GE07_09UND05 - Sistematização
Plano de Aula
Plano de aula: As linhas imaginárias e os mapas
Plano 5 de uma sequência de 10 planos. Veja todos os planos sobre Alfabetização cartográfica e análise da constituição do território brasileiro
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre este plano: Ele está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07GE09 de Geografia, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Este plano tem como objetivo refletir o conteúdo ideológico presente na construção dos mapas cartográficos, tendo como base a projeção cilíndrica e as suas consequentes distorções.
Materiais necessários: Globo terrestres, cópia das imagens utilizadas no plano, folha de atividade da etapa da ação propositiva e sistematização, lápis, borracha, lápis de cor.
Material complementar: Todas as imagens utilizadas neste plano estão presentes nos links abaixo.
GE07_09UND05 - Contextualização:
GE07_09UND05 - Problematização:
GE07_09UND05 - Ação Propositiva:
Links para os mapas:
Projeção de Mercator: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mercator_projection_SW.jpg
Projeção de Gall-Peters: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Gall-Peters_projection#/media/File:Gall-peters2.jpg
Mapa-múndi Australiano: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1555&evento=5
Para você saber mais:
Quando se trabalha com mapas feitos em pequenas escalas (que mostram áreas muito grandes) é necessário ter clareza da existência das distorções (de área, forma e/ou distâncias) como uma consequência inevitável do processo de se representar em um mapa plano a superfície esférica da Terra, ou seja, sempre que se projeta num mapa plano bidimensional uma superfície que é curva (tridimensional) se produz deformações. Dito isto, podemos afirmar que não existe um mapa melhor ou um mapa pior, mas sim, um mapa que atenda ou que se adapte melhor a uma determinada finalidade.
As projeções cartográficas se baseiam em princípios e relações matemáticas e geométricas na elaboração de mapas. Apesar deste plano de aula se ater à projeção cilíndrica, vale lembrar que existem outros tipos de projeções como as planas (azimutais) e as cônicas.
Em relação às distorções existentes nos mapas, podemos, de maneira geral, agrupadas em quatro categorias:
- equivalentes: preserva a área mas distorce a forma e as distâncias.
- conforme: mantém a forma ou ângulos mas distorce a área e as distâncias.
- equidistantes: preserva a distância entre os pontos no mapa mas distorce a forma e a área.
- afiláticas: não conserva a forma, a área e a distância. Porém, por buscar o melhor “balanceamento” entre as deformações, distorce o mínimo possível.
Sugestões de vídeos:
O mapa do mundo que você conhece está errado. Youtube. 2017 (06min05seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6Ohky8vxlGs>. Acesso em: 15 jan 2019.
Cart06 Projeções Cartográficas aula 2. Youtube. 2017 (08min56seg). Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=u7r7aUGEjMc>. Acesso em: 15 jan 2019.
Sugestão de sites e leituras:
JESUS, Fernando Soares. Tipos de projeções cartográficas: equivalentes, conformes, equidistantes e afiláticas. Geografia Opinativa, 2018. Disponível em: <https://www.geografiaopinativa.com.br/2018/03/tipos-de-projecoes-cartograficas-equivalentes-conformes-equidistantes-e-afilaticas.html>. Acesso em: 15 jan 2019.
Tema da aula
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Este plano de aula tem como objetivo desconstruir a representação tradicional da Terra através dos planisférios, evidenciando suas distorções e o conteúdo ideológico presentes. Paralelamente, busca problematizar a “situação” do Brasil nos principais mapas-múndi utilizados nas aulas e livros de geografia que, de maneira geral, reproduzem uma visão eurocêntrica, colando a Europa no centro do globo, aumentando as áreas dos países situados nas regiões temperadas e polares do hemisfério norte e colocando os países subdesenvolvidos no hemisfério sul.
Este plano se inicia com a análise e observação das semelhanças e diferenças entre a projeção de Mercator e a de Gall-Peters, seguido do mapa-múndi australiano (Upside Down) que fará um questionamento sobre a tradicional divisão que coloca os países desenvolvidos acima (hemisfério norte) e os subdesenvolvidos abaixo (hemisfério sul). Após será feita uma reflexão sobre as distorções presentes nestes mapas e a quem atendem. Como problematização, será trabalhado o papel dos paralelos e meridianos na construção de mapas, culminando na atividade da ação propositiva onde, através da técnica de quadriculado (grid method drawing), no qual as linhas horizontais representam os paralelos e as linhas verticais os meridianos, os alunos serão desafiados a criar um novo mapa do Brasil contendo distorções parecidas com as que ocorrem nas zonas temperadas e polares. Ao final, os alunos terão que analisar, refletir e apresentar as causas das distorções e o conteúdos ideológico dos mapas.
Para iniciar a aula, solicite que os alunos se organizem em duplas ou trios. Certifique-se de que cada grupo possua os materiais que serão utilizados na aula. Se sua escola não possui um projetor de imagens, você poderá baixar e imprimir todas as imagens utilizadas neste plano, os links de cada etapa encontram-se no slide anterior. Após entregue uma cópia para cada grupo.
Como adequar à sua realidade: Se necessário, utilize mapas contidos no livro didático do aluno, atlas, etc. para promover uma reflexão dos conteúdos ideológicos presentes em cada um deles.
Contextualização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Comece promovendo uma reflexão acerca da esfericidade da Terra e que, devido a isto, somente o globo terrestre capaz de representá-la a sem provocar grandes distorções, quando comparado com o planisfério tradicional. Se a sua escola possui um globo terrestre leve-o para sala e deixe os alunos manusearem.
Após esta introdução, faça a pergunta contida no slide. Deixe os alunos refletirem sobre isso.
Para aprofundarem neste reflexão, pergunte como seria possível tornar plana a parte externa de uma meia laranja ou o próprio globo terrestre? Seja qual for a resposta dada, ela provocará algum tipo de deformação na superfície destes objetos e isto já é uma distorção.
Se sua escola não possui um projetor de imagens, você poderá baixar e imprimir todas as imagens utilizadas nesta etapa clicando no link abaixo. Após entregue uma cópia para cada grupo.
Link para os mapas:
Projeção de Mercator: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mercator_projection_SW.jpg
Projeção de Gall-Peters: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Gall-Peters_projection#/media/File:Gall-peters2.jpg
Mapa-múndi Australiano: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1555&evento=5
Como adequar à sua realidade: Se necessário, utilize mapas existentes no livro didático do aluno ou atlas geográfico escolar para promover uma reflexão dos conteúdos ideológicos presentes nos mapas.
Para você saber mais:
Quando se trabalha com mapas feitos em pequenas escalas (que mostram áreas muito grandes) é necessário ter clareza da existência das distorções (de área, forma e/ou distâncias) como uma consequência inevitável do processo de se representar em um mapa plano a superfície esférica da Terra, ou seja, sempre que se projeta num mapa plano bidimensional uma superfície que é curva (tridimensional) se produz deformações. Dito isto, podemos afirmar que não existe um mapa melhor ou um mapa pior, mas sim, um mapa que atenda ou que se adapte melhor a uma determinada finalidade.
As projeções cartográficas se baseiam em princípios e relações matemáticas e geométricas na elaboração de mapas. Apesar deste plano de aula se ater à projeção cilíndrica, vale lembrar que existem outros tipos de projeções como as planas (azimutais) e as cônicas.
Em relação às distorções existentes nos mapas, podemos, de maneira geral, agrupadas em quatro categorias:
- equivalentes: preserva a área mas distorce a forma e as distâncias.
- conforme: mantém a forma ou ângulos mas distorce a área e as distâncias.
- equidistantes: preserva a distância entre os pontos no mapa mas distorce a forma e a área.
- afiláticas: não conserva a forma, a área e a distância. Porém, por buscar o melhor “balanceamento” entre as deformações, distorce o mínimo possível.Quando se trabalha com mapas feitos em pequenas escalas (que mostram áreas muito grandes) é necessário ter clareza da existência das distorções (de área, forma e/ou distâncias) como uma consequência inevitável do processo de se representar em um mapa plano a superfície esférica da Terra, ou seja, sempre que se projeta num mapa plano bidimensional uma superfície que é curva (tridimensional) se produz deformações. Dito isto, podemos afirmar que não existe um mapa melhor ou um mapa pior, mas sim, um mapa que atenda ou que se adapte melhor a uma determinada finalidade.
As projeções cartográficas se baseiam em princípios e relações matemáticas e geométricas na elaboração de mapas. Apesar deste plano de aula se ater à projeção cilíndrica, vale lembrar que existem outros tipos de projeções como as planas (azimutais) e as cônicas.
Em relação às distorções existentes nos mapas, podemos, de maneira geral, agrupadas em quatro categorias:
- equivalentes: preserva a área mas distorce a forma e as distâncias.
- conforme: mantém a forma ou ângulos mas distorce a área e as distâncias.
- equidistantes: preserva a distância entre os pontos no mapa mas distorce a forma e a área.
- afiláticas: não conserva a forma, a área e a distância. Porém, por buscar o melhor “balanceamento” entre as deformações, distorce o mínimo possível.
Contextualização
Orientações: Solicite que os alunos informem quais distorções aparecem no mapa. Você poderá utilizar o globo terrestre ou o Google Earth para evidenciar estas deformações, comparando-os com a projeção de Mercator.
Inicie uma reflexão a respeito dos conteúdos ideológicos implícitos nos mapas levantando as seguintes questões:
- Quais continentes tiveram seus territórios aumentados ou diminuídos no mapa?
- Quem está maior no mapa: Groenlândia ou a África?
OBS.: Vale ressaltar que a África é quase três vezes maior que a América do Norte e quatorze vezes maior que a Groenlândia.
Você poderá utilizar o globo terrestre e planisférios existentes no livro didático do aluno para promover uma comparação entre eles, com o objetivo de evidenciar as distorções existentes nestes mapas.
Para você saber mais:
Este é o mapa de Mercator. Nascido em Flandres (Bélgica) é considerado um dos maiores cartógrafos da história. O seu mapa foi o primeiro a representar toda a circunferência terrestre em um plano através da projeção cilíndrica. Ele manteve as formas dos continentes mas distorceu suas áreas à medida que se afasta da linha do Equador. Desta forma, quanto maior a latitude maior será a distorção de um continente ou país. Gerardus Mercator criou seu mapa na segunda metade do século XVI, no auge das Grandes Navegações, quando a Europa era a grande potência imperialista. Este mapa se tornou uma importante ferramenta para navegação, visto que possibilitou traçar rotas marítimas por todo o globo e, ainda hoje, é um dos mais utilizados para representar a superfície terrestre.
Sugestão de vídeo:
Cartografia: Projeção de Mercator X Projeção de Peters. Youtube. 2016, (16min06seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1I1A3GRqHKY>. Acesso em: 16 jan. 2019.
Contextualização
Orientações: Solicite que os alunos informem quais diferenças existem entre este mapa e o mapa do slide anterior. Se necessário, para aprofundar a análise , levante as seguintes questões:
- Comparado com o mapa de Mercator, o que aconteceu com as áreas da América do Sul, África, Austrália, Antártida e Groenlândia?
Para você saber mais:
A projeção de Peters é uma projeção cartográfica cilíndrica equivalente, ou seja, preserva a área mas distorce a forma e as distâncias entre os continente. Esta projeção foi elaborada pelo escocês James Gall em 1855 e foi retomada e difundida pelo historiador alemão Arno Peters na década de 1970. Ela possui um cunho político muito forte ao colocar a África no centro do mapa, diminuir a área dos países do hemisfério norte e aumentar a dos países do hemisfério sul e, desde o ano de 2017, tomou o lugar da projeção de Mercator nas escolas de Boston, nos EUA.
Sugestão de pesquisa
O que é a projeção Gall-Peters, mapa que promete acabar com '4 séculos de visão colonialista' do mundo. BBC NEWS. 2017. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/internacional-39349115> Acesso em: 17 jan. 2019.
Contextualização
Orientações: Para expandir a reflexão sobre o conteúdo ideológico dos mapas, solicite que os alunos analisem o mapa deste slide. Levante as seguintes questões:
- Este mapa está errado ou de cabeça para baixo?
- Por que, nos mapas tradicionais, os países desenvolvidos são sempre colocados acima (hemisfério norte) e os subdesenvolvidos abaixo (hemisfério sul)?
Para você saber mais:
Podemos afirmar que, de maneira geral, todos os mapas-múndi apresentam algum tipo de distorção. Desta forma, a escolha por um ou outro mapa dependerá da sua intenção ou finalidade, ou seja, não existe um mapa certo ou um mapa errado, tudo depende o que se quer demonstrar.
Recentemente o arquiteto e artista japonês Hajime Narukawa, desenvolveu uma nova técnica de produção de mapas, baseadas no origami, que buscou representar com precisão as proporções reais de países e continente e foi batizada de Autagraph. Apesar de manter a proporcionalidade de área este mapa distorceu as distâncias entre países e continente.
Sugestão de pesquisa:
O criativo mapa que mostra o mundo como realmente é. BBC News. 2016. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-37864328> Acesso em: 17 jan.2019.
VAIANO, Bruno. Todos os mapas-múndi estão errados. Superinteressante. 2017. Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/todos-os-mapas-mundi-estao-errados/>. Acesso em: 17 jan.2019.
Problematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Chegou a hora de destacar a função dos paralelos e dos meridianos na elaboração das projeções cartográficas cilíndricas. Solicite que os alunos observem como é feita a projeção cilíndrica. Após, proponha uma análise das diferentes distorções observadas em cada rosto na imagem, comparando com a maneira como os paralelos e meridianos estão dispostos em cada uma delas. Pergunte o motivo das diferentes distorções verificadas.
Se sua escola não possui um projetor de imagens, você poderá baixar e imprimir as imagens utilizadas nesta etapa clicando no link abaixo. https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/3FMtXrSYGMCQYHDNqAz9BqbKHUpCJAyzY4MbXe3BzSWdJKxnrBsnAZ243u9E/ge07-09und05-problematizacao.pdf
Como adequar à sua realidade: Você poderá utilizar mapas-múndi existentes no livro didático do aluno, atlas geográfico escolar, ou em algum outro material pedagógico, chamando atenção para a maneira como os paralelos e meridianos estão dispostos e como influenciam na distorção do mapa.
Para explicar como é feita a projeção cilíndrica você poderá utilizar uma pequena bola (de isopor ou de qualquer outro material) e uma folha de papel grande o suficiente para envolvê-la, de modo a formar um cilindro. Explique que as partes da folha que tocam a bola apresentam pequena distorção enquanto que as partes que não tocam terão um grande deformação. Por isso, de maneira geral, nas projeções cilíndricas, quanto mais distante da linha do equador maior será as distorções existentes nos mapas.
Para você saber mais:
As linhas imaginárias (paralelos e meridianos) são tradicionalmente utilizadas pela geografia para se trabalhar com coordenadas geográficas. Porém, ao se analisar com um pouco mais de atenção diferentes tipos de mapas, se percebe que dependendo de como estas linhas estão dispostas nos mapas (retas, curvas, mais próximas ou mais afastadas) provocam diferentes distorções na área, forma e/ou distâncias entre países e continente.
No processo de elaboração da projeção cilíndrica, os paralelos e meridianos são dispostos de maneira a formar um cilindro imaginário que envolve todo o planeta e que possui a linha do Equador como centro, onde as distorções são menores. Vale reforçar que nem todas as projeções cilíndricas são iguais, como se pode verificar ao se comparar as projeções de Mercator e a de Gall-Peters, cada qual refletindo uma ideologia específica, uma de dominação e a outra de resistência, respectivamente.
Você também encontrará mais informações sobre paralelos e meridianos e distorções cartográficas nos links abaixo:
Pena, Rodolfo F. Alves. Paralelos e meridianos. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/paralelos-meridianos.htm >. Acesso em: 18 jan 2019.
LIZIERO, Adriano. Mapa digital permite comparar a verdadeira área dos países. Geografia Visual. 2017. Disponível em: <https://geografiavisual.com.br/mapas/mapa-interativo-permite-comparar-a-verdadeira-area-dos-paises>Acesso em: 18 jan 2019.
Problematização
Orientações: O mapa, produzido no site True Size, mostra as distorções das áreas do Brasil (vermelho), Antártida (verde), Groenlândia (azul), China (laranja) e Rússia (rosa) caso estes países fossem mudados de local. Solicite aos grupos que reflitam e apontem as causas destas distorções.
Como adequar à sua realidade: Você pode utilizar o mapa-múndi e o globo terrestre para promover uma comparação da área de um determinado local representada em cada um deles. Você pode selecionar, por exemplo, a Antártida e a Groenlândia, e solicitar que os alunos façam uma comparação de suas áreas em cada uma destas representações.
Para você saber mais:
O site thetruesize.com permite a comparação das áreas de países e continentes em diferentes zonas do mapa-múndi, reproduzindo suas consequentes distorções. Para isso, basta digitar o nome do país na ferramenta de busca e depois arrastá-lo para cima ou para o lado do país que se deseja comparar.
Para conferir este site acesse o link: www.thetruesize.com
Ação Propositiva
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Entregue a folha de atividade desta etapa para cada aluno. Informe que eles deverão ampliar o mapa do Brasil no quadriculado em branco, desenhando quadro a quadro, ligando uma linha na outra até completar a imagem. Neste exemplo fictício, as linhas verticais representam os meridianos e as linhas horizontais os paralelos. Para tentar representar as distorções contidas nas representações cilíndricas, as distâncias entre as linhas horizontais aumentam conforme se afasta da linha 1, o que provocará um “esticamento” do mapa. Auxilie os alunos na realização da atividade e permita a troca de informações entre eles. Ao final, solicite que cubram o desenho com caneta ou hidrocor para torná-lo mais visível.
Atividade da ação propositiva:
Como adequar à sua realidade: Você poderá desenhar no quadro um pequeno quadriculado contendo um desenho simples e ao lado um quadriculado maior, onde você fará a ampliação deste desenho. Isto auxiliará o aluno na realização da atividade.
Para você saber mais:
Esta técnica de ampliação com quadriculado ou grade (grid method drawing) é utilizada para ampliação de desenhos e foi desenvolvida na época do renascimento. Confira mais detalhes sobre essa técnica no link a seguir:
DAMASCENO, Carlos. Técnicas de ampliação de desenho. Disponível em: <http://carlosdamascenodesenhos.com.br/tecnicas-de-ampliacao-de-desenho/>. Acesso em: 16 jan 2019.
Sistematização
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações: Solicite que dois ou mais grupos se juntem, formando grupos maiores. Oriente a cada aluno que mostre o mapa que produziu ao grupo. Após, peça que analisem as distorções presentes nestes mapas e que comparem com as distorções presentes no mapa do slide 8. Para concluir, solicite que reflitam sobre uma das questões presentes neste slide e que apresentem para a turma as suas considerações.
Neste momento espera-se que os alunos sejam capazes de entender as causas das distorções presentes nos mapas e que, a opção por um ou outro tipo de mapa, dependerá do objetivo que se tenha com ele, ou seja, da ideologia que se queria representar.
Para você saber mais: Os mapas, enquanto meio de comunicação visual, atuam, consciente e inconscientemente, como instrumento ideológico de dominação ou resistência ao (re)criar representações distorcidas da realidade no imaginário das pessoas. Por exemplo, ao se analisar o mapa-múndi de Mercator, se perceber uma visão eurocêntrica de mundo ao se colocar a Europa no centro do mapa. Um outro exemplo de ideologia implícita nestes mapas aparece quando os países desenvolvidos estão localizados acima (hemisfério norte) dos países subdesenvolvidos, localizados no hemisfério sul. Por fim, se não existe uma mapa 100% certo, vale reforçar que são nas distorções que os discursos ideológicos estão presentes.
Materiais complementares
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
Ferramentas de comunicação tecnológica (WhatsApp, e-mail ou mensagens em ambientes virtuais); YouTube e internet.
Valor trabalhado
O respeito ao ambiente e à própria coletividade
Apresentação do tema da aula
Este plano de aula tem como objetivo desconstruir a representação tradicional da Terra através dos planisférios, evidenciando suas distorções e o conteúdo ideológico presentes. Paralelamente, busca problematizar a “situação” do Brasil nos principais mapas-múndi utilizados nas aulas e livros de geografia que, de maneira geral, reproduzem uma visão eurocêntrica, colando a Europa no centro do globo, aumentando as áreas dos países situados nas regiões temperadas e polares do hemisfério norte e colocando os países subdesenvolvidos no hemisfério sul. Para gerar curiosidade e apresentar o tema aos alunos, envie um mapa com projeção que distorce a visão eurocêntrica tradicional. Pode ser usado, por exemplo, o mapa-múndi australiano, que está na contextualização do plano original, junto com a seguinte pergunta: "O que esse mapa evidencia de diferente em relação aos que estamos acostumados a ver?".
Contextualização
A contextualização da aula tem por objetivo aprofundar o entendimento do mapa como uma representação ideológica de uma visão específica do mundo e que, portanto, não é neutra. Para isso, envie a sequência de mapas disponível na contextualização da aula. Caso seja possível, amplie a coleção de mapas com outros que evidenciam perspectivas diferentes do planisfério. Junto com a coleção de mapas, envie os seguintes questionamentos:
1) Este mapa está errado ou de cabeça para baixo?
2) Por que nos mapas tradicionais os países desenvolvidos são sempre colocados acima (hemisfério norte) e os subdesenvolvidos abaixo (hemisfério sul)?
Peça que os estudantes gravem um áudio ou enviem os textos das respostas a estas questões.
Ação propositiva
A ação propositiva segue a originalmente proposta pelo plano de aula, mas deve ser realizada individualmente, dada a impossibilidade de encontro entre os estudantes. Envie por e-mail o arquivo da atividade, disponível no plano original. Peça que os estudantes construam o mapa do Brasil de acordo com as instruções. A proposta é que ampliem o mapa do Brasil no quadriculado em branco, desenhando quadro a quadro, ligando uma linha à outra até completar a imagem. A ideia é pensar e projetar como seria representado o Brasil se ele estivesse localizado em áreas temperadas, ou seja, distante da linha do Equador. Para que a atividade funcione bem, professor, seria interessante que você gravasse um pequeno vídeo mostrando inicialmente como se faz a ampliação.
Sistematização
Envie agora, por e-mail, o vídeo disponível aqui. Peça que os estudantes assistam ao vídeo, observem o mapa do Brasil ampliado e respondam:
1) Existe um mapa certo e outro errado?
2) Como os mapas podem distorcer a realidade?
Peça que enviem suas respostas. Dê feedbacks individuais das questões da contextualização e destas últimas.
Convite às famílias
Convide os familiares para pesquisarem mais sobre diferentes tipos de projeções cartográficas. Sugira, por exemplo, a reportagem disponível aqui.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Allan Pacheco
Mentor: Laiany Santos
Especialista: Murilo Rossi
Assessor pedagógico: Laercio Furquim
Ano: 7°ano
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial
Objeto(s) de aprendizagem: Entender o papel das linhas imaginárias na construção de mapas, tendo por base a projeção cilíndrica, destacando o conteúdo ideológico existente na produção destes mapas.
Habilidade (s) da Base: (EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.
Curso sobre Educação Antirracista
Comece agora nossa formação gratuita e certificada em parceria com a USP
COMEÇAR AGORA