Contexto (imagens)
Plano de Aula
Plano de aula: Feiras: trocas comerciais e diversidade cultural em diferentes tempos e espaços
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Transformações ocorridas com o deslocamento de pessoas e mercadorias
Por: Sara Villas
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF04HI06 de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários:
Projetor ou quadro e pincel de quadro
Impressões das imagens do material complementar (caso não tenha projetor)
Equipamento de áudio para exibição de vídeo
Papel-cartão ou cartolina
Material complementar:
HIS4_06UND03 Contexto (imagens)
HIS4_06UND03 Problematização (imagens)
HIS4_06UND03 Sistematização (textos)
Para você saber mais:
A proposta desse plano é fazer com que os alunos reflitam sobre dois aspectos relacionados às feiras comerciais: o caráter histórico e a exploração do trabalho infantil, ambos do ponto de vista das mudanças e permanências que eles geram.
Primeiramente propõe-se fazer uma reflexão sobre a existência e o significado das feiras livres que existem nos dias de hoje em diversas cidades brasileiras. O intuito aqui é aproximar do contexto dos alunos, para que eles identifiquem no assunto da aula algo que possivelmente faz parte do seu cotidiano. Ainda nesse primeiro momento é chamada a atenção também para o fato de que em várias dessas feiras é possível observar crianças trabalhando junto com os pais. Pode ser que esse fato pareça algo normal aos alunos, sobretudo se fizerem parte de comunidades em que eles próprios também ajudam os pais em atividades laborais. No entanto, independentemente das condições, é preciso que entendam que o trabalho infantil é crime e que existe uma série de campanhas e ações para impedir que as crianças trabalhem, ainda que dados do IBGE mostrem que existem cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalhando em situação ilegal (dados de 2015).
Em seguida estão expostos alguns exemplos de feiras europeias que surgiram no fim do período medieval, por volta do século XI, trazendo uma nova dinâmica para uma região até então ruralizada. O surgimento das feiras medievais marca também o surgimento de uma vida mais urbana e de uma relação mais direta com o dinheiro, por meio da figura dos banqueiros. Elas são marcadas pela venda de produtos artesanais e agrícolas e aconteciam em um primeiro momento de forma mais localizada dentro dos burgos. Posteriormente ganham um caráter mais internacional quando mercadores da África, Ásia e outras regiões da Europa passam a comercializar produtos de diversas regiões. Assim como nas feiras contemporâneas, também na Idade Média as crianças trabalhavam tanto na confecção de produtos quanto na venda. A ideia aqui é problematizar qual era o significado do trabalho infantil na Idade Média em comparação com os dias atuais.
Apesar de mostrar que nenhum dos dois é aceitável é importante fazê-los refletir sobre as condições históricas em que ambas as crianças estão inseridas, tendo em vista que hoje em dia existem leis que criminalizam o trabalho infantil, bem como um estatuto que deve proteger a infância das crianças garantindo o direito à educação e ao lazer. É importante que eles percebam que não existiam essas mesmas leis na Idade Média e que a própria concepção de infância mudou muito. Antes, aos sete anos as crianças já eram consideradas aptas ao trabalho e, portanto, à vida adulta.
Texto sobre cultura, hábitos e alimentação na Idade Média https://cidademedieval.blogspot.com/2016/04/o-que-comiam-os-medievais-passavam-fome.html acesso em 07/04/2019.
Texto sobre a visão que se tinha da infância na Idade Média https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/como-a-crianca-era-vista-e-tratada-desde-a-epoca-medieva-ate-o-seculo-xx/26547 acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras medievais https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-das-feiras/acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras na Idade Média https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/feiras-medievais.htm
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15191637 acesso em 07/04/2019.
Clipe e letra da música “Criança não trabalha” do grupo Palavra Cantada https://www.youtube.com/watch?v=ZeByseNNEsk acesso em 07/04/2019.
Informações sobre o trabalho infantil no Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_infantil_no_Brasil acesso em 07/04/2019.
A reportagem feita pela Rede Peteca: chega de trabalho infantil no link https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/noticias/materias/trabalho-infantil-nas-feiras/ acesso em 06/04/2019, traz uma visão problematizadora do tema, mostrando como o trabalho infantil nas feiras muitas vezes é visto como algo “aceitável” uma vez que as crianças trabalham próximas a seus pais. A reportagem chama a atenção para a gravidade dessas normalização do trabalho infantil.
Link para reportagem sobre trabalho infantil na feira de Caruaru http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/bom-dia-pe/videos/t/edicoes/v/mpt-faz-acao-de-combate-ao-trabalho-infantil-em-feiras-livres-no-agreste-de-pernambuco/7028233/ acesso em 07/04/2019.
Reportagem sobre trabalho infantil na Feira da Cabanagem http://www.diarioonline.com.br/noticias/zappzapp/noticia-452055-.html acesso em 07/04/2019.
Sobre o estatuto da Criança e do Adolescente (ECA 1990)
https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/wp-content/uploads/2017/06/LivroECA_2017_v05_INTERNET.pdf acesso em 06/04/2019
Mapa do trabalho infantil do Brasil https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/mapa-do-trabalho-infantil/ acesso em 07/04/2019.
Sobre a história do Mercado Ver o Peso em Belém https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_Ver-o-Peso ou https://blogsyngenta.com.br/ver-o-peso-a-maior-feira-livre-da-america-latina/ acesso em 07/04/2019.
Sobre a Feira Hippie de Belo Horizonte https://feirahippie.com/ acesso em 07/04/2019.
Sobre a Feira de Caruaru http://feiradecaruaru.com/portal/ acesso em 07/04/2019.
O livro de Porto, Cristina; Azevedo, Jô e Huzak, Iolanda. Serafina e a Criança que trabalha. São Paulo: editora Ática, 2002. Mostra por meio de uma linguagem infanto-juvenil alguns casos reais denunciando as condições de exploração do trabalho de crianças de diversas regiões.
O livro RICE, Melaine e Chris. As Crianças na História: modos de vida em diferentes épocas e lugares. São Paulo: editora Ática, 2000. Mostra através de um texto infanto-juvenil e muitas ilustrações como possivelmente era a vida de algumas crianças em tempos e espaços diversos.
Objetivo
Tempo sugerido: 5 minutos
Orientações: Apresente o tema aos alunos escrevendo-o no quadro ou lendo-o para a turma. Se estiver fazendo uso de projetor, apresente esse slide e faça uma leitura coletiva.
Chame a atenção dos alunos para a existência de dois grandes temas na aula: as feiras comerciais e a exploração do trabalho infantil. Desmembre esse objetivo levantando perguntas sobre o assunto e fazendo os alunos refletirem, já nesse primeiro momento, sobre a criminalização do trabalho infantil bem como do caráter histórico das feiras.
Faça perguntas como:
- Vocês têm o hábito de frequentar feiras?
- Qual tipo de feira? Qual tipo de produto é vendido nessas feiras que vocês conhecem?
- Quem fabrica ou produz esses produtos? De onde vem esses produtos?
- Essas feiras ficam dentro de uma cidade ou no campo?
- Vocês já repararam nas pessoas que trabalham na feira?
- Vocês já viram alguma criança trabalhando junto com os pais na feira? O que você pensa sobre isso?
- Você já trabalhou junto com seus pais alguma vez?
- Você pensa que antigamente era comum as crianças trabalharem?
- Você sabe se as feiras são muito antigas? Desde quando vocês imaginam que elas existem?
Essas perguntas servem para que os alunos se envolvam com a aula. Eles não precisam saber todas as respostas nesse momento, o importante é que se percebam como sujeitos que participam da dinâmica do campo ou da cidade.
Contexto
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Organize a turma em semicírculo de modo que seja possível fazer uma conversa coletiva com todos se enxergando e se ouvindo. Projete a imagem do slide ou imprima em tamanho grande de modo que todos possam ver. Peça para os alunos revezarem a leitura e na resposta das perguntas, ou seja, nem todos precisam responder tudo mas é importante que todos estejam atentos e respondam mesmo que para si mesmos cada uma das perguntas.
- Vocês já foram em alguma feira?
Espera-se que as feiras sejam algo que faça parte do cotidiano dos alunos, mas, caso não seja, explique que são lugares abertos, em que diferentes vendedores, normalmente organizados em barracas, vendem produtos distintos vindos de várias regiões.
- Sabem onde ficam essas feiras das fotografia?
Peça para que tentem adivinhar onde são essas feiras apresentadas, sobretudo se estiver em alguma das cidades mencionadas. Caso não consigam saber, pergunte se acham que é no Brasil, e quais são as possíveis evidências disso. As fotografias referem-se à Feira Hippie da Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte - MG,; a feira Ver o Peso de Belém - PA; e a feira de Caruaru - CE. As três são feiras bem antigas e muito tradicionais, vendem produtos variados incluindo, comidas, artesanato, produtos agrícolas, entre outros. Vale a pena saber um pouco mais sobre cada uma delas, a feira de Belém, por exemplo. existe desde 1687 e é considerada uma das 7 maravilhas do Brasil.
- O que se vende em uma feira?
Aqui é interessante que eles percebam que existe uma grande variedade de produtos sendo vendidos em uma feira, e que a maioria deles são produtos feitos artesanalmente, ou seja por pessoas e não por máquinas. Grande parte desses produtos vêm do meio rural, chame a atenção para isso mostrando como as feiras produzem também uma circulação de produtos e pessoas. Elas se configuram muitas vezes como pontos turísticos, atraindo pessoas de várias regiões, incluindo outros países. Outra coisa interessante é falar sobre a forma como essa venda é feita, muitas vezes os feirantes disputam os clientes no grito, fazendo promoções na hora, e tentando agradá-los de toda forma. Mostre que a feira além de ser um lugar de diversidades é também um lugar vivo, cheio de sons, cores, cheiros e paisagens.
- Quem define o valor dos produtos?
Essa pergunta tem o intuito de mostrar para os alunos que em uma feira as decisões de preço são mais flexíveis do que em supermercados, por exemplo, que o preço já está definido e não pode ser pechinchado. Mostre que na feira há uma maior liberdade e que antigamente, como veremos mais adiante, as pessoas trocavam produtos por outros produtos diferentes.
- De onde vem os produtos vendidos na feira?
Mostre que eles podem vir de diversos lugares, do meio rural, de fábricas caseiras e até de outras regiões do país. As feiras congregam uma enorme diversidade cultural, representando troca não só de produtos mas também de culturas.
Fonte das imagens
- Feira Hippie da Avenida Afonso Pena, Belo Horizonte - MG https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=6812533
- Feira Ver o Peso, Belém - PA https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/db/Belem-Ver-o-pesokl.jpg
- Feira de Caruaru, CE https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Artesanato_feira_Caruaru.jpg
Como adequar à sua realidade: Caso existam feiras significativas na sua cidade vale a pena substituir as fotografias por outras locais. Os alunos podem fazer uma pesquisa sobre as feiras que existem na região. Programar uma visita à feira pode ser bastante interessante.
Para você saber mais:
Sobre a história do Mercado Ver o Peso em Belém https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_Ver-o-Peso acesso em 07/04/2019 ou https://blogsyngenta.com.br/ver-o-peso-a-maior-feira-livre-da-america-latina/ acesso em 07/04/2019.
http://feiradecaruaru.com/portal/acesso em 07/04/2019.
Sobre a Feira Hippie de Belo Horizonte https://feirahippie.com/acesso em 07/04/2019.
Sobre a Feira de Caruaru http://feiradecaruaru.com/portal/ acesso em 07/04/2019.
Contexto
Orientações: No segundo momento do contexto trabalhe com a exploração do trabalho infantil, muito presente nas feiras livres. É importante que se passe uma visão problematizadora do tema, fazendo os alunos refletirem, questionarem e criticarem esse tipo de atividade.
A frase que abre esse slide “criança não trabalha, criança dá trabalho” é do grupo musical infantil Palavra Cantada. A letra e clipe da música podem ser encontrados nesse link https://www.youtube.com/watch?v=ZeByseNNEsk (acesso em 06/04/2019) . Se achar interessante passe a música inteira e reflita sobre ela. Na letra, além dessa frase denúncia, são proferidas inúmeras brincadeiras e objetos de crianças, mostrando que, além de não poder trabalhar, a criança tem o direito de brincar.
CRIANÇA NÃO TRABALHA
(Paulo Tatit/ Arnaldo Antunes)
Lápis, caderno, chiclete, peão
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula sela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão
Giz, merthiolate, band aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão
Criança não trabalha
Criança dá trabalho
Criança não trabalha
1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez
Em seguida peça para refletirem sobre as questões postas no slide.
- Será que essa frase “Criança não trabalha, criança dá trabalho” expressa a realidade de todas as crianças brasileiras? Vocês sabiam que existem crianças que trabalham? Será que isso é permitido.
Espera-se que os alunos saibam identificar a existência de trabalho infantil no Brasil, e em outras partes do mundo também. Peça para que deem exemplos de tipos de trabalho em que comumente vemos crianças. Alguns exemplos típicos são vendedores de bala nos sinais de trânsito, trabalho infantil doméstico, trabalho em lavouras, feiras livres, entre outros. Espera-se também que os alunos reconheçam as atividades profissionais de crianças como ilegais. Explique e apresente o Estatuto da Criança e do Adolescente e mostre que segundo ele é proibido às crianças menores de 14 anos exercerem qualquer tipo de ofício.
Entre 14 e 16 anos os adolescentes podem trabalhar como menor aprendiz, o que significa que precisam estar estudando e o trabalho não pode ser a prioridade na sua vida. Explique também que antes da existência dessas leis era muito comum as crianças começarem a trabalhar antes de completar 18 anos e eram poucos os que continuavam estudando ou faziam um curso superior.
Em seguida exiba o vídeo com uma reportagem sobre a presença do trabalho infantil na feira de Caruaru por meio do link http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/bom-dia-pe/videos/t/edicoes/v/mpt-faz-acao-de-combate-ao-trabalho-infantil-em-feiras-livres-no-agreste-de-pernambuco/7028233/ (reportagem de 09/09/2018 acesso em 06/04/2019). Caso não tenha como projetar o vídeo você pode fazer um recorte de trechos da reportagem de mesmo tema, presente no link https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/noticias/materias/trabalho-infantil-nas-feiras/.
Conecte o conteúdo das reportagens com a discussão feita anteriormente sobre as feiras, a origem dos produtos e seus vendedores. Levante algumas perguntas e estimule os alunos a fazer uma conversa sobre o assunto. Algumas sugestões de perguntas:
- Por que você imagina que essas crianças estão trabalhando?
- Será que essas crianças também estudam, além de trabalhar? Em caso positivo você vê algum problema em ela trabalhar?
- Você acha que é importante uma criança aprender um ofício/profissão desde cedo, para se preparar melhor para o futuro?
- Quais são as ações do governo, via Ministério do Trabalho para combater o trabalho infantil?
Para você saber mais:
Sobre o estatuto da Criança e do Adolescente https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/wp-content/uploads/2017/06/LivroECA_2017_v05_INTERNET.pdf acesso em 06/04/2019
O livro de Porto, Cristina; Azevedo, Jô e Huzak, Iolanda. Serafina e a Criança que trabalha. São Paulo: editora Ática, 2002. Mostra por meio de uma linguagem infanto-juvenil alguns casos reais denunciando as condições de exploração do trabalho de crianças de diversas regiões.
A reportagem feita pela Rede Peteca: chega de trabalho infantil no link https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/noticias/materias/trabalho-infantil-nas-feiras/ acesso em 06/04/2019, traz uma visão problematizadora do tema, mostrando como o trabalho infantil nas feiras muitas vezes é visto como algo “aceitável”, uma vez que as crianças trabalham próximas a seus pais. A reportagem chama a atenção para a gravidade dessas normalização do trabalho infantil.
Problematização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: No primeiro momento da problematização os alunos devem permanecer em semicírculo para analisar as imagens coletivamente. Projete as imagens, ou imprima-as em tamanho grande para que todos possam enxergar e participar da análise. Oriente as observações por meio das perguntas problematizadoras presentes no slide.
- O que observam nestas imagens?
- Conseguem relacioná-las às imagens anteriores das feiras?
- Imaginam quando e onde estas imagens foram feitas e o que retratam?
- Que tipo de produtos estão sendo vendidos?
- Será que as crianças trabalhavam nesse tipo de feira?
Deixe que os alunos levantem suas hipóteses a respeito das duas imagens. Espera-se que eles percebam que são imagens bem antigas pelo tipo de pintura, traços, cores, roupas, produtos e estética da obra de uma maneira geral. Os conceitos de Idade Média, Renascimento Comercial, Mercantilismo não precisam ser trabalhados com essa nomenclatura, pois não é esperado de um aluno do 4º ano esse tipo de aprofundamento. No entanto é fundamental que eles percebam continuidades e diferenças entre o passado e o presente.
As duas fontes históricas apresentadas distam uma da outra em aproximadamente 100 anos, tempo suficiente para perceber grandes mudanças nos traços e na composição das pinturas. A primeira imagem foi feita por volta de 1550 por um pintor holandês e a segunda aproximadamente em 1400 por um pintor italiano. Chame a atenção para a falta de noções como proporção e profundidade da segunda imagem. Explique que nesse período os pintores retratavam o tamanho das pessoas de acordo com a sua importância na sociedade e por isso a falta de proporção.
Chame a atenção também para os aspectos da feira presentes na imagem e ainda nos dias de hoje (tipo de produto, uma certa agitação, diferentes vendedores, troca de culturas, etc.). Explique que no final da Idade Média houve um grande crescimentos das feiras, proporcionado pelo aumento das viagens de mercadores europeus para a Ásia e África. Diga também que foram elas que impulsionaram o uso do dinheiro, mas que era muito comum realizarem trocas de produtos por produtos, sem o uso de moedas.
Explique também que nessas feiras havia grande diversidade de produtos e que os elementos religiosos estavam bastante presentes nesse ambiente. Fale sobre a venda de indulgências (documento comprado por fiéis para terem seus pecados redimidos) que também era feita nas feiras.
Explique ainda que durante a Idade Média o conceito de infância era bem diferente do nosso. Por volta dos sete anos as crianças já eram consideradas aptas para o trabalho e geralmente aprendiam o ofício dos pais. Não existiam leis que protegessem a infância, e as escolas eram para uma minoria. Assim, é muito provável que houvesse crianças trabalhando nas feiras. Peça que tentem identificar se conseguem ver alguma criança nas cenas. Caso não consigam diga que as crianças eram pouco valorizadas, não sendo dignas de serem pintadas em um quadro, e esse deve ser o possível motivo pelo qual elas estão ausentes nessas pinturas.
Por fim chame a atenção para o fato das duas imagens retratarem cenas de feiras na Europa, possivelmente na região onde hoje fica a Itália e na Holanda, devido à origem dos pintores.
As imagens são muito ricas e detalhadas, deixe os alunos analisarem cuidadosamente, dando tempo para que percebam as nuances e pequenos detalhes.
Fonte da imagem 1
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aertsen,_Pieter_-_Market_Scene.jpg acesso em 07/04/2019.
Pieter Aertsen, cerca de 1550.
Fonte da imagem 2
Cena de um mercado ou de uma feira. Miniatura extraída de um manuscrito de “Cavaleiro Errante” de Thomas III de Saluces https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scène_de_foire_-_ca_1400_-_BNF_Fr12559_f167.jpg acesso em 07/04/2019.
Para você saber mais:
Texto sobre cultura, hábitos e alimentação na Idade Média https://cidademedieval.blogspot.com/2016/04/o-que-comiam-os-medievais-passavam-fome.html acesso em 07/04/2019.
Texto sobre a visão que se tinha da infância na Idade Média https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/como-a-crianca-era-vista-e-tratada-desde-a-epoca-medieva-ate-o-seculo-xx/26547 acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras medievais https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-das-feiras/ acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras na Idade Média https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/feiras-medievais.htm
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15191637 acesso em 07/04/2019.
O livro RICE, Melaine e Chris. As Crianças na História: modos de vida em diferentes épocas e lugares. São Paulo: editora Ática, 2000. Mostra através de um texto infanto-juvenil e muitas ilustrações como possivelmente era a vida de algumas crianças em tempos e espaços diversos.
Problematização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: No primeiro momento da problematização os alunos devem permanecer em semicírculo para analisar as imagens coletivamente. Projete as imagens, ou imprima-as em tamanho grande para que todos possam enxergar e participar da análise. Oriente as observações por meio das perguntas problematizadoras presentes no slide.
- O que observam nestas imagens?
- Conseguem relacioná-las às imagens anteriores das feiras?
- Imaginam quando e onde estas imagens foram feitas e o que retratam?
- Que tipo de produtos estão sendo vendidos?
- Será que as crianças trabalhavam nesse tipo de feira?
Deixe que os alunos levantem suas hipóteses a respeito das duas imagens. Espera-se que eles percebam que são imagens bem antigas pelo tipo de pintura, traços, cores, roupas, produtos e estética da obra de uma maneira geral. Os conceitos de Idade Média, Renascimento Comercial, Mercantilismo não precisam ser trabalhados com essa nomenclatura, pois não é esperado de um aluno do 4º ano esse tipo de aprofundamento. No entanto é fundamental que eles percebam continuidades e diferenças entre o passado e o presente.
As duas fontes históricas apresentadas distam uma da outra em aproximadamente 100 anos, tempo suficiente para perceber grandes mudanças nos traços e na composição das pinturas. A primeira imagem foi feita por volta de 1550 por um pintor holandês e a segunda aproximadamente em 1400 por um pintor italiano. Chame a atenção para a falta de noções como proporção e profundidade da segunda imagem. Explique que nesse período os pintores retratavam o tamanho das pessoas de acordo com a sua importância na sociedade e por isso a falta de proporção.
Chame a atenção também para os aspectos da feira presentes na imagem e ainda nos dias de hoje (tipo de produto, uma certa agitação, diferentes vendedores, troca de culturas, etc.). Explique que no final da Idade Média houve um grande crescimentos das feiras, proporcionado pelo aumento das viagens de mercadores europeus para a Ásia e África. Diga também que foram elas que impulsionaram o uso do dinheiro, mas que era muito comum realizarem trocas de produtos por produtos, sem o uso de moedas.
Explique também que nessas feiras havia grande diversidade de produtos e que os elementos religiosos estavam bastante presentes nesse ambiente. Fale sobre a venda de indulgências (documento comprado por fiéis para terem seus pecados redimidos) que também era feita nas feiras.
Explique ainda que durante a Idade Média o conceito de infância era bem diferente do nosso. Por volta dos sete anos as crianças já eram consideradas aptas para o trabalho e geralmente aprendiam o ofício dos pais. Não existiam leis que protegessem a infância, e as escolas eram para uma minoria. Assim, é muito provável que houvesse crianças trabalhando nas feiras. Peça que tentem identificar se conseguem ver alguma criança nas cenas. Caso não consigam diga que as crianças eram pouco valorizadas, não sendo dignas de serem pintadas em um quadro, e esse deve ser o possível motivo pelo qual elas estão ausentes nessas pinturas.
Por fim chame a atenção para o fato das duas imagens retratarem cenas de feiras na Europa, possivelmente na região onde hoje fica a Itália e na Holanda, devido à origem dos pintores.
As imagens são muito ricas e detalhadas, deixe os alunos analisarem cuidadosamente, dando tempo para que percebam as nuances e pequenos detalhes.
Fonte da imagem 1
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aertsen,_Pieter_-_Market_Scene.jpg acesso em 07/04/2019.
Pieter Aertsen, cerca de 1550.
Fonte da imagem 2
Cena de um mercado ou de uma feira. Miniatura extraída de um manuscrito de “Cavaleiro Errante” de Thomas III de Saluces https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scène_de_foire_-_ca_1400_-_BNF_Fr12559_f167.jpg acesso em 07/04/2019.
Para você saber mais:
Texto sobre cultura, hábitos e alimentação na Idade Média https://cidademedieval.blogspot.com/2016/04/o-que-comiam-os-medievais-passavam-fome.html acesso em 07/04/2019.
Texto sobre a visão que se tinha da infância na Idade Média https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/como-a-crianca-era-vista-e-tratada-desde-a-epoca-medieva-ate-o-seculo-xx/26547 acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras medievais https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-das-feiras/ acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras na Idade Média https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/feiras-medievais.htm
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15191637 acesso em 07/04/2019.
O livro RICE, Melaine e Chris. As Crianças na História: modos de vida em diferentes épocas e lugares. São Paulo: editora Ática, 2000. Mostra através de um texto infanto-juvenil e muitas ilustrações como possivelmente era a vida de algumas crianças em tempos e espaços diversos.
Sistematização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Organize a turma em duplas de trabalho produtivas. Apresente o slide para o grupo, com alguns exemplos de frases do trabalho que realizarão em conjunto. A proposta é que identifiquem se essas frases fazem referência às feiras do passado ou do presente. É provável e possível que algumas delas remetam aos dois períodos simultaneamente (deixe os alunos chegarem a essa conclusão sozinhos).
Entregue para cada dupla um conjunto de afirmativas sobre as atividades nas feiras e o trabalho infantil.
HIS4_06UND03 Sistematização (frases)
A atividade consiste em analisar as frases e classificá-las, preenchendo a tabela em anexo.
Ao final peça para as duplas socializarem as conclusões para toda turma, justificando as escolhas.
Para você saber mais:
Texto sobre cultura, hábitos e alimentação na Idade Média https://cidademedieval.blogspot.com/2016/04/o-que-comiam-os-medievais-passavam-fome.html acesso em 07/04/2019.
Texto sobre a visão que se tinha da infância na Idade Média https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/como-a-crianca-era-vista-e-tratada-desde-a-epoca-medieva-ate-o-seculo-xx/26547 acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras medievais https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-das-feiras/ acesso em 07/04/2019.
Texto sobre as feiras na Idade Média https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/feiras-medievais.htm
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15191637 acesso em 07/04/2019.
O livro RICE, Melaine e Chris. As Crianças na História: modos de vida em diferentes épocas e lugares. São Paulo: editora Ática, 2000. Mostra através de um texto infanto-juvenil e muitas ilustrações como possivelmente era a vida de algumas crianças em tempos e espaços diversos.
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: documentos em PDF; e-mail; Whatsapp.
- Optativas: Zoom, Skype ou demais aplicativos de vídeo chamada, Google Classroom.
Contexto
O objetivo desta aula é reconhecer nas feiras livres um marco histórico para as sociedades e, ao mesmo tempo, a exploração do trabalho infantil ao longo do tempo. Converse com os alunos através de uma videoconferência pelo Whatsapp do grupo da turma e faça os questionamentos que se encontram no Objetivo deste Plano. Siga a sequência de orientações proposta. Você pode optar por fazer essa etapa enviando todo o material para os alunos através da entrega na escola, do e-mail ou pelo Classroom, junto com as orientações de observação e os questionamentos para análise de todo material a ser estudado.
Indique aos alunos que assistam ao vídeo “Como o trabalho infantil compromete o futuro da criança” (disponível aqui), para saberem um pouco mais sobre esta situação que atinge muitas crianças brasileiras
Problematização
Siga as orientações definidas, informando os alunos que a atividade será de buscar compreender os impactos da escravização e comercialização de pessoas na sociedade. Envie todo o material (links, documentos, orientações) para os alunos.
Sistematização
Siga as orientações definidas, você pode optar por fazer a atividade com os alunos individualmente ou dividindo eles em duplas, utilizando o recurso Mural Colaborativo, no Padlet. Envie todo o material (links, documentos, orientações) para os alunos.
Links para conhecer as formas de utilização:
- E-mail (disponível aqui).
- Classroom (disponível aqui).
- Hangouts (disponível aqui).
- Padlet (disponível aqui).
Convite às famílias
Proponha que a família assista ao vídeo “Trabalho infantil: conheça as consequências” (disponível aqui), para viabilizar um entendimento maior sobre o tema estudado.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Sara Villas
Mentor: Giovani Silva
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 4º ano do Ensino Fundamental
Unidade temática: Circulação de pessoas, produtos e culturas
Objeto (s) de conhecimento: A invenção do comércio e a circulação de produtos
Habilidade(s) da BNCC: (EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.
Palavras-Chave: Feiras; feiras medievais; trabalho infantil; comércio; escambo.
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