebooks/344495.pdf. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- SCHWARCZ, Lilia Moritz. Quase pretos, quase brancos. São Paulo: Revista Fapesp, Ed. 34, 2007. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/quase-pretos-quase-brancos/. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Ed. Fator, 1983. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf . Acesso em: 19 jan. de 2019.
- Tese do branqueamento, por Cláudio Fernandes. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm. Acesso em: 30 de jan. de 2019.
- SOUZA, Vanderlei Sebastião de; SANTOS, Ricardo Ventura. O Congresso Universal de Raças, Londres, 1911: contextos, temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 7, n. 3, p. 745-760, set.-dez. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/bgoeldi/v7n3/a08v7n3.pdf. Acesso em: 30 de jan. de 2019
Sistematização
Tempo sugerido: 13 minutos.
Orientações: Após as análises e discussões realizadas durante a aula, as duplas irão apresentar um painel onde exponham a conclusões que chegaram sobre o tema debatido em sala de aula e como ele se relaciona com a realidade da desigualdade racial no Brasil nos dias de hoje, respondendo a pergunta contida no slide. O painel deverá ser feito em cartolina, e os textos devem ser curtos, com no mínimo cinco e no máximo dez linhas.
Cada dupla deverá apresentar brevemente suas conclusões, e depois o professor poderá criar uma exposição com todos os painéis de todas as duplas para que toda a escola tenha acesso ao trabalho realizado pelos alunos.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, alguns artigos são indicados:
- SCHNEIDER, Alberto Luiz. O Brasil de Sílvio Romero: uma leitura da população brasileira no final do do século XIX. Projeto História nº 42. Junho de 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/revph/article/viewFile/7982/5852. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- ROMERO, Sílvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1903. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/PESQUISA/ebooks/344495.pdf. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- SCHWARCZ, Lilia Moritz. Quase pretos, quase brancos. São Paulo: Revista Fapesp, Ed. 34, 2007. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/quase-pretos-quase-brancos/. Acesso em: 19 jan. de 2019.
- FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Ed. Fator, 1983. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf . Acesso em: 19 jan. de 2019.
- Tese do branqueamento, por Cláudio Fernandes. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm. Acesso em: 30 de jan. de 2019.
- SOUZA, Vanderlei Sebastião de; SANTOS, Ricardo Ventura. O Congresso Universal de Raças, Londres, 1911: contextos, temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 7, n. 3, p. 745-760, set.-dez. 2012
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF com documentos de texto, imagem, áudio ou vídeo com orientações do professor.
- Optativas: Google Sala de Aula, Google Drive, Google Meet, Google Apresentações, Padlet.
Contexto
Encaminhe o objetivo da aula, a imagem do quadro “A redenção de Cam” e alguns questionamentos. Utilize a ferramenta que considerar mais acessível: e-mail, WhatsApp, Google Sala de Aula ou outro meio de comunicação.
Você pode propor que os alunos trabalhem agrupados ou individualmente. Para trabalharem agrupados, podem se comunicar por meio de Whatsapp, e-mail, Facebook ou qualquer outra ferramenta. O importante é que troquem informações e se auxiliem na análise das fontes. Você pode deixar que se agrupem livremente ou pode separá-los em duplas, trios ou grupos produtivos, de acordo com o seu conhecimento sobre a turma.
Para facilitar a interpretação das fontes pelos estudantes de forma autônoma, algumas questões propostas no plano original podem ter sido alteradas ou excluídas, e novas incluídas neste material. Faça uso dos questionamentos da maneira que considerar mais eficiente para a turma.
Questões para responder:
Esta pintura representa: uma senhora negra retinta, a avó, à esquerda; sua filha, mestiça, com a pele mais clara; a mãe, ao centro; o marido dela, o pai, branco, à direita; e a filha do casal, branca, no colo da mãe.
- Como é a postura da avó?
- Como é a postura do marido?
Essa pintura foi utilizada para ilustrar um artigo sobre branqueamento racial, do médico brasileiro e diretor do Museu Nacional, João Batista de Lacerda, no Congresso Universal das Raças, em Londres, em 1911. Clareamento ou branqueamento racial era uma ideia defendida pelo movimento eugenista brasileiro no final do século XIX e começo do século XX.
- O que significa o termo eugenia?
- Que relação é possível estabelecer entre a pintura e a ideologia de branqueamento racial?
Peça para que os alunos reflitam sobre as questões e respondam. Eles podem fazer isso no próprio grupo da sala, escrevendo ou mandando pequenos áudios ou vídeos. Você pode encaminhar um pequeno áudio ou texto esclarecendo dúvidas e acrescentando informações sobre o quadro e o movimento eugenista que julgar convenientes.
Problematização
Nesta etapa, os alunos podem continuar agrupados ou trabalharem individualmente.
Encaminhe o documento com os dois trechos para os alunos, acompanhados de alguns questionamentos.
No caso de textos antigos, como o Decreto de 1890, que tem um vocabulário diferente do que os alunos estão acostumados, você pode mandar um áudio ou vídeo lendo a fonte em voz alta, para que os alunos possam acompanhar o texto lendo junto e, através da leitura com entonação e pronúncia corretas, consigam compreender melhor o texto.
- Segundo o 1º trecho, qual foi a solução encontrada para “o problema do excesso de sangue negro e da carência de civilização da população brasileira”?
- De acordo com o art. 1º do Decreto nº 528, de 28 de junho de 1890, quem tinha entrada livre no Brasil e quem não tinha?
- O que art. 3º fala que a polícia dos portos da República brasileira faria com os imigrantes dos lugares “indesejados”?
- Que relação é possível estabelecer entre branqueamento racial e eugenia e estes dois textos?
Estabeleça um prazo para que os alunos possam responder aos questionamentos. Você pode encaminhar pequenos áudios ou vídeos contextualizando rapidamente as duas fontes, esclarecendo dúvidas, chamando a atenção para informações presentes nas fontes que os alunos possam não ter percebido e acrescentando outras.
Uma possibilidade é agendar um momento síncrono para que os alunos possam compartilhar as respostas com você e o restante da turma.
Sistematização
Para a produção do painel proposto nesta etapa, você pode propor que os alunos façam um mini-cartaz respondendo a pergunta proposta em folha sulfite ou no caderno, e enviem fotografia dela para você e a turma poderem ver. Também podem produzir o painel utilizando softwares ou apps que permitem edição de imagens e texto, como o Google Apresentações.
Você pode criar um mural no Padlet para expor as produções dos alunos ou eles podem enviá-las por Whatsapp, Google Sala de Aula, Facebook etc.
Convite às famílias
Incentive os estudantes a compartilharem as criações com familiares e amigos através das redes sociais.
Caso haja interesse, as famílias podem assistir aos episódios do documentário História do Brasil por Bóris Fausto, disponíveis no site da Tv Escola, que apresentam de maneira bastante didática, os principais aspectos de todos os períodos da História do Brasil (disponível aqui).
O site Era Virtual disponibiliza visitas virtuais a vários museus brasileiros, o que pode enriquecer muito o aprendizado da História de nosso país (disponível aqui).
Tutoriais sobre as ferramentas propostas neste plano
Google Sala de Aula (como criar e postar atividades):disponível aqui.
Google Sala de Aula (como criar uma turma): disponível aqui.
Google Drive (como organizar pastas): disponível aqui.
Google Meet (como criar uma reunião online): disponível aqui.
Padlet (como usar):disponível aqui.
Google Apresentações (como usar): disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Júlia Corrêa
Mentor: Aleteia Silva
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 8º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: O Brasil no século XIX.
Objeto(s) de conhecimento: O escravismo no Brasil do século XIX: plantations e revoltas de escravizados, abolicionismo e políticas migratórias no Brasil Imperial.
Habilidade(s) da BNCC: EF08HI19 Formular questionamentos sobre o legado da escravidão nas Américas com base na seleção e na consulta de fontes de diferentes naturezas.
Palavras-chave: Império, século XIX, teorias raciais, branqueamento, imigração, racismo, etnias, ciência.
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