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Plano de Aula
Plano de aula: Ginástica em grupos - o domínio do corpo
Descrição
Neste plano propomos levar os estudantes a conhecer o contexto histórico da ginástica geral e vivenciar diferentes possibilidades da prática individual e coletiva. Sugerimos aqui trabalhar a temática através de brincadeiras, encenação, replicação e criação de novas possibilidades de movimentos, resolução de problemas, trabalho em equipe e conversas sobre o tema.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
Ginástica geral
Objetivos de aprendizagem
- Reconhecer situações históricas de apresentações da ginástica coletiva.
- Experimentar combinações de posições estáticas, como as pirâmides humanas.
- Identificar as principais estruturas corporais e a capacidade física e a força muscular envolvidas na execução dos movimentos da ginástica geral.
- Experimentar os movimentos básicos da ginástica em grupos em diferentes situações e estímulos.
- Construir uma apresentação de ginástica em grupos.
- Reconhecer as potencialidades e os limites do corpo.
- Adotar procedimentos de segurança por meio de diálogo na prática da ginástica.
Competências gerais
2. Pensamento científico, crítico e criativo
3. Repertório cultural
8. Autoconhecimento e autocuidado
9. Empatia e cooperação
10. Responsabilidade e cidadania
A ginástica é uma prática que existe há muito tempo, manifestando-se de diversas formas, mas começou a ser sistematizada na Europa a partir do século XIX (AYOUB, 1998). Já a ginástica geral, aqui chamada de ginástica em grupos (GG) ou ginástica para todos (GPT) é uma prática abrangente que reúne elementos básicos do ato de se movimentar, utilizando diferentes capacidades físicas, que dão subsídios para a realização de atividades corporais acrobáticas e expressivas, favorecendo a interação social e o compartilhamento da aprendizagem sem fins competitivos (BNCC, 2018). Segundo o mesmo documento, fazem parte dessa prática elementos como “exercícios no solo, no ar (saltos), em aparelhos (trapézio, corda, fita elástica), de maneira individual ou coletiva, e combinam um conjunto bem variado de piruetas, rolamentos, paradas de mão, pontes, pirâmides humanas etc.” (BNCC, 2018, p. 2017).
Por meio da ginástica geral é possível trabalhar a criatividade, espontaneidade, socialização, comunicação, identificação social: elementos fundamentais para o desenvolvimento dos estudantes (OLIVEIRA; LOURDES, 2004). A ginástica possibilita trabalhar muitas habilidades de forma lúdica e inclusiva, utilizando equipamentos oficiais e/ou alternativos, o que permite sua implementação em diversos contextos escolares, até mesmo naqueles com poucos recursos oferecidos. Mesmo a ginástica sendo a prática corporal que deu origem à Educação Física no Brasil, e com tantas possibilidades e benefícios de implantação, ela ainda não é tão abordada no contexto escolar brasileiro, que acaba privilegiando os esportes considerados tradicionais (COSTA; GOMES, 2020).
A ginástica geral está diretamente ligada a questões educacionais e de lazer, evitando a seletividade e a competitividade (OLIVEIRA; LOURDES, 2004), porém, é importante salientar que existem práticas da ginástica mais voltadas à competição, como a ginástica artística e a ginástica rítmica. De todo modo, há outras possibilidades de explorar outros recursos da ginástica, como os citados por Paoliello (2014), como danças, encenações, jogos e atividades circenses.
E como trabalhar a ginástica na escola? Essa pergunta não pode ser respondida de maneira única: a ginástica geral é um produto cultural que reproduz as manifestações do cotidiano, ou seja, conhecer o contexto dos estudantes é fundamental. Há alguns princípios fundamentais na implementação da ginástica, como (OLIVEIRA; LOURDES, 2004):
- Prezar pela ludicidade e pela participação coletiva.
- Promover a criatividade.
- Estabelecer regras flexíveis.
- Estimular a amplitude e a diversidade.
- Enaltecer o caráter de espetáculo (fruição).
Uma das formas de trabalhar a ginástica em grupos é usar alguns fundamentos da ginástica acrobática (GACRO) como a construção de pirâmides. A ginástica acrobática possui alguns fundamentos básicos: formação de figuras ou pirâmides humanas; acrobacias; uso de capacidades físicas como força, equilíbrio, flexibilidade; composição de coreografias com elementos de danças, saltos e piruetas ginásticas (MERIDA; NISTA-PICCOLO; MERIDA, 2008). Dentre as suas vantagens estão a “aquisição de noções espaço-temporais, da esquematização corporal, do controle motor, da flexibilidade, da coordenação estática, da coordenação coletiva, do equilíbrio, da força e da resistência muscular localizada, da cooperação, da autonomia, do prazer e da autoconfiança” (MERIDA; NISTA-PICCOLO; MERIDA, 2008, p. 161).
Esses benefícios são importantes para serem trabalhados, pois podem ajudar no desenvolvimento dos estudantes, visto que a faixa etária está em constantes evoluções.
Com base nesses benefícios, há a necessidade de saber como apropriar-se dessa prática em suas aulas. Para isso, os autores Merida; Nista-Piccolo; Merida (2008) auxiliam na elaboração de um planejamento básico, vejamos:
- Funções definidas de acordo com a estrutura e as capacidades físicas.
- Agrupar pessoas parecidas biologicamente, mas que também consigam estabelecer uma boa relação pessoal, pois o processo exige segurança.
- A base das pirâmides deve ser composta pelos mais velhos, pesados e fortes.
- Os volantes (participantes dos andares de cima) devem ser os mais ágeis, flexíveis e que também não tenham medo de altura.
- Os intermediários ficam entre a base e os volantes, devem ser fortes e mais leves que os da base, com capacidades que mesclem as demais funções.
- Cuidar da diferença de peso entre os estudantes, para não sobrecarregar ou lesioná-los.
- As atividades podem ser realizadas em duplas, trios ou grupos, e a base deve ser maior que as partes superiores.
- Existem níveis de dificuldade, devendo começar pelas menos complexas.
- As pirâmides podem ser divididas de acordo com sua altitude (pirâmides de solo, de meia altura, de primeira altura, de uma altura e meia, de duas alturas e de duas alturas e meia).
- Iniciar com pirâmides de posições baixas e de apoios centrais.
- Passar para posições altas e de apoios centrais.
- Passar para posições baixas e de apoios nas extremidades.
- Passar para posições altas e de apoios nas extremidades.
Diante das possibilidades que a ginástica proporciona, espera-se que, por meio dessa sequência didática, o estudante seja capaz de utilizar os recursos trabalhados em diferentes contextos, expandindo as possibilidades e refletindo sobre os elementos constituintes.
Bibliografia
AYOUB, E. A ginástica geral na sociedade contemporânea: respectivas para a Educação Física escolar. 1998. 187f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, SP.
COSTA, A. R.; GOMES, C. P. Ginástica geral na BNCC: Percepção de alunos de licenciatura em educação física. Corpoconsciência, p. 142-152, 2020.
MERIDA, F.; NISTA-PICCOLO, V. L.; MERIDA, M. Redescobrindo a ginástica acrobática. Movimento (ESEFID/UFRGS), v. 14, n. 2, p. 155-180, 2008.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base>. Acesso em: 6 out. 2021.
OLIVEIRA, N. R. C. de; LOURDES, L. F. C. de Ginástica geral na escola: uma proposta metodológica. Pensar a Prática, v. 7, n. 2, p. 221-230, 2004.
PAOLIELLO, E. et al. Grupo Ginástico Unicamp 25 anos. Campinas, SP: Unicamp, 2014.
Materiais sugeridos
- Equipamento para reproduzir áudio e vídeo.
- Imagens impressas dos cards das atividades 1 e 2.
- Impressão do quadro autoavaliativo para cada estudante.
- Colchonetes, colchões, tatames, tapetes de EVA ou material adaptado.
- Bolas.
- Arcos.
- Bancos.
- Plinto (ou similares).
Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.
Conversa inicial
Converse com os estudantes, perguntando-lhes o que sabem sobre a ginástica, por que as pessoas a praticam, quais os benefícios dela, se conhecem alguém que pratica ginástica e quais movimentos de ginástica conhecem.
Se possível, convide-os a assistir ao vídeo “História da Ginástica (Parte 1)” entre os 0’15 e 2’45, organize-os de modo que se posicionem para que todos possam ver.
Após a apresentação do vídeo, pergunte-lhes: Conhecem os movimentos que aparecem no vídeo? Quais partes do corpo são mais utilizadas nos movimentos? Quais capacidades físicas são as mais exigidas na ginástica? Quais os cuidados devemos ter quando praticamos? Além da escola, onde as pessoas fazem as apresentações de ginástica?
Utilize outras maneiras de ativar os conhecimentos prévios dos alunos de acordo com as características da turma, como, por exemplo, imprimir algumas imagens de ginástica com as perguntas registradas ou se os vídeos necessitam de legendas ou audiodescrição.
Convide-os a conhecer e experimentar alguns movimentos de ginástica.
Atividade
Atividade 1: conhecendo os movimentos básicos da ginástica
Organize espaçadamente os colchonetes (ou colchões de ginástica) no espaço amplo, em seguida, peça aos estudantes para formar grupos (quartetos). Providencie antecipadamente a impressão de cards (uma para cada grupo) que mostrem os movimentos básicos da ginástica, como na sugestão deixada na imagem a seguir, e deposite-os virados para baixo e apoiados no colchão. Esta atividade busca fazer com que os estudantes conheçam e pratiquem alguns movimentos básicos da ginástica.
Peça aos estudantes para ver o card 1, também apresentada nos materiais complementares. Eles devem analisá-la conjuntamente, e inferir sobre possíveis perigos que ela apresenta e planejar estratégias de segurança para evitar acidentes.
Em seguida, eles devem reproduzir os movimentos da forma que entenderam. Incentive-os a experimentar diversas vezes o movimento proposto e, a partir dele, criar outras posições possíveis.
Comente que os cards são apenas uma referência. Cada um deve fazer os movimentos de acordo com as suas potencialidades corporais.
Atividade 2: circuito de ginástica geral
Organize o espaço em diferentes estações, que tenham, se possível, cinco estudantes em cada. Nas estações, os estudantes devem experimentar um dos elementos básicos da ginástica geral.
Sugerimos a seguir algumas possibilidades de divisão das estações:
- Estação de equilíbrio: sustentar o corpo em um pé só; usar diferentes formas de equilíbrio (dinâmico e estático); deslocar-se por lugares que exploram o equilibrar-se.
- Estação de saltos: saltar para frente e para cima, saltar com duas ou com uma perna só, saltar por obstáculos, saltar e aterrissar no solo em pé, com rolamento à frente.
- Estação de giros e rotações: em pé, girar em torno do próprio eixo usando a ponta dos pés, combinação de giros com saltos (eixo longitudinal), cambalhotas (eixo transversal), estrelas e rodantes (eixo frontal).
- Estação de pirâmides: exercícios de iniciação em duplas e trios. Coloque imagens de pirâmides humanas que os estudantes deverão analisar e representar, como nos exemplos a seguir:
- Card 2
- Card 3
Estimule os estudantes a explorar os elementos básicos de diferentes formas, criando possibilidades de movimentar-se na ginástica com os materiais disponíveis na escola ou de acordo com as suas habilidades. Observe e analise o tempo disponível da aula para fazer a rotação das estações. Sugerimos que os estudantes tenham tempo hábil para experimentar cada uma das estações, devendo serem estimulados durante a realização das atividades, auxiliando na execução e fornecendo ideias de como aproveitar da melhor forma cada estação.
É importante oferecer atividades que sejam seguras e possíveis de serem realizadas. Aquelas que necessitam de mais cuidados com a segurança devem ser discutidas e refletidas com os estudantes sobre a importância de realizar os movimentos de maneira segura, prezando pelo cuidado individual e coletivo. Em conjunto com os estudantes, construa um protocolo de segurança, respeito e cuidado. Reflita com eles sobre o que devem ou não fazer durante sua experimentação e a dos colegas, e cobre o protocolo estabelecido durante as atividades. Verifique se são necessárias adaptações às propostas de acordo com as características dos estudantes, como, por exemplo, na estação de saltos.
Atividade 3: compondo uma apresentação de ginástica geral
Aproveitando a divisão dos grupos anteriores, nesta atividade busca-se proporcionar um tempo disponível em aula para que os estudantes sejam capazes de elaborar uma breve apresentação em grupos, utilizando os diferentes movimentos realizados durante a aula, com foco em exercícios de pirâmides.
Para esta atividade separe igualmente os materiais como colchões entre os grupos. Combine o tempo de planejamento e ensaio com os estudantes, considerando o tempo ainda disponível em aula. Incentive-os a participarem de uma apresentação demonstrando os movimentos que planejaram. Comente que cada grupo irá apresentar aos seus colegas. Durante o ensaio e as apresentações pode haver acompanhamento musical, para que haja uma aproximação com as apresentações de ginástica.
Lembre-se de que o objetivo não é focar na técnica, mas sim na capacidade de organização e criatividade dos estudantes. Antes das apresentações é importante estimular as equipes para que façam análises e comentem quais movimentos eles perceberam que foram realizados. Os grupos devem se organizar de modo que todos os componentes sejam incluídos. Após cada apresentação, é importante expressar admiração e aplausos aos participantes, buscando a fruição por parte dos protagonistas e espectadores.
Momento da reflexao
Esse momento pode ser uma roda de conversa sobre as atividades realizadas. Questione os estudantes sobre a percepção deles a respeito das capacidades físicas e estruturas corporais envolvidas para realizar os movimentos na ginástica.
Para isso, o professor pode lançar mão da imaginação dos estudantes, simulando uma entrevista. O professor pode fazer o papel de repórter e dar espaço para quem quiser falar sobre a aula. A seguir, apresentamos algumas possibilidades de perguntas que podem ser realizadas neste momento: Na aula de ginástica quais são os movimentos que podemos realizar? Quais são os mais difíceis? Quais cuidados tomaram para não haver acidentes? Quais cuidados temos de ter para cuidar dos nossos colegas? Qual movimento ou estação foi mais legal? Por quê? Quais estruturas do corpo e capacidade física precisam ter para realizar o movimento mais legal? Quais as expectativas para a apresentação?
Conduza a discussão no sentido de que sejam evidenciados os objetivos de aprendizagem. Uma sugestão é realizar o registro deste momento gravando os relatos dos estudantes. Para incluir todos na reflexão, utilize outros recursos, como, por exemplo, apresentar imagens de movimentos e perguntas escritas previamente para os estudantes com baixa audição.
Sistematizacao do conhecimento
Agora é a hora de pensar criticamente sobre os diversos momentos da aula. Busque construir coletivamente quais foram as aprendizagens adquiridas no decorrer da aula, as evoluções e dificuldades. A partir da fala dos estudantes, comente e discuta sobre as possibilidades de aprimoramento das limitações. Estabeleça relações com atividades que fazem parte do cotidiano dos estudantes, como a importância da ginástica no dia a dia, de que forma a ginástica geral pode ajudar na saúde e no desenvolvimento (físico e motor) e como ela pode auxiliar em outras práticas corporais componentes da Educação Física.
Retome algumas questões a respeito do vídeo ou das imagens apresentados no início da aula, ratificando e comentando que historicamente as apresentações da ginástica coletiva ocorrem em festivais ou eventos.
Por fim, elogie-os sobre as possibilidades do trabalho em equipe na importância de cuidar da sua própria segurança e da dos demais, bem como se pensar em estratégias que sempre incluam todos nas aulas de Educação Física. Todos têm o direito de aprender e devem avançar, cada um dentro das suas possibilidades. É importante que os estudantes entendam os objetivos da aula e consigam perceber que em cada atividade havia um objetivo.
Registro e avaliacao
Para registro, sugerimos que organize um quadro contendo alguns critérios para que o estudante possa descrever por escrito o que aprendeu em cada aula. Observe se o quadro pode ser interpretado por todos. Veja se é necessário descrever o seu conteúdo. Se for necessário, peça aos estudantes que expliquem o quadro para os colegas e registrem as suas respostas. Esses registros também podem ser feitos por meio de um áudio.
Os estudantes devem escolher um emoji que demonstre o quanto ele se sentiu preparado para a realização da atividade. A seguir, apresentamos um modelo que pode ser utilizado impresso, desenhado ou carimbado, com emojis para complementar o quadro. Cada estudante deverá colar o quadro em seu caderno e realizar a avaliação após cada aula realizada. Ao final da sequência didática, pode-se verificar se houve progressos durante o processo de aprendizagem com seus estudantes.
QUANTO ME SINTO CAPAZ DE |
Executar todos os movimentos realizados na aula:
|
Realizar movimentos que necessitam de equilíbrio, saltos, giros, rotações e acrobacias: |
Realizar movimentos que necessitam de equilíbrio, saltos, giros, rotações e acrobacias com segurança, sem riscos para minha saúde e de meus colegas: |
Criar novos movimentos de ginástica, de acordo com os desenvolvidos na aula: |
Realizar uma apresentação de ginástica geral em equipe, usando elementos de equilíbrio, saltos, giros, rotações e acrobacias: |
Ajudar meus colegas que possuem alguma dificuldade na realização das atividades: |
Integrar-me e ajudar nas atividades em equipe: |
De acordo com o desenvolvimento das atividades da aula o professor deve perceber os elementos citados no quadro, fazendo anotações gerais sobre as dificuldades dos estudantes. Ao final, poderá comparar com o relato feito por eles e discutir de modo geral como os principais problemas podem ser solucionados. Anote as principais dificuldades e barreiras levantadas pelos estudantes, assim poderão pensar juntos em estratégias para superá-las.
Para complementar a avaliação proposta e permitir a verificação dos objetivos determinados, sugerimos que faça uma ou duas questões ao final de cada aula relacionada com as aprendizagens que foram mais evidenciadas naquele momento. As questões podem ser apresentadas na forma de quizzes, com perguntas de múltipla escolha previamente elaboradas de maneira clara e criativa. Lembre-se de que elas devem estar diretamente relacionadas com os objetivos. Escreva as questões no quadro e peça aos estudantes para que as copiem. Se for necessário, faça um áudio instrutivo para estudantes com baixa visão ou procure explicar as perguntas para que todos compreendam. Reserve um tempo da aula para que respondam. Faça a correção e dê o feedback comentando sobre as questões nos próximos encontros. Uma estratégia para manter a atenção dos estudantes nesse momento é devolver as questões sem a nota. Se tiver disponibilidade de recursos digitais, use Google Forms. As respostas também podem ser orais.
Utilize as questões a seguir e crie outras para seu quiz:
A imagem se refere a uma apresentação de:
- ginástica (correta)
- dança
- luta
A imagem se refere a um movimento da ginástica chamado de:
- estrela
- rolamento
- pirâmide (correta)
Para realizar os movimentos da imagem, usamos a capacidade física
- velocidade
- agilidade
- força (correta)
Para realizar as posições estáticas nas aulas, fizemos:
- sozinhos
- duplas
- trios
Para participar e experimentar os movimentos de ginástica, foi preciso:
- não me machucar.
- não machucar meus colegas.
- não me machucar e nem aos meus colegas.
Barreiras
Barreiras
Exigir movimentos elaborados por parte dos alunos.
Utilizar recursos não acessíveis a todos para as explicações, como somente a conversa ou um texto escrito.
Estipular que todos os estudantes devem realizar os movimentos com a mesma técnica.
Sugestões para eliminar ou reduzir a barreira
Possibilitar a exploração de movimentos de acordo com os potenciais dos estudantes.
Ampliar a utilização de recursos para que todos compreendam, como vídeos, materiais escritos, áudios, entre outros.
Incentivar os estudantes para que resolvam as tarefas de movimentação, de acordo com as suas possibilidades.
Desdobramentos
Como desdobramentos para os próximos encontros, sugerimos que aprofunde as aprendizagens sobre as ginásticas, como, por exemplo, explorando quais estruturas corporais estão envolvidas na execução da ginástica geral, quais capacidades físicas são mais exigidas na execução da ginástica geral, quais habilidades motoras estão presentes, quais dificuldades eles se depararam ao realizar inicialmente os movimentos na ginástica e o que fizeram para superá-las, quais procedimentos de segurança devem adotar nas atividades para evitar acidentes, onde podemos assistir às apresentações de ginástica geral.
Organize os grupos para que sejam realizadas as apresentações das coreografias de ginástica em grupos. Considere o tempo disponível de aula para garantir que todos os grupos sejam contemplados.
Como avaliação, sugerimos a utilização de tarefas de casa a serem aplicadas durante e ao final das aulas com questões a serem respondidas pelos estudantes.
Nas próximas aulas, se houver tempo disponível, é interessante incluir novas possibilidades do envolvimento deles em atividades em grupos, engajando os estudantes a pesquisar e, assim, recriar novas combinações de posições estáticas (pirâmides humanas) para serem reapresentadas.
As atividades propostas neste plano, em sua maioria, são adaptáveis ao ensino remoto. O vídeo da atividade pode ser o mesmo. Caso os estudantes não tenham o acesso on-line, poderão conhecer a história da ginástica por meio de imagens e pequenos textos.
A atividade Conhecendo os movimentos básicos da ginástica é autoexplicativa, portanto eles poderão realizá-la em casa. Como registro, poderão tirar fotos dos movimentos realizados e compartilhar com o professor e colegas.
Na atividade Circuito de ginástica geral, o professor poderá trabalhar com a ginástica acrobática com todos ao mesmo tempo se for de forma síncrona. Para isso, peça aos estudantes que, primeiramente, analisem e verifiquem o espaço e os materiais que podem ser utilizados para as práticas. No entanto, se for assíncrona, o professor deverá fornecer a descrição das atividades “equilíbrio, saltos, giros e rotações” para que os estudantes procurem criar e experimentar no momento adequado. Pode-se solicitar que registrem os movimentos realizados para serem compartilhados nos encontros virtuais.
Como não há aula em grupos, não poderá focar na ginástica em grupos, mas sim em atividades possíveis de serem realizadas com o próprio corpo individualmente.
Na elaboração da atividade 5, o professor pode explicar e descrever a atividade. O estudante pode registrar a realização por meio de vídeos, fotos, desenhos e descrição textual, contando a sequência elaborada por ele.
Lembre-se de utilizar o quadro autoavaliativo e as tarefas de casa para acompanhar o processo de aprendizagem dos estudantes.
Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.
Autor: Alexsandro Junior Machado
Mentor: Ricardo Yoshio
Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho