Plano de aula: Como debater Neonazismo e suas principais características em sala

Inúmeras pesquisas realizadas nos últimos anos e notícias divulgadas nos diversos veículos de imprensa têm apontado para um crescimento notório de crimes ligados a apologia ao nazismo, negacionismo do holocausto, disseminação de conteúdos de teor nazista e aumento de grupos extremistas. Esse interesse da academia e dos veículos de imprensa expressa a preocupação da sociedade de maneira geral em reviver momentos obscuros da história mundial, como foi o caso do nazismo e do holocausto. Desta maneira, se faz importante trazer essa temática a sala de aula para que os estudantes possam refletir sobre as consequências e particularidades de todos esses movimentos para a humanidade. 

Com o intuito de contribuir ao debate em sala de aula é importante, primeiramente, ressaltar junto aos estudantes que a apologia ao nazismo é criminalizada na maioria dos países, questão essa que teve início logo após o genocídio cometido pelo regime liderado por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que matou mais de 6 milhões de judeus, além de adversários políticos, negros, homossexuais, pessoas com deficiência, comunistas, integrantes da etnia roma e outras minorias. Aqui no Brasil, por exemplo, a Lei do Racismo (nº 7.716/89) estabelece que é crime no Brasil "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo", sob pena de dois a cinco anos de prisão e multa. (Brasil. LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7716.htm.  Acesso em: 05 mar. 2023). Em vários países europeus essa questão também é criminalizada e tratada com muita seriedade, podendo levar a prisão, como no caso da Alemanha cuja lei prevê punição de até três anos de prisão para quem usar insígnias relacionadas ao Terceiro Reich ou fizer apologia do nazismo. Recentemente, em janeiro de 2021, uma resolução da ONU que rejeita e condena qualquer negação do Holocausto, reiterou um movimento mundial em torno dessa questão. É importante ressaltar que a criminalização da apologia ao nazismo surge como um movimento contra o silenciamento desse momento obscuro da história mundial, atribuindo o valor histórico e negativo desse momento, para que ele não seja revivido. 

Em segundo lugar, é importante incitar a discussão entre os estudantes que o neonazismo não é um movimento homogêneo. Não podemos categorizar que todos os grupos, partidos e movimentos nacionalistas de extrema direita são neonazistas, afinal isso vai depender dos símbolos, memórias e personagens que são mobilizados nos discursos desses grupos. Isso é um primeiro cuidado que precisa ser levantado junto aos estudantes, porque muitas vezes a mídia erroneamente acaba realizando essa categorização. Uma outra questão também muito importante é esclarecer como se deu o surgimento desse movimento. Quando acessamos a literatura sobre o assunto, basicamente observa-se que  “os elementos do “novo nazismo” corresponderiam à própria ideologia nazista revigorada, visto que, no período da Guerra Fria até a queda do socialismo, ela sobreviveu, clandestinamente, e reapareceu no momento propício, influenciando e formando grupos neonazistas” (Jesus, Carlos. Akrópolis, Umuarama, v.11, n.2, abr./jun., 2003, p. 67. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/akropolis/article/view/333. Acesso em: 05 mar. 2023). 

Dessa maneira, realizada essas reflexões iniciais, espera–se que, com essa aula, os estudantes possam desvendar o conceito de neonazismo e compreender suas particularidades, desenvolvendo um olhar crítico e reflexivo sobre o assunto que cada vez mais está em pauta aqui no Brasil. Segundo pesquisas, a maior concentração de grupos nazistas no Brasil se encontram nas regiões do Sul e Sudeste do Brasil, e inspirados na ideologia nazista, acabam realizando ações e difundido ideias de xenofobia, racismo, homofobia, ódio contra mulheres feministas e judeus (SUGIMOTO, Luiz. Um mergulho no universo neonazista. Jornal da Unicamp, Campinas, 28 set. 2018. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2018/09/28/um-mergulho-no-universo-neonazista . Acesso em: 05 mar. 2023). 

Logo, se faz importante trazer esse debate para sala de aula, tendo em vista que este é um problema contemporâneo e que tem ganhado cada vez mais força através da internet, que acaba contribuindo para o anonimato, comunicação e divulgação de ideias desses grupos. E para essa nova geração, que não vivenciou a tensão e o peso do que foi holocauto, a discussão dessa temática surge como uma maneira de valorizar a memória na história e trazer à tona a intolerância e o regresso ideológico que o neonazismo representa.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo; tradução: Roberto Raposo. 3ª reimpressão São Paulo: Companhia das Letras, 1989. Disponível em: https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2011/08/origens-do-totalitarismo.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.

Brasil. LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7716.htm. Acesso em: 05 mar. 2023.

CASTRO, Ricardo Figueiredo de. O negacionismo do Holocausto: pseudo-história e história pública. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, v. 22, n. 2, p. 5-12, jul./dez. 2014. Disponível em:  https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8645773/13072 . Acesso em: 05 mar. 2023.

MILMAN, L., VIZENTINI, P. F. (Orgs.). Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político. Porto Alegre : UFRGS, 2000.

SUGIMOTO, Luiz. Um mergulho no universo neonazista. Jornal da Unicamp, Campinas, 28 set. 2018. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2018/09/28/um-mergulho-no-universo-neonazista . Acesso em: 05 mar. 2023.

FILMOGRAFIA

A onda (Die Welle), Direção de Dennis Gansel, gênero drama; Alemanha, 2008, 110 min.

A outra história americana. Direção de Tony Kaye, gênero drama. Estados Unidos, 1999, 119 min.

Sobre esta aula

Tempo previsto: 01 aula de 100 minutos (ou 2 aulas de 50 minutos).

Os planos podem ser desenvolvidos em mais de uma aula, de acordo com as estratégias utilizadas por você e respeitando os conhecimentos prévios de seus estudantes sobre essa temática. Por isso se faz importante observar sua turma para saber quais conhecimentos eles possuem sobre o tema proposto, para desta maneira definir em quanto tempo essa aula poderia ser trabalhada, respeitando o ritmo e as vivências de seus estudantes. Observe também que a habilidade não será desenvolvida em sua totalidade neste momento e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.

Materiais sugeridos:

• Caderno para registro dos alunos; 
• Lousa ou quadro;
• Imagens;
• Projetor;
• Computador;
• Materiais impressos;
• Cartolina;
• Canetas coloridas e lápis de cor.

Organização da aula

Conversa inicial

Tempo previsto: 20 minutos. 

Inicie a aula apresentando a seguinte frase disparadora para os estudantes: “Devemos assegurar a existência da nossa raça e um futuro para as crianças brancas”.
Esta frase pode ser escrita no quadro ou projetada em um slide. Oriente os estudantes para que leiam atentamente a mensagem e disponibilize alguns minutos para que possam refletir. Em seguida, peça que falem quais as impressões que tiveram, quais as mensagens e ideias que podem estar por trás dessa mensagem. Para auxiliar nessa discussão, sugerimos alguns questionamentos que podem ser realizados:

• Que mensagem essa frase quer passar?
• Quais as ideias por trás dessa mensagem?
• Qual seria o perfil da pessoa que escreveu essa frase?
• Quem poderia ter escrito essa frase?
• Que tipo de reação a pessoa que escreveu essa queria causar?
• Esse tipo de mensagem gera algum incômodo em você? Por que? 
• Você percebe algum tipo de exclusão nessa frase?
• Quais grupos sociais são defendidos nessa frase? Quais não são defendidos?
• Você já encontrou uma frase semelhante escrita ou pichada em algum local?
• Como você se sentiu com relação a mensagem passada por essa frase?
  

Realizada a discussão, almeja-se que os estudantes reflitam sobre o teor preconceituoso e extremista dessa frase e as ações negativas que ela pode impulsionar, como o preconceito e a violência contra pessoas negras. Espera-se também que tenham conseguido compreender a mensagem principal por trás da frase que é a defesa de uma superioridade da raça branca sobre a raça negra, ou seja, uma frase com teor altamente racista. Passada essas primeiras reflexões, questione os estudantes o seguinte: Essa frase poderia ter sido escrita por uma pessoa nazista ou por alguém que defende o nazismo? Por que?
A intenção com esse questionamento é perceber se os estudantes conseguem realizar uma conexão da mensagem passada nessa frase com a ideologia nazista, que dentre todos os elementos que englobava, defendia abertamente a supremacia racial dos arianos e, por se acharem uma raça superior, tinham mais direitos em relação às outras raças. Foi essa ideologia que acabou justificando para o nazistas o genocídio realizado contra os Judeus e outras minorias no período da segunda guerra mundial. Logo, ao analisarmos a frase, percebe-se certa relação entre o que foi escrito e a ideologia nazista.
Feita essa reflexão, exponha aos estudantes a origem da frase. Informe que essa mensagem foi pichada em um muro na cidade de Criciúma, estado de Santa Catarina no ano de 2006 e ao lado dessa frase foi pintado uma suástica (símbolo nazista). (Para saber mais sobre o caso acesse a reportagem: JESUS, Anderson. Frase nazista revolta moradores. Disponível em: https://www.engeplus.com.br/noticia/geral/2006/frase-nazista-revolta-moradores. Acesso em 06 de mar. 2023). Procure ouvi-los nesse momento e questione se agora que sabem que a frase escrita tem conexão com a ideologia nazista, se essa nova informação faz sentido. Busque também saber se eles já viram ou ficaramm sabendo de outras manifestações da ideologia nazista em seu bairro, cidade ou em outro local. A ideia agora é começar a adentrar nesse universo, explorando as vivências e o conhecimento prévio dos estudantes sobre o assunto neste momento. Relembre alguns pontos importantes se for necessário. 
Por fim, Informe que nesta aula eles terão como objetivo entender como as ideologia nazista está sendo apropriada na atualidade, quais as nuances por trás desses movimentos e suas particularidades. A ideia agora é despertar a curiosidade dos estudantes para os próximos passos que serão dados nos outros momentos da aula.

Atividade: Esquema visual sobre o neonazismo

Tempo previsto: 55 minutos

Organize os estudantes em equipes de 3 ou 4 estudantes para que possam trabalhar colaborativamente nessa próxima atividade. Você pode orientar a organização das equipes ou deixar que se organizem de acordo com os seus interesses. 

Passado esse momento, entregue a cada equipe a folha/cartão da atividade e solicitem que leiam com calma o material, explicando que todos os passos para a realização das atividades estão presentes no material. Caso seja necessário, após disponibilizar esse tempo para leitura, você pode esclarecer possíveis dúvidas sobre o que será realizado neste momento das aulas.
 

Orientações sobre a folha de atividades:

• Cada equipe receberá um cartão de atividades com um conjunto de reportagens. Serão disponibilizados 4 folhas de atividades com reportagens diferentes. A depender da quantidade de equipes, é possível que duas ou mais equipes fiquem com a mesma reportagem. 
• Os cartões de respostas estão divididos nas seguintes atividades:
  • Cartão de atividade 1 - Reportagem: manifestação em Chemnitz - Alemanha (2018);
  • Cartão de atividade 2 - Reportagem: manifestação em Charlottesville Estados Unidos (2017);
  • Cartão de atividade 3 - Reportagem: crescimento do Neonazismo no Brasil;
  • Cartão de atividade 4 - Reportagem: a Internet e o Neonazismo no Brasil
    

Após a leitura das reportagens, eles deverão produzir um esquema visual para apresentar as outras equipes. A ideia é que essa produção, por si só, seja capaz de explicar o assunto que foi abordado no cartão de atividades. Logo, esse material deverá ter desenhos e palavras-chaves que explicam o assunto da reportagem e respondam aos questionamentos presentes do cartão de atividades. 

Durante a leitura e produção dos cartazes, circule entre as equipes para esclarecer possíveis dúvidas. Para esse momento, orientamos que seja disponibilizado o tempo de 30 minutos. Se possível disponibilize os materiais necessários para execução dos cartazes (cartolina e canetas coloridas).

Feito isto, oriente que as equipes deverão apresentar suas produções para o restante da sala. Para dinamizar esse momento, você pode disponibilizar um tempo para a apresentação por equipe (2 ou 3 minutos) e um tempo para que as outras equipes realizem algum apontamento ou comentário sobre o que foi exposto. Para guiar esse momento, você pode realizar distintas reflexões com alguns questionamentos para cada uma das equipes. Para esse tempo da apresentação e discussão dos pontos sugerimos o tempo de 25 minutos. 

Sugestões de reflexões que podem ser realizadas:

• Qual foi o caso discutido na reportagem da sua equipe?
• Você já tinha ouvido falar desse assunto?
• Como é chamado essas manifestações atuais que resgatam certos elementos do nazismo? Como vocês percebem esse movimento?
• Quais as características do Neonazismo?
• Como o neonazismo tem se manifestado ao redor do mundo? Que tipos de ações eles realizam?
• Como o neonazismo tem se manifestado aqui no Brasil? Que tipos de ações eles realizam?

Almeja-se que com o fim desta atividade os estudantes consigam compreender o conceito de neonazismo e suas particularidades, bem como entender como esse movimento tem se manifestado ao redor do mundo e aqui no Brasil.  

Momento da reflexão:

Finalizada a atividade organize uma roda de conversa e discutir com os alunos a atividade propostas, fazendo eles refletirem sobre pontos importantes acerca da temática apresentada:

• O que acharam da atividade? Gostaram ou não? Por quê?
• Como foi analisar as reportagens sobre as manifestações neonazistas? Como vocês se sentiram
• Por que vocês acreditam que movimentos neonazistas têm sido impulsionados no mundo?

O que pode ser feito para minimizar e acabar com esses movimentos?

Sistematização do conhecimento:

Tempo previsto: 25 minutos

Para sistematização, apresente a seguinte situação aos estudantes: “Supondo que sua escola tenha sido pichada com uma frase preconceituosa com um símbolo nazista ao lado que denotasse a existência de um grupo neonazista no seu bairro e cidade. A direção da escola acaba convocando os estudantes para pensarem em ações educativas que possam minimizar os efeitos dessa ação e fazer com que esse tipo de movimentos possam ser repudiados. Que ações poderiam ser pensadas para minimizar ou acabar com as ações realizadas por esse movimento? Vamos pensar juntos?” A ideia é que os estudantes possam refletir criticamente sobre a situação que lhes foi apresentada e juntos possam pensar numa série de ações para minimizar ou quem sabe acabar com as manifestações desses grupos extremistas neonazistas. 
À medida que os estudantes vão expondo suas soluções, você pode ir registrando no quadro as principais ideias e palavras que vão surgindo, para compor um painel de boas práticas contra o preconceito e práticas extremistas neonazistas.
Peça-lhes para também preencher o quadro em seus cadernos, exercitando a sua produção de escrita.

Registro e avaliação

Para a sua avaliação, sugerimos que faça uma composição de várias evidências de aprendizagens que podem ser coletadas ao longo da aula para verificar se os estudantes estão aprendendo. 

Como sugestão, sugerimos os seguintes pontos: 

• Observação dos alunos durante as práticas. Com relação a esse aspectos, ratificamos a importância de ser analisado o interesse, engajamento e participação dos estudantes. 
• Análise das discussões dos alunos sobre as práticas. As discussões evidenciam características importantes para o desenvolvimento das competências dos alunos, como a comunicação, a argumentação, a empatia e o posicionamento crítico e respeitoso. 
• Observação dos esquemas visuais produzidos. Neste ponto, deverá ser levado em conta a participação, engajamento, poder de síntese, criatividade, organização, planejamento, trabalho em equipe e empatia, bem como a produção em si criada pelo grupo. 
• Análise das apresentações sobre os esquemas visuais produzidos. Observar a comunicação, clareza, objetividade, poder de síntese e argumentação. 
• Na sistematização, poderemos observar também alguns pontos importantes, como a criatividade na solução do problema, senso crítico e reflexivo, engajamento e comunicação através das falas dos estudantes e dos registros realizados no caderno individualmente.

Pensando na inclusão

Pensar numa aula que garanta a inclusão de todos os seus estudantes inclui bastante desafios, mas por outro lado, garante uma escola mais justa e democrática para todos. 

Desta maneira, o primeiro ponto a ser destacado sobre essa questão é o diagnóstico e conhecimento de sua turma, entender que cada estudante tem um ritmo e um caminho de aprendizado diferente, que vai requerer um olhar sensível para que a aula possa gerar um aprendizado efetivo para todos. 

Pensando em cada um dos momentos da aula, você pode adaptar a discussão da conversa inicial, por exemplo, diversificando as possibilidades de questionamentos de acordo com o nível cognitivo e o conhecimento prévio de seus estudantes. No segundo momento, por se tratar de um trabalho colaborativo, você pode optar pela formação de grupos heterogêneos pensados de maneira estratégica, ou seja, organizar os estudantes com diferentes níveis de aprendizado e cognitivos, pois dessa maneira uns poderão aprender com os outros. Por fim, na sistematização, a produção individual poderá ser realizada através de uma produção escrita, visual ou até mesmo oral, permitindo que todos participem com alguma colaboração.

Desdobramentos

Possivelmente, a execução desta sequência didática pode despertar a curiosidade dos estudantes sobre o tema, elemento esse que pode ser aproveitado para a execução das próximas aulas. 

Uma sugestão de continuidade, seria o trabalho com o filme “A onda” de 2008 que retrata de maneira lúdica a história real do professor Ron Jones, que conduziu uma experiência social com os seus alunos do ensino médio em uma cidade da Alemanha, propondo uma experiência de autoritarismo em sua sala de aula, para tentar responder ao questionamento de um estudante sobre a possibilidade ou não de um regime semelhante ao nazismo voltar a existir. Esse filme poderia servir de base para uma roda de conversa sobre a iminência de um retorno do nazismo nos dias atuais e como ele se manifesta, levando em consideração as novas nuances da atualidade. 

Uma outra possibilidade seria criar com os estudantes um painel informativo com notícias e casos de manifestações neonazistas aqui no Brasil, principalmente procurando ver como anda essa questão na cidade e bairro onde a escola está localizada, para que possam observar como esse ponto tem sido vivenciado numa realidade mais próxima das deles. Realizado esse painel informativo, pode-se se propor uma roda de conversa sobre os novos casos apresentados, para que possam refletir de maneira crítica e reflexiva dos estudantes. 

Pode ser proposto também um trabalho de pesquisa sobre a criminalização em torno do nazismo ao redor do mundo, comparando como algumas nações tratam essa questão de maneira tão diferente e como isso pode influir na maneira para a disseminação e ação desses grupos extremistas. Traga o caso do Brasil para discussão, para que tomem conhecimento de como esse ponto tem sido discutido aqui. 

Conforme ressaltado, são inúmeras as maneiras que esse assunto pode ser desdobrado em outras aulas, com o intuito de aprofundar as discussões e reflexões em torno dessa temática tão importante para a atualidade.