Passagem da pré-História para a História
Plano de Aula
Plano de aula: História ou Pré-História?
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Formas de registro das sociedades antigas
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF06HI07 “Identificar aspectos e formas de registro das sociedades antigas na África, no Oriente Médio e nas Américas, distinguindo alguns significados presentes na cultura material e na tradição oral dessas sociedades”, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Caderno, lápis, caneta, borracha e dicionário. Material complementar impresso ou projetor multimídia.
Material complementar:
Texto: Passagem da Pré-História para a História
Trechos do poema “Perguntas de um trabalhador que lê”
Manchete do Jornal O Globo de dezembro de 2017
Fotografia de indígenas isolados
Para que os alunos aprendam a interpretar fontes históricas, é muito importante que você não forneça a eles as informações básicas sobre a fonte histórica antes da leitura de cada uma delas. Não comece a aula com uma exposição sobre o contexto histórico destes documentos, pois isso os impediria de construir o contexto com base nas fontes, que é o objetivo central da aula de História.
Para você saber mais:
DOMINGUES, Petrônio. A periodização da História. Universidade Federal de Sergipe. 2006. Disponível em http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/09302204042012Introducao_a_Historia_Aula_4.pdf Acesso em: 2 de dezembro de 2018. Breve texto que faz algumas discussões sobre periodização.
FONSECA, Célia Freire A. Continuidade, mudança e tempo. O problema da periodização e outros problemas no estudo da História. UFP, 2014. Disponível em http://www.journals.usp.br/revhistoria/article/download/126805/123785/ Acesso em: 2 de janeiro de 2019.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos.
Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo da aula para a turma. É muito importante começar com a apresentação do objetivo para que os estudantes entendam o que farão e compreendam aonde se quer chegar ao fim da aula. Contudo, tome cuidado para, ao fazer isso, não antecipar respostas desde o começo. É necessário sempre garantir que os alunos construam o raciocínio por conta própria.
Assim como em toda periodização, há uma discussão entre os historiadores sobre o que marca a passagem da Pré-História para a História.
Muitos historiadores afirmam que a História não deveria ser dividida em Pré-História e História.
Existem três correntes principais, presentes nos livros didáticos da Educação Básica, que tentam demarcar a passagem da Pré-História para a História. A primeira, e mais comum nos livros didáticos, utiliza o desenvolvimento da escrita como marco de passagem da Pré-História para a História. Esta proposta foi desenvolvida no século XIX, no contexto do imperialismo na África e na Ásia. No século XIX somente fontes escritas eram aceitas pelos historiadores. Desta forma, populações que não desenvolveram a escrita foram consideradas atrasadas, “pré-históricas”.
O processo de urbanização e a origem do Estado são outros marcos que aparecem nos livros didáticos como marco de passagem da Pré-História para a História, ambos também desenvolvidos no século XIX e que também serviram para legitimar a conquista europeia sobre outros povos. As três visões apontam a região chamada de “Crescente fértil” como local de nascimento da escrita, urbanização e a origem do Estado. Fonte: SANTOS, Darcivaldo Jose dos; BARBOSA, Elvis Pereira. Abordagens e visões da Pré-História por meio do livro didático de História: uma breve análise em três escolas nos municípios de Itapé, Itacaré e Ilhéus, Bahia. UESC, 2016. Disponível em: http://snh2011.anpuh.org/resources/anais/49/1475007889_ARQUIVO_AbordagensevisoesdaPre-historiaatravesdolivrodidaticodeHistoria-2016.pdf Acesso em: 2 de janeiro de 2019. Mesmo entre os historiadores que defendem a origem da escrita como marco de passagem da Pré-História para a História, não existe uma data definitiva, a escrita nasceu em diferentes locais, em diferentes períodos.
Contexto
Tempo sugerido: 13 minutos.
Orientações: Organize a sala em trios. Tente deixar no mesmo trio alunos que possam se apoiar mutuamente para a realização da atividade. Certifique que cada trio possui, no mínimo, um dicionário. Escreva no quadro as palavras “pré-natal, pré-escolar e cursinho pré-vestibular”.
Em seguida, solicite que os trios discutam o significado de cada uma das três palavras, que identificarem qual a palavra comum nas três palavras e qual o significado desta palavra. Solicite, inicialmente, que os estudantes tentem compreender o significado das três palavras sem usar o dicionário. Pergunte o que é pré-natal. É esperado que os estudantes identifiquem que são exames feitos pelas mulheres antes do nascimento do filho. Pergunte o que significa Natal, o que é comemorado no Natal, em 25 de dezembro. É esperado que eles respondam que o Natal comemora o nascimento de Cristo. Caso os alunos não consigam compreender o significado das palavras, peça para que utilizem o dicionário. É esperado que
os estudantes compreendam que pré-natal significa algo como “antes do nascimento”, que pré-vestibular é um curso feito para quem quer prestar
o processo seletivo de alguma faculdade, e pré-escolar é como era chamado o período anterior ao Ensino Fundamental. É esperado também que os alunos identifiquem que a palavra “pré” está presente nas três palavras e que compreendam que seu significado pode ser algo como “antes” ou “anterior”.
Em seguida, escreva no quadro a pergunta: Qual o significado da palavra Pré-História? Solicite que os estudantes, em cada trio, discutam sobre a pergunta e que cada estudante faça as anotações da discussão no seu respectivo caderno. Quando todos terminarem, solicite que três grupos, voluntariamente, exponham as discussões feitas em seus grupos para toda a turma.
Para você saber mais:
FONSECA, Célia Freire A. Continuidade, mudança e tempo. O problema da periodização e outros problemas no estudo da História. Jornal da USP, disponível em http://www.journals.usp.br/revhistoria/article/download/126805/123785/ Acesso em: 19 de janeiro de 2019.
TOMAZI, Nelson Dacio. Tempo, História e cronologia. História e Ensino, V. 1, pg 33-36, 1995. Disponível em http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/download/12153/10669 Acesso em: 19 de janeiro de 2019.
Contexto
Orientações: Organize a sala em trios. Tente deixar no mesmo trio alunos que possam se apoiar mutuamente para a realização da atividade. Certifique que cada trio possui, no mínimo, um dicionário. Escreva no quadro as palavras “pré-natal, pré-escolar e cursinho pré-vestibular”.
Em seguida, solicite que os trios discutam o significado de cada uma das três palavras, que identificarem qual a palavra comum nas três palavras e qual o significado desta palavra. Solicite, inicialmente, que os estudantes tentem compreender o significado das três palavras sem usar o dicionário. Pergunte o que é pré-natal. É esperado que os estudantes identifiquem que são exames feitos pelas mulheres antes do nascimento do filho. Pergunte o que significa Natal, o que é comemorado no Natal, em 25 de dezembro. É esperado que eles respondam que o Natal comemora o nascimento de Cristo. Caso os alunos não consigam compreender o significado das palavras, peça para que utilizem o dicionário. É esperado que
os estudantes compreendam que pré-natal significa algo como “antes do nascimento”, que pré-vestibular é um curso feito para quem quer prestar
o processo seletivo de alguma faculdade e pré-escolar é como era chamado o período anterior ao Ensino Fundamental. É esperado também que os alunos identifiquem que a palavra “pré” está presente nas três palavras e que compreendam que seu significado pode ser algo como “antes” ou “anterior”.
Em seguida, escreva no quadro a pergunta: Qual o significado da palavra Pré-História? Solicite que os estudantes, em cada trio, discutam sobre a pergunta e que cada estudante faça as anotações da discussão no seu respectivo caderno. Quando todos terminarem, solicite que três grupos, voluntariamente, exponham as discussões feitas em seus grupos para toda a turma.
Para você saber mais:
FONSECA, Célia Freire A. Continuidade, mudança e tempo. O problema da periodização e outros problemas no estudo da História. Jornal da USP, disponível em http://www.journals.usp.br/revhistoria/article/download/126805/123785/ Acesso em: 19 de janeiro de 2019.
TOMAZI, Nelson Dacio. Tempo, História e cronologia. História e Ensino, V. 1, pg 33-36, 1995. Disponível em http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/download/12153/10669 Acesso em: 19 de janeiro de 2019.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações: Entregue para cada trio o texto deste slide. Fonte: SANTOS, Darcivaldo Jose dos; BARBOSA, Elvis Pereira. Abordagens e visões da Pré-História através do livro didático de História: uma breve análise em três escolas nos municípios de Itapé, Itacaré e Ilhéus, Bahia. UESC, 2016. Disponível em: http://snh2011.anpuh.org/resources/anais/49/1475007889_ARQUIVO_AbordagensevisoesdaPre-historiaatravesdolivrodidaticodeHistoria-2016.pdf Acesso em: 2 de janeiro de 2019.
Em seguida, passe no quadro ou entregue as três questões do slide a seguir aos trios. Solicite que os trios façam discussões e que circulem no texto as respostas das questões, marcando o número da pergunta dentro da área circulada. É esperado que os estudantes identifiquem que, no texto, a escrita é citada como marco da passagem da Pré-História para a História. Quem criou tal teoria foram os historiadores europeus do século XIX e esta teoria serviu para legitimar o domínio europeu sobre os povos considerados atrasados, entre outros motivos, por não terem a escrita.
Quando todos alunos terminarem, solicite que dois grupos, voluntariamente, exponham suas respostas para os demais alunos da turma.
Depois, entregue para cada trio um trecho do poema “Perguntas de um trabalhador que lê”, de Bertold Brecht. Fonte: Universidade de São Paulo, disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2201742/mod_resource/content/1/POEMA%20DE%20BRECHT%20%28PERGUNTAS%20DE%20UM%20TRABALHADOR%20QUE%20L%C3%8A%29.pdf Acesso em: 2 de janeiro de 2019. Peça para que os estudantes de cada trio discutam sobre o trecho do poema e para que registrem as principais discussões no caderno. Para conduzir a discussão, pergunte qual a ideia central do poema. É esperado que os trios compreendam que Bertold Brecht valorizou os trabalhadores da “Tebas das sete portas”, ele questiona quem construiu Tebas, se foram os reis ou trabalhadores. Ele ainda faz referência aos livros de História, onde estão registrados somente os nomes dos reis, não de quem construiu, de fato, a cidade. É esperado que, por meio da leitura do trecho do poema, os alunos compreendam que todas as pessoas fazem História, que todas as pessoas são agentes da História. A intenção ao discutir o poema é refletir que os que não leem e escrevem - os operários que construíram Tebas - também são parte da História, contra portanto o argumento de que só há História quando há registro escrito.
Após os trios terminarem as discussões, peça para que dois trios, voluntariamente, exponham para os demais alunos o que discutiram.
Para você saber mais: Os limites que marcam a passagem da Pré-História para a História geram muitas discussões entre os historiadores.
No século XIX, os historiadores escolheram o desenvolvimento da escrita como marco limite entre a Pré-História e a História. Era o auge do neocolonialismo na África e na Ásia, e esta visão de História serviu como legitimação para a conquista. Os europeus, segundo a visão do período, estavam em um estágio histórico superior ao dos africanos e asiáticos. Povos que não desenvolveram um sistema de escrita eram tidos como atrasados, como pré-históricos. Esta visão também gera discussões sobre povos e pessoas que não dominam a escrita na atualidade. Estes povos
e pessoas não fazem parte da História? Não são agentes da História? Estas pessoas e povos vivem na Pré-História em pleno século XXI?
SANTOS, Darcivaldo Jose dos; BARBOSA, Elvis Pereira. Abordagens e visões da Pré-História através do livro didático de História: uma breve análise em três escolas nos municípios de Itapé, Itacaré e Ilhéus, Bahia. UESC. Disponível em http://snh2011.anpuh.org/resources/anais/49/1475007889_ARQUIVO_AbordagensevisoesdaPre-historiaatravesdolivrodidaticodeHistoria-2016.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. No artigo os autores apresentam dados da pesquisa realizada sobre o estudo da Pré-História nos livros didáticos da Educação Básica. Os autores discutem periodização, eurocentrismo e os limites entre Pré-História e História presentes nos livros didáticos.
O que separa a História da Pré-História? Site da revista Superinteressante. Disponível em https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-separa-a-historia-da-pre-historia/ Acesso em: 19 de janeiro de 2019. A matéria analisa a passagem da Pré-História para a História por meio de um depoimento da historiadora Marisa Afonso, da Universidade de São Paulo.
PALTIAN, Luciano Pinheiro. Cartografias do tempo: uma proposta de “mapa do tempo interativo” para o ensino de História. UFRS, 2017. Disponível em https://www.ufrgs.br/profhist/wp-content/uploads/2017/05/Disserta%C3%A7%C3%A3o-em-Ensino-de-Hist%C3%B3ria-ProfHist%C3%B3ria-UFRGS-2017-4.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na sua dissertação de mestrado, Luciano Paltian discorre sobre a periodização da História, aponta alguns problemas na periodização tradicional na sala de aula e propõe a “apresentação de um mapa do tempo interativo como forma de atingir resultados significativos no ensino de História junto a turmas do nível médio do Ensino Básico”.
MAESO, Silvia Rodríguez; ARAÚJO, Marta. Os contornos do eurocentrismo: raça, história e textos políticos. Editora Almedina. 2016. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=lkuODQAAQBAJ&pg=PT41&lpg=PT41&dq=periodiza%C3%A7%C3%A3o+hist%C3%B3ria+eurocentrismo&source=bl&ots=lpDscPF_y-&sig=ACfU3U0Rnj44YugTPVr6PQJa0mLIp5r-YA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwi8rrXh_vnfAhW4JrkGHfKjCt04ChDoATAAegQIChAB#v=onepage&q=periodiza%C3%A7%C3%A3o%20hist%C3%B3ria%20eurocentrismo&f=false Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na obra as autoras discorrem sobre o eurocentrismo e a influência deste na História. As autoras também discorrem sobre periodização da História e a influência do eurocentrismo.
Problematização
Orientações: Entregue para cada trio o texto deste slide. Fonte: SANTOS, Darcivaldo Jose dos; BARBOSA, Elvis Pereira. Abordagens e visões da Pré-História através do livro didático de História: uma breve análise em três escolas nos municípios de Itapé, Itacaré e Ilhéus, Bahia. UESC, 2016. Disponível em: http://snh2011.anpuh.org/resources/anais/49/1475007889_ARQUIVO_AbordagensevisoesdaPre-historiaatravesdolivrodidaticodeHistoria-2016.pdf Acesso em: 2 de janeiro de 2019.
Em seguida, passe no quadro ou entregue as três questões do slide a seguir aos trios. Solicite que os trios façam discussões e que circulem no texto as respostas das questões, marcando o número da pergunta dentro da área circulada. É esperado que os estudantes identifiquem que, no texto, a escrita é citada como marco da passagem da Pré-História para a História. Quem criou tal teoria foram os historiadores europeus do século XIX e esta teoria serviu para legitimar o domínio europeu sobre os povos considerados atrasados, entre outros motivos, por não terem a escrita.
Quando todos alunos terminarem, solicite que dois grupos, voluntariamente, exponham suas respostas para os demais alunos da turma.
Depois, entregue para cada trio um trecho do poema “Perguntas de um trabalhador que lê”, de Bertold Brecht, Fonte: Universidade de São Paulo, disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2201742/mod_resource/content/1/POEMA%20DE%20BRECHT%20%28PERGUNTAS%20DE%20UM%20TRABALHADOR%20QUE%20L%C3%8A%29.pdf Acesso em: 2 de janeiro de 2019. Peça para que os estudantes de cada trio discutam sobre o trecho do poema e para que registrem as principais discussões no caderno. Para conduzir a discussão, pergunte qual a ideia central do poema. É esperado que os trios compreendam que Bertold Brecht valorizou os trabalhadores da “Tebas das sete portas”, ele questiona quem construiu Tebas, se foram os reis ou trabalhadores. Ele ainda faz referência aos livros de História, onde estão registrados somente os nomes dos reis, não de quem construiu, de fato, a cidade. É esperado que, por meio da leitura do trecho do poema, os alunos compreendam que todas as pessoas fazem História, que todas as pessoas são agentes da História. A intenção ao discutir o poema é refletir que os que não leem e escrevem - os operários que construíram Tebas - também são parte da História, contra portanto o argumento de que só há História quando há registro escrito.
Após os trios terminarem as discussões, peça para que dois trios, voluntariamente, exponham para os demais alunos o que discutiram.
Para você saber mais: Os limites que marcam a passagem da Pré-História para a História geram muitas discussões entre os historiadores.
No século XIX, os historiadores escolheram o desenvolvimento da escrita como marco-limite entre a Pré-História e a História. Era o auge do neocolonialismo na África e na Ásia, e esta visão de história serviu como legitimação para a conquista. Os europeus, segundo a visão do período, estavam em um estágio histórico superior ao dos africanos e asiáticos. Povos que não desenvolveram um sistema de escrita eram tidos como atrasados, como pré-históricos. Esta visão também gera discussões sobre povos e pessoas que não dominam a escrita na atualidade. Estes povos
e pessoas não fazem parte da História? Não são agentes da História? Estas pessoas e povos vivem na Pré-História em pleno século XXI?
SANTOS, Darcivaldo Jose dos; BARBOSA, Elvis Pereira. Abordagens e visões da Pré-História através do livro didático de História: uma breve análise em três escolas nos municípios de Itapé, Itacaré e Ilhéus, Bahia. UESC. Disponível em http://snh2011.anpuh.org/resources/anais/49/1475007889_ARQUIVO_AbordagensevisoesdaPre-historiaatravesdolivrodidaticodeHistoria-2016.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. No artigo os autores apresentam dados da pesquisa realizada sobre o estudo da Pré-História nos livros didáticos da Educação Básica. Os autores discutem periodização, eurocentrismo e os limites entre Pré-História e História presentes nos livros didáticos.
O que separa a História da Pré-História? Site da revista Superinteressante. Disponível em https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-separa-a-historia-da-pre-historia/ Acesso em: 19 de janeiro de 2019. A matéria analisa a passagem da Pré-História para a História por meio de um depoimento da historiadora Marisa Afonso, da Universidade de São Paulo.
PALTIAN, Luciano Pinheiro. Cartografias do tempo: uma proposta de “mapa do tempo interativo” para o ensino de História. UFRS, 2017. Disponível em https://www.ufrgs.br/profhist/wp-content/uploads/2017/05/Disserta%C3%A7%C3%A3o-em-Ensino-de-Hist%C3%B3ria-ProfHist%C3%B3ria-UFRGS-2017-4.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na sua dissertação de mestrado, Luciano Paltian discorre sobre a periodização da História, aponta alguns problemas na periodização tradicional na sala de aula e propõe a “apresentação de um mapa do tempo interativo como forma de atingir resultados significativos no ensino de História junto a turmas do nível médio do Ensino Básico”.
MAESO, Silvia Rodríguez; ARAÚJO, Marta. Os contornos do eurocentrismo: raça, história e textos políticos. Editora Almedina. 2016. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=lkuODQAAQBAJ&pg=PT41&lpg=PT41&dq=periodiza%C3%A7%C3%A3o+hist%C3%B3ria+eurocentrismo&source=bl&ots=lpDscPF_y-&sig=ACfU3U0Rnj44YugTPVr6PQJa0mLIp5r-YA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwi8rrXh_vnfAhW4JrkGHfKjCt04ChDoATAAegQIChAB#v=onepage&q=periodiza%C3%A7%C3%A3o%20hist%C3%B3ria%20eurocentrismo&f=false Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na obra as autoras discorrem sobre o eurocentrismo e a influência deste na História. As autoras também discorrem sobre periodização da História e a influência do eurocentrismo.
Problematização
Orientações: Entregue para cada trio o texto deste slide. Fonte: SANTOS, Darcivaldo Jose dos; BARBOSA, Elvis Pereira. Abordagens e visões da Pré-História através do livro didático de História: uma breve análise em três escolas nos municípios de Itapé, Itacaré e Ilhéus, Bahia. UESC, 2016. Disponível em: http://snh2011.anpuh.org/resources/anais/49/1475007889_ARQUIVO_AbordagensevisoesdaPre-historiaatravesdolivrodidaticodeHistoria-2016.pdf Acesso em: 2 de janeiro de 2019.
Em seguida, passe no quadro ou entregue as três questões do slide a seguir aos trios. Solicite que os trios façam discussões e que circulem no texto as respostas das questões, marcando o número da pergunta dentro da área circulada. É esperado que os estudantes identifiquem que, no texto, a escrita é citada como marco da passagem da Pré-História para a História. Quem criou tal teoria foram os historiadores europeus do século XIX e que esta teoria serviu para legitimar o domínio europeu sobre os povos considerados atrasados, entre outros motivos, por não terem a escrita.
Quando todos alunos terminarem, solicite que dois grupos, voluntariamente, exponham suas respostas para os demais alunos da turma.
Depois, entregue para cada trio um trecho do poema “Perguntas de um trabalhador que lê”, de Bertold Brecht. Fonte: Universidade de São Paulo, disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2201742/mod_resource/content/1/POEMA%20DE%20BRECHT%20%28PERGUNTAS%20DE%20UM%20TRABALHADOR%20QUE%20L%C3%8A%29.pdf Acesso em: 2 de janeiro de 2019. Peça para que os estudantes de cada trio discutam sobre o trecho do poema e para que registrem as principais discussões no caderno. Para conduzir a discussão, pergunte qual a ideia central do poema. É esperado que os trios compreendam que Bertold Brecht valorizou os trabalhadores da “Tebas das sete portas”, ele questiona quem construiu Tebas, se foram os reis ou trabalhadores. Ele ainda faz referência aos livros de História, onde estão registrados somente os nomes dos reis, não de quem construiu, de fato, a cidade. É esperado que, por meio da leitura do trecho do poema, os alunos compreendam que todas as pessoas fazem História, que todas as pessoas são agentes da História. A intenção ao discutir o poema é refletir que os que não leem e escrevem - os operários que construíram Tebas - também são parte da História, contra portanto o argumento de que só há História quando há registro escrito.
Após os trios terminarem as discussões, peça para que dois trios, voluntariamente, exponham para os demais alunos o que discutiram.
Para você saber mais: Os limites que marcam a passagem da Pré-História para a História geram muitas discussões entre os historiadores.
No século XIX, os historiadores escolheram o desenvolvimento da escrita como marco-limite entre a Pré-História e a História. Era o auge do neocolonialismo na África e na Ásia, e esta visão de História serviu como legitimação para a conquista. Os europeus, segundo a visão do período, estavam em um estágio histórico superior ao dos africanos e asiáticos. Povos que não desenvolveram um sistema de escrita eram tidos como atrasados, como pré-históricos. Esta visão também gera discussões sobre povos e pessoas que não dominam a escrita na atualidade. Estes povos e pessoas não fazem parte da História? Não são agentes da História? Estas pessoas e povos vivem na Pré-História em pleno século XXI?
SANTOS, Darcivaldo Jose dos; BARBOSA, Elvis Pereira. Abordagens e visões da Pré-História através do livro didático de História: uma breve análise em três escolas nos municípios de Itapé, Itacaré e Ilhéus, Bahia. UESC. Disponível em http://snh2011.anpuh.org/resources/anais/49/1475007889_ARQUIVO_AbordagensevisoesdaPre-historiaatravesdolivrodidaticodeHistoria-2016.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. No artigo os autores apresentam dados da pesquisa realizada sobre o estudo da Pré-História nos livros didáticos da Educação Básica. Os autores discutem periodização, eurocentrismo e os limites entre Pré-História e História presentes nos livros didáticos.
O que separa a História da Pré-História? Site da revista Superinteressante. Disponível em https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-separa-a-historia-da-pre-historia/ Acesso em: 19 de janeiro de 2019. A matéria analisa a passagem da Pré-História para a História por meio de um depoimento da historiadora Marisa Afonso, da Universidade de São Paulo.
PALTIAN, Luciano Pinheiro. Cartografias do tempo: uma proposta de “mapa do tempo interativo” para o ensino de História. UFRS, 2017. Disponível em https://www.ufrgs.br/profhist/wp-content/uploads/2017/05/Disserta%C3%A7%C3%A3o-em-Ensino-de-Hist%C3%B3ria-ProfHist%C3%B3ria-UFRGS-2017-4.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na sua dissertação de mestrado, Luciano Paltian discorre sobre a periodização da História, aponta alguns problemas na periodização tradicional na sala de aula e propõe a “apresentação de um mapa do tempo interativo como forma de atingir resultados significativos no ensino de História junto a turmas do nível médio do Ensino Básico”.
MAESO, Silvia Rodríguez; ARAÚJO, Marta. Os contornos do eurocentrismo: raça, história e textos políticos. Editora Almedina. 2016. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=lkuODQAAQBAJ&pg=PT41&lpg=PT41&dq=periodiza%C3%A7%C3%A3o+hist%C3%B3ria+eurocentrismo&source=bl&ots=lpDscPF_y-&sig=ACfU3U0Rnj44YugTPVr6PQJa0mLIp5r-YA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwi8rrXh_vnfAhW4JrkGHfKjCt04ChDoATAAegQIChAB#v=onepage&q=periodiza%C3%A7%C3%A3o%20hist%C3%B3ria%20eurocentrismo&f=false Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na obra as autoras discorrem sobre o eurocentrismo e a influência deste na História. As autoras também discorrem sobre periodização da História e a influência do eurocentrismo.
Sistematização
Tempo sugerido: 15 minutos.
Orientações: Entregue para cada trio a manchete e o lide do jornal O Globo, de 21 de dezembro de 2017. disponível em https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-ainda-tem-118-milhoes-de-analfabetos-segundo-ibge-22211755 Acesso em: 2 de janeiro de 2019, e a imagem de índios isolados da região amazônica, fonte: EBC, disponível em http://www.ebc.com.br/cidadania/2013/04/funcionarios-da-funai-fazem-manifesto-em-prol-de-assistencia-a-indios-isolados Acesso em: 2 de janeiro de 2019.
Em seguida, passe no quadro ou entregue as questões do slide a seguir para os grupos e peça para que os grupos discutam e façam um pequeno texto coletivo sobre as discussões realizadas. É esperado que os estudantes defendam que pessoas não alfabetizadas e indígenas isolados, que não dominam a linguagem escrita, também fazem História. A maioria das pessoas analfabetas trabalha nas mais variadas profissões, fazendo História e ajudando na construção do país. Existem muitos agricultores, por exemplo, que são analfabetos. Mas estes produzem alimento, sendo parte fundamental para o bom funcionamento da sociedade. Os indígenas isolados também fazem História, mesmo sem um sistema de escrita. Eles caçam, guerreiam, casam-se, têm filhos, produzem diversas manifestações culturais, portanto, fazem História. É esperado também que os estudantes relacionem a discussão anterior com a discussão central da aula, a escrita como marco da passagem da Pré-História para a História.
A palavra “pré” retira dos povos que não desenvolveram um sistema de escrita o direito de ser agentes da História. Não existe uma única resposta para estas perguntas, deixe que os alunos discutam e criem teorias, que defendam ou critiquem tal tipo de periodização.
Com um barbante e fita crepe, crie um varal e pendure as redações dos grupos. Deixe que os estudantes leiam os textos dos outros grupos e conversem sobre suas produções. Enquanto os estudantes fazem a leitura do trabalho dos colegas, lance algumas questões para todos, pergunte se é possível dividir a história da humanidade em “Pré-História” e “História”, se seria possível uma única data de passagem da Pré-História e História para todos os continentes, se existe outra forma de dividir os períodos da História e se eles se acham agentes da História. Deixe estas questões em aberto.
Para você saber mais: A invenção da escrita foi escolhida como marco divisor da História por historiadores europeus do século XIX em um contexto social de valorização da cultura letrada e de conquista da Ásia e da África pelos europeus. Excluiu-se, portanto, outras formas de comunicação e registro e classificou-se como pré-históricas as culturas ágrafas. Além disso, a História do século XIX, que persiste até hoje, era baseada nos “grandes personagens”, excluindo a maior parte das pessoas da História. Na primeira metade do século XX, sobretudo com o marxismo e a chamada “Escola dos Annales”, esta visão de História e de periodização da História passou a ser questionada, os próprios fatos históricos, antes absolutos para os historiadores, passaram a ser questionados.
BARROS, José D’Assunção. Os Annales e a história-problema – considerações sobre a importância da noção de “história-problema” para a identidade da Escola dos Annales. Universidade de Passo Fundo, 2012. Disponível em https://www.redib.org/recursos/Record/oai_articulo1031986-annales-hist%C3%B3ria-problema-%E2%80%93-considera%C3%A7%C3%B5es-import%C3%A2ncia-no%C3%A7%C3%A3o-%E2%80%9Chist%C3%B3ria-problema%E2%80%9D-identidade-escola-annales Acesso em: 19 de janeiro de 2019. O artigo discorre sobre a Escola dos Annales e a importância da história-problema, o autor também discorre sobre os novos personagens da História.
CUNHA, Rejane Cristine Santana. A Escola dos Annales e a reinterpretação dos fatos históricos. UNEB, 2002. Disponível em http://www.uesc.br/eventos/cicloshistoricos/anais/rejane_cristina_santana_cunha.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. A autora discorre sobre os fatos históricos e os novos grupos sociais que ganharam visibilidade com a escola dos annales.
PALTIAN, Luciano Pinheiro. Cartografias do tempo: uma proposta de “mapa do tempo interativo” para o ensino de História. UFRS, 2017. Disponível em https://www.ufrgs.br/profhist/wp-content/uploads/2017/05/Disserta%C3%A7%C3%A3o-em-Ensino-de-Hist%C3%B3ria-ProfHist%C3%B3ria-UFRGS-2017-4.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na sua dissertação de mestrado, Luciano Paltian discorre sobre a periodização da História, aponta alguns problemas na periodização tradicional na sala de aula e propõe a “apresentação de um mapa do tempo interativo como forma de atingir resultados significativos no ensino de História junto a turmas do nível médio do Ensino Básico”.
MAESO, Silvia Rodríguez; ARAÚJO, Marta. Os contornos do eurocentrismo: raça, história e textos políticos. Editora Almedina. 2016. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=lkuODQAAQBAJ&pg=PT41&lpg=PT41&dq=periodiza%C3%A7%C3%A3o+hist%C3%B3ria+eurocentrismo&source=bl&ots=lpDscPF_y-&sig=ACfU3U0Rnj44YugTPVr6PQJa0mLIp5r-YA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwi8rrXh_vnfAhW4JrkGHfKjCt04ChDoATAAegQIChAB#v=onepage&q=periodiza%C3%A7%C3%A3o%20hist%C3%B3ria%20eurocentrismo&f=false Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na obra as autoras discorrem sobre o eurocentrismo e a influência deste na História. As autoras também discorrem sobre periodização da História e a influência do eurocentrismo.
Sistematização
Orientações: Entregue para cada trio a manchete e a lide do jornal O Globo, de 21 de dezembro de 2017. disponível em https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-ainda-tem-118-milhoes-de-analfabetos-segundo-ibge-22211755 Acesso em: 2 de janeiro de 2019, e a imagem de índios isolados da região amazônica, fonte: EBC, disponível em http://www.ebc.com.br/cidadania/2013/04/funcionarios-da-funai-fazem-manifesto-em-prol-de-assistencia-a-indios-isolados Acesso em: 2 de janeiro de 2019.
Em seguida, passe no quadro ou entregue as questões do slide a seguir para os grupos e peça para que os grupos discutam e façam um pequeno texto coletivo sobre as discussões realizadas. É esperado que os estudantes defendam que pessoas não alfabetizadas e indígenas isolados, que não dominam a linguagem escrita, também fazem história. A maioria das pessoas analfabetas trabalham nas mais variadas profissões, fazendo História e ajudando na construção do país. Existem muitos agricultores, por exemplo, que são analfabetos. Mas estes produzem alimento, sendo parte fundamental para o bom funcionamento da sociedade. Os indígenas isolados também fazem História, mesmo sem um sistema de escrita. Eles caçam, guerreiam, casam-se, têm filhos, produzem diversas manifestações culturais, portanto, fazem História. É esperado também que os estudantes relacionem a discussão anterior com a discussão central da aula, a escrita como marco da passagem da Pré-História para a História.
A palavra “pré” retira dos povos que não desenvolveram um sistema de escrita o direito de ser agentes da História. Não existe uma única resposta para estas perguntas, deixe que os alunos discutam e criem teorias, que defendam ou critiquem tal tipo de periodização.
Com um barbante e fita crepe, crie um varal e pendure as redações dos grupos. Deixe que os estudantes leiam os textos dos outros grupos e conversem sobre suas produções. Enquanto os estudantes fazem a leitura do trabalho dos colegas, lance algumas questões para todos, pergunte se é possível dividir a História da humanidade em “Pré-História” e “História”, se seria possível uma única data de passagem da Pré-História e História para todos os continentes, se existe outra forma de dividir os períodos da História e se eles se acham agentes da História. Deixe estas questões em aberto.
Para você saber mais: A invenção da escrita foi escolhida como marco divisor da História por historiadores europeus do século XIX em um contexto social de valorização da cultura letrada e de conquista da Ásia e da África pelos europeus. Excluiu-se, portanto, outras formas de comunicação e registro e classificou-se como pré-históricas as culturas ágrafas. Além disso, a História do século XIX, que persiste até hoje, era baseada nos “grandes personagens”, excluindo a maior parte das pessoas da História. Na primeira metade do século XX, sobretudo com o marxismo e a chamada “Escola dos Annales”, esta visão de História e de periodização da História passou a ser questionadas, os próprios fatos históricos, antes absolutos para os historiadores, passaram a ser questionados.
BARROS, José D’Assunção. Os Annales e a história-problema – considerações sobre a importância da noção de “história-problema” para a identidade da Escola dos Annales. Universidade de Passo Fundo, 2012. Disponível em https://www.redib.org/recursos/Record/oai_articulo1031986-annales-hist%C3%B3ria-problema-%E2%80%93-considera%C3%A7%C3%B5es-import%C3%A2ncia-no%C3%A7%C3%A3o-%E2%80%9Chist%C3%B3ria-problema%E2%80%9D-identidade-escola-annales Acesso em: 19 de janeiro de 2019. O artigo discorre sobre a Escola dos Annales e a importância da história-problema, o autor também discorre sobre os novos personagens da História.
CUNHA, Rejane Cristine Santana. A Escola dos Annales e a reinterpretação dos fatos históricos. Uneb, 2002. Disponível em http://www.uesc.br/eventos/cicloshistoricos/anais/rejane_cristina_santana_cunha.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. A autora discorre sobre os fatos históricos e os novos grupos sociais que ganharam visibilidade com a escola dos annales.
PALTIAN, Luciano Pinheiro. Cartografias do tempo: uma proposta de “mapa do tempo interativo” para o ensino de História. UFRS, 2017. Disponível em https://www.ufrgs.br/profhist/wp-content/uploads/2017/05/Disserta%C3%A7%C3%A3o-em-Ensino-de-Hist%C3%B3ria-ProfHist%C3%B3ria-UFRGS-2017-4.pdf Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na sua dissertação de mestrado, Luciano Paltian discorre sobre a periodização da História, aponta alguns problemas na periodização tradicional na sala de aula e propõe a “apresentação de um mapa do tempo interativo como forma de atingir resultados significativos no ensino de História junto a turmas do nível médio do Ensino Básico”.
MAESO, Silvia Rodríguez; ARAÚJO, Marta. Os contornos do eurocentrismo: raça, história e textos políticos. Editora Almedina. 2016. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=lkuODQAAQBAJ&pg=PT41&lpg=PT41&dq=periodiza%C3%A7%C3%A3o+hist%C3%B3ria+eurocentrismo&source=bl&ots=lpDscPF_y-&sig=ACfU3U0Rnj44YugTPVr6PQJa0mLIp5r-YA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwi8rrXh_vnfAhW4JrkGHfKjCt04ChDoATAAegQIChAB#v=onepage&q=periodiza%C3%A7%C3%A3o%20hist%C3%B3ria%20eurocentrismo&f=false Acesso em: 19 de janeiro de 2019. Na obra as autoras discorrem sobre o eurocentrismo e a influência deste na História. As autoras também discorrem sobre periodização da História e a influência do eurocentrismo.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, imagem ou link), Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, Mentimeter, Padlet.
Contexto
O objetivo desta aula é Identificar e discutir o marco mais comum para a passagem da Pré-História para a História. Para desenvolvê-la com seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp ou email os materiais e orientações necessários. Os retornos dos alunos podem ocorrem da mesma forma, ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Inicie a aula levantando as concepções dos alunos quanto ao tema a ser abordado. Estimule-os com algumas questões para reflexão:
- Você já ouviu falar destas palavras: “pré-natal”, “pré-escolar” e “cursinho pré-vestibular”? O que elas significam?
- O que quer dizer o prefixo “Pré”?
- Pensando neste prefixo “Pré”, o que significa a palavra Pré-História?
Caso necessitem, indique a pesquisa ao dicionário para consultar a definição de “Pré” (disponível aqui).
Problematização
Disponibilize o trecho de texto “Passagem da Pré-História para a História”. Os alunos devem analisar e registrar no caderno:
- Segundo o texto, qual tecnologia marcaria o fim da Pré-História?
- Quem criou esta teoria?
- Quais eram os objetivos ao definirem tal tecnologia como marco de passagem da Pré-História para a História?
Disponibilize o trecho do poema “Perguntas de um trabalhador que lê”. Eles devem analisar e registrar no caderno:
- Qual a ideia central do poema?
- Segundo o autor, apenas quem é contado nos livros de História? Por que você acha que isso acontece?
- Quem seriam as outras pessoas que ficaram de fora dos livros? Elas eram importantes para a cidade de Tebas?
Incentive a interação entre os alunos a respeito de suas análises nesta etapa. Ela pode ocorrer por meio de troca de mensagens no Whatsapp, participação em um quiz no Mentimeter (veja como usá-lo - ative a tradução da página) ou participação em um momento de videoconferência.
Sistematização
Disponibilize a manchete sobre os dados da população analfabeta no Brasil. Oriente-os a refletir e responder:
- Quem não registra a própria História por escrito, não tem História? Não é alguém que possa ter feito algo importante para a sociedade?
Para aprofundar as reflexões, oriente-os a conversar com familiares a respeito de pessoas que conhecem e não dominam a escrita:
- Por quais motivos não aprenderam a escrever?
- Tais pessoas também têm História? Fazem parte da História da nossa sociedade?
É interessante criar um mural virtual colaborativo utilizando o Padlet, para expor as reflexões da turma (veja aqui como usá-lo).
Convite às famílias
Para conhecer mais a respeito do problema do conceito de “Pré- História”, recomende que assistam a vídeo aula: “Pré-História”. Se liga nessa História, 18/11/2014 (disponível aqui).
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Jair Ferreira
Mentor: Elisa Vilalta
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 6º ano do Ensino Fundamental
Unidade temática: A invenção do mundo clássico e o contraponto com outras sociedades.
Objeto(s) de conhecimento: Povos da Antiguidade na África (egípcios), no Oriente Médio (mesopotâmicos) e nas Américas (pré-colombianos)
Habilidade(s) da BNCC: (EF06HI07) Identificar aspectos e formas de registro das sociedades antigas na África, no Oriente Médio e nas Américas, distinguindo alguns significados presentes na cultura material e na tradição oral destas sociedades.
Palavras-chave: Passagem da Pré-História para a História, origem da escrita, periodização.
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