Texto 1: Walter Neves, o pai de Luzia
Plano de Aula
Plano de aula: As origens de Luzia
Plano 3 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Rotas de povamento do território americano
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade (EF06HI06) “Identificar geograficamente as rotas de povoamento no território americano”, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Caderno, lápis, caneta, borracha e dicionário. Projetor multimídia, caso não tenha um disponível, imprima as imagens para o estudantes.
Material complementar:
Texto 1 - Walter Neves, o pai de Luzia
Texto 2 - Novo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para a América
Tabela, duas teorias
Resolução da tabela
Imagem, Reconstituição de Luzia, ano 2000
Imagem, Reconstituição facial de Luzia, ano 2018
Imagem de manchete da UFMG
Imagem de manchete de G1
Para que os alunos aprendam a interpretar fontes históricas, é muito importante que você não forneça a eles as Informações básicas sobre a fonte histórica antes da leitura de cada uma delas. Não comece a aula com uma exposição sobre o contexto histórico desses documentos, pois isso os impediria de construir o contexto com base nas fontes, que é o objetivo central da aula de História.
Para você saber mais:
América foi povoada por três ondas migratórias da Ásia, diz estudo. Revista Veja. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/ciencia/america-foi-inicialmente-povoada-por-tres-ondas-migratorias-da-asia-diz-estudo/>. Acesso em: 02 dez 2018.
ARAÚJO, Ana Rita. Análises de DNA trazem novos elementos sobre o povoamento das Américas. UFMG, 09/11/2018. Disponível em: <https://ufmg.br/comunicacao/noticias/analises-de-dna-trazem-novos-elementos-para-teorias-sobre-povoamento-das-america>. Acesso em: 27 nov 2018.
A verdadeira face da Eva de Naharon, a mulher mais antiga das Américas. R7. Disponível em: <https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/a-verdadeira-face-da-eva-de-naharon-a-mulher-mais-antiga-das-americas-17082018>. Acesso em: 02 dez 2018.
BUENO, Lucas; DIAS, Adriana. Povoamento inicial da América do Sul: contribuições do contexto brasileiro. Revista Estudos Avançados, 2015 . Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v29n83/0103-4014-ea-29-83-00119.pdf> . Acesso em: 13 nov. 2018.
Dossiê Surgimento do Homem na América. Revista USP. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revusp/issue/view/1886>. Acesso em 13 nov. 2018.
GUIMARÃES, Maria. Cenas de um sítio arqueológico. Pesquisa FAPESP. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/01/10/cenas-de-um-sitio-arqueologico/>. Acesso em: 02 dez. 2018.
___________. Os povos de Lagoa Santa. Pesquisa FAPESP. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/09/22/os-povos-de-lagoa-santa/>. Acesso em: 02 dez. 2018.
JOTA, Marilza Siléia de Almeida. Contribuições do estudo da genética de população na História pré-colombiana da América. UFMG, 2016. Disponível em: <http://labs.icb.ufmg.br/lbem/pdf/jota14mhmjnb_Pre_colombiana.pdf> . Acesso em: 13 nov. 2018.
MACIEL, Camila. Novo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para a América. FAPESP. Disponível em: <https://bv.fapesp.br/namidia/noticia/170524/rosto-luzia-estudo-desmonta-teoria/>. Acesso em: 02 dez 2018.
MENEZES, César. Estudo contradiz teoria de povoamento da América e sugere que rosto de Luzia era diferente do que se pensava. G1, 08/11/2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/11/08/estudo-contradiz-teoria-de-povoamento-da-america-e-sugere-que-rosto-de-luzia-era-diferente-do-que-se-pensava.ghtml>. Acesso em: 27 nov 2018.
MIGUEL, Sylvia. Mais perto dos primeiros habitantes da América. Jornal da USP, 2006. Disponível em: <http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2006/jusp750/pag0607.htm>. Acesso em: 02 dez. 2018.
MOON, Peter. A nova face de Luzia e do povo de Lagoa Santa. Agência Fapesp, 08/11/2018. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a-nova-face-de-luzia-e-do-povo-de-lagoa-santa/29157/>. Acesso em: 02 dez 2018.
NUNES, rossano Carvalho. Antropologia Biológica. Instituto Grupo Veritas de Pesquisa. Disponível em: <http://portaligvp.org/home/antropologiabiologica>. Acesso em: 09 dez. 2018.
Ocupação da América pode ter se iniciado há pelo menos 15.500 anos. G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/ocupacao-da-america-pode-ter-iniciado-ha-pelo-menos-15500-anos.html>Acesso em: 02 dez. 2018.
PIVETTA, Marcos; ZORZETTO, Ricardo. Walter Neves: o pai de Luzia. Revista Pesquisa Fapesp. Disponível em:
Reconstituição facial de Luzia. In: Luzia (fóssil). Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Luzia_(f%C3%B3ssil)#/media/File:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_02.jpg>. Acesso em: 02 dez. 2018
VEIGA, Edison. DNA revela miscigenação entre ramos humanos ancestrais nas Américas há 13 mil anos. BBC News. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-44290723>. Acesso em: 02 dez. 2018.
Vídeos:
A saga da humanidade em 12 vídeos. Agência FAPESP, 07/03/2018. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a-saga-da-humanidade-em-12-videos/27272/>. Acesso em: 02 dez. 2018.
Como Luzia fica aos olhares da genética? - André Strauss (USP). 2018. (09min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w3OZ77YRL5w>. Acesso em: 02 dez 2018.
DNA antigo: quais são as origens do povo de Luzia?. 2018. (04min26seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=B1dTLIred_8>. Acesso em: 02 dez 2018.
Ocupação do “Brasil” primordial. 2018. (4min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VRvyf-qvjE4>. Acesso em: 02 dez 2018.
Professor da USP explica #15: mitos sobre o crânio de Luzia. 2018. (10min02seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yo3MXwUrOoA>. Acesso em: 02 dez 2018.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 1º bloco. 2015. (12min57seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=u-mbnL_6b5k>. Acesso em: 02 dez 2018.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 2º bloco. 2015. (15min03seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MMPyOAAdFxs>. Acesso em: 02 dez 2018.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo da aula para a turma. É muito importante começar com a apresentação do objetivo para que os estudantes entendam o que farão e compreendam onde se quer chegar ao fim da aula. Contudo, tome cuidado para, ao fazer isso, não antecipar respostas desde o começo. É necessário sempre garantir que os alunos construam o raciocínio por conta própria.
Informe aos estudantes que existem discussões entre os historiadores sobre o povoamento da América e que novas descobertas arqueológicas e novos métodos de análise dos dados coletados alteram as teorias até então existentes.
Nesta aula serão contrapostas duas teorias, a primeira defendida por Walter Neves, professor da USP, que defende que existiram duas ondas migratórias para a América. A primeira onda ocorreu com populações negróides provenientes da África via Estreito de Bering, que teria dado origem ao povo de Lagoa Santa. A segunda onda migratória seria de populações mongolóides, que também teriam atravessado o Estreito de Bering, dando origem aos atuais indígenas da América. A segunda teoria é defendida pela maior parte dos estudiosos do povoamento da América, entre eles André Strauss, também da USP.
Walter Neves baseia sua teoria na antropologia física, ou seja, nos esqueletos da população de Lagoa Santa e de suas medidas.
Contexto
Tempo sugerido: 13 minutos
Orientações: Organize a sala em trios. Tente deixar no mesmo trio alunos que possam se apoiar mutuamente para a realização da atividade. Projete ou entregue para cada trio as manchetes, disponíveis nos links abaixo.
Em seguida, solicite que os trios discutam as questões do slide seguinte, peça para que, após a discussão, cada aluno anote no seu caderno as suas conclusões. Em seguida, solicite que dois trios, voluntariamente, exponham suas conclusões para os demais alunos da turma.
É esperado que os estudantes compreendam que não existe o consenso entre os pesquisadores sobre o povoamento da América. Novas tecnologias, como o DNA, e novos achados arqueológicos, mudam o que se sabe sobre o povoamento da América. Caso os estudantes tenham dificuldades em responder as perguntas, destaque, nas manchetes, as expressões “novos elementos”, “estudo contradiz” e “sugere” e pergunte o significado destas palavras e expressões aos estudantes.
Ao invés de projetar as imagens, você pode imprimi-las no formato A4 ou A3, escrevê-las no quadro ou simplesmente lê-las para os alunos.
Imagem de manchete da UFMG
Imagem de manchete de G1
Fonte das Manchetes:
ARAÚJO, Ana Rita. Análises de DNA trazem novos elementos sobre o povoamento das Américas. UFMG, 09/11/2018. Disponível em: <https://ufmg.br/comunicacao/noticias/analises-de-dna-trazem-novos-elementos-para-teorias-sobre-povoamento-das-america>. Acesso em: 27 nov 2018.
MENEZES, César. Estudo contradiz teoria de povoamento da América e sugere que rosto de Luzia era diferente do que se pensava. G1, 08/11/2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/11/08/estudo-contradiz-teoria-de-povoamento-da-america-e-sugere-que-rosto-de-luzia-era-diferente-do-que-se-pensava.ghtml>. Acesso em: 27 nov 2018.
Para você saber mais: Existem diversas teorias para o povoamento da América. Novas tecnologias, como o DNA, e novas descobertas arqueológicas, modificam o que se conhece até então sobre o povoamento da América. Abaixo, algumas destas teorias são elencadas em diversas matérias.
América foi povoada por três ondas migratórias da Ásia, diz estudo. Revista Veja. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/ciencia/america-foi-inicialmente-povoada-por-tres-ondas-migratorias-da-asia-diz-estudo/>. Acesso em: 02 dez 2018.
A matéria aborda um estudo que analisou o genoma de diversas populações indígenas da América e chegou à conclusão de que houve três ondas migratórias da Ásia para a América, via Estreito de Bering.
A verdadeira face da Eva de Naharon, a mulher mais antiga das Américas. R7. Disponível em: <https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/a-verdadeira-face-da-eva-de-naharon-a-mulher-mais-antiga-das-americas-17082018>. Acesso em: 02 dez 2018.
A matéria mostra a reconstrução facial do esqueleto mais antigo das Américas, encontrado no México e datado em 13,6 mil anos. O esqueleto de Eva de Naharon foi encontrado em 2001, em um cenote, espécie de poço natural muito comum na península de Yukatan.
Ocupação da América pode ter se iniciado há pelo menos 15.500 anos. G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/ocupacao-da-america-pode-ter-iniciado-ha-pelo-menos-15500-anos.html>Acesso em: 02 dez. 2018.
Sítio arqueológico descoberto no Texas contém vestígios datados em 15.500 anos, o que atrasa em cerca de 2.000 anos a chegada do ser humano à América.
VEIGA, Edison. DNA revela miscigenação entre ramos humanos ancestrais nas Américas há 13 mil anos. BBC News. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-44290723>. Acesso em: 02 dez. 2018.
Estudo realizado por cientistas da Universidade de Cambridge estudaram 91 esqueletos de diversos locais da América e chegaram à conclusão de que todos os esqueletos da América do Sul possuem semelhança genética com populações indígenas da América do Norte.
Contexto
Orientações: Organize a sala em trios. Tente deixar no mesmo trio alunos que possam se apoiar mutuamente para a realização da atividade. Projete ou entregue para cada trio as manchetes, disponíveis nos links abaixo.
Em seguida, solicite que os trios discutam as questões do slide seguinte, peça para que, após a discussão, cada aluno anote no seu caderno as suas conclusões. Em seguida, solicite que dois trios, voluntariamente, exponham suas conclusões para os demais alunos da turma.
É esperado que os estudantes compreendam que não existe o consenso entre os pesquisadores sobre o povoamento da América. Novas tecnologias, como o DNA, e novos achados arqueológicos, mudam o que se sabe sobre o povoamento da América. Caso os estudantes tenham dificuldades em responder as perguntas, destaque, nas manchetes, as expressões “novos elementos”, “estudo contradiz” e “sugere” e pergunte o significado destas palavras e expressões aos estudantes.
Ao invés de projetar as imagens, você pode imprimi-las no formato A4 ou A3, escrevê-las no quadro ou simplesmente lê-las para os alunos.
Imagem de manchete da UFMG
Imagem de manchete de G1
Fonte das Manchetes:
ARAÚJO, Ana Rita. Análises de DNA trazem novos elementos sobre o povoamento das Américas. UFMG, 09/11/2018. Disponível em: <https://ufmg.br/comunicacao/noticias/analises-de-dna-trazem-novos-elementos-para-teorias-sobre-povoamento-das-america>. Acesso em: 27 nov 2018.
MENEZES, César. Estudo contradiz teoria de povoamento da América e sugere que rosto de Luzia era diferente do que se pensava. G1, 08/11/2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/11/08/estudo-contradiz-teoria-de-povoamento-da-america-e-sugere-que-rosto-de-luzia-era-diferente-do-que-se-pensava.ghtml>. Acesso em: 27 nov 2018.
Para você saber mais: Existem diversas teorias para o povoamento da América. Novas tecnologias, como o DNA, e novas descobertas arqueológicas, modificam o que se conhece até então sobre o povoamento da América. Abaixo, algumas destas teorias são elencadas em diversas matérias.
América foi povoada por três ondas migratórias da Ásia, diz estudo. Revista Veja. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/ciencia/america-foi-inicialmente-povoada-por-tres-ondas-migratorias-da-asia-diz-estudo/>. Acesso em: 02 dez 2018.
A matéria aborda um estudo que analisou o genoma de diversas populações indígenas da América e chegou à conclusão de que houve três ondas migratórias da Ásia para a América, via Estreito de Bering.
A verdadeira face da Eva de Naharon, a mulher mais antiga das Américas. R7. Disponível em: <https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/a-verdadeira-face-da-eva-de-naharon-a-mulher-mais-antiga-das-americas-17082018>. Acesso em: 02 dez 2018.
A matéria mostra a reconstrução facial do esqueleto mais antigo das Américas, encontrado no México e datado em 13,6 mil anos. O esqueleto de Eva de Naharon foi encontrado em 2001, em um cenote, espécie de poço natural muito comum na península de Yukatan.
Ocupação da América pode ter se iniciado há pelo menos 15.500 anos. G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/ocupacao-da-america-pode-ter-iniciado-ha-pelo-menos-15500-anos.html>Acesso em: 02 dez. 2018.
Sítio arqueológico descoberto no Texas contém vestígios datados em 15.500 anos, o que atrasa em cerca de 2.000 anos a chegada do ser humano à América.
VEIGA, Edison. DNA revela miscigenação entre ramos humanos ancestrais nas Américas há 13 mil anos. BBC News. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-44290723>. Acesso em: 02 dez. 2018.
Estudo realizado por cientistas da Universidade de Cambridge estudaram 91 esqueletos de diversos locais da América e chegaram à conclusão de que todos os esqueletos da América do Sul possuem semelhança genética com populações indígenas da América do Norte.
Problematização
Tempo sugerido: 23 minutos
Orientações: Projete ou entregue para cada trio os textos 1 e 2, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2000, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2018 e uma tabela impressa (links disponíveis abaixo).
Em seguida, solicite que cada trio analise as quatro fontes apresentadas e que preencham os campos da tabela baseados nas informações apresentadas pelos documentos. Peça para que os alunos de cada trio debatam e entrem em consenso para o preenchimento da tabela.
O Texto 1 é um trecho de uma entrevista de Walter Neves, pesquisador da USP que defende duas migrações via Estreito de Bering, a primeira há 14 mil anos atrás, por populações negróides, e a segunda há cerca de 12 mil anos, por populações com traços mongolóides. Walter Neves fundamenta sua teoria através da antropologia física. Luzia, crânio encontrado na década de 70, em Minas Gerais, e os esqueletos de seu povo, conhecido como povo de Lagoa Santa, são fontes utilizadas por Neves para corroborar suas ideias. No ano 2000, foi feito na Inglaterra uma reconstituição facial de Luzia que a apresentava com forte traços negróides. Mas desde a publicação desta reconstituição, ela enfrentou críticas de diversos pesquisadores que afirmam que existe variações nos crânios de populações antigas da América, o que sempre colocou em cheque a reconstituição de 2000.
O Texto 2 foi extraído da divulgação, em 2018, de um estudo realizado por 72 pesquisadores das universidades de Harvard, USP, e Instituto Max Plank. Este estudo, baseado em dados genéticos de diversos esqueletos da América, dentre eles Luzia, defende que houve apenas uma migração da Ásia para a América, há cerca de 20 mil anos. Esta única migração teria dado origem à todas as populações nativas da América. O estudo produziu uma nova reconstituição facial de Luzia que aparece com menos traços negróides do que a reconstituição feita em 2000.
As reconstituições faciais possuem uma cor de pele fictícia, uma vez que não é possível reconstituir a cor da pele. As reconstituições também não possuem cabelos e outros pelos, pois não foram encontrados fios de cabelo de Luzia.
Se não foi possível a impressão dos documentos para cada grupo, disponibilize cada uma das fontes impressas em tamanho grande, para toda a turma. Passe a tabela no quadro para os alunos copiarem no caderno.
Texto 1 - Walter Neves, o pai de Luzia
Texto 2 - Novo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para a América
Tabela, duas teorias
Imagem, Reconstituição de Luzia, ano 2000
Imagem, Reconstituição facial de Luzia, ano 2018
Fonte das Imagens:
Reconstituição facial de Luzia. In: Luzia (fóssil). Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Luzia_(f%C3%B3ssil)#/media/File:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_02.jpg>. Acesso em: 02 dez. 2018
MOON, Peter. A nova face de Luzia e do povo de Lagoa Santa. Agência Fapesp, 08/11/2018. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a-nova-face-de-luzia-e-do-povo-de-lagoa-santa/29157/>. Acesso em: 02 dez 2018.
Possível resolução da tabela:
É esperado que, com o preenchimento da tabela, os estudantes percebam que não existe o consenso entre os cientistas sobre a ocupação da América. Fatores como data de chegada dos primeiros seres humanos à América, o número de ondas migratórias, as possíveis rotas percorridas e a origem das populações que migraram para a América são questões que geram muitos debates e teorias. A resolução da tabela é apenas uma referência, deixe que os estudantes analisem da sua maneira as fontes.
Resolução da tabela https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/zHBD63cj2CsZ4kD56zBHFr5pnYdjJhqUbn8KqDMjrFTFDFPc2ttF9PWfVPFQ/his6-06und03-resolucao-da-tabela-duas-teorias.pdf
Para você saber mais: As discussões sobre o povoamento da América geram muitos debates entre a comunidade científica. Novas tecnologias e novos achados arqueológicos modificam antigas teorias e criam novas. A origem de Luzia contrapõe dois grandes cientistas brasileiros da USP, Walter Neves e André Strauss. Walter Neves defende a origem negróide de Luzia, descendente de populações originárias da África ou da Austrália. Já André Strauss refuta tal teoria e afirma que Luzia descende de populações da América do Norte, tendo traços mongolóides.
NUNES, rossano Carvalho. Antropologia Biológica. Instituto Grupo Veritas de Pesquisa. Disponível em: <http://portaligvp.org/home/antropologiabiologica>. Acesso em: 09 dez. 2018.
Professor da USP explica #15: mitos sobre o crânio de Luzia. 2018. (10min02seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yo3MXwUrOoA>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, o professor Walter Neves desfaz alguns mitos sobre Luzia, muitos deles comuns nos livros didáticos. No vídeo Neves afirma que jamais defendeu uma rota migratória pelas ilhas do Pacífico e que nunca afirmou que a pele de Luzia era negra, uma vez que não é possível saber a cor de sua pele e que a mudança da cor da pele ocorre, evolutivamente falando, muito rápido.
Ocupação do “Brasil” primordial. 2018. (4min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VRvyf-qvjE4>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo produzido pela FAPESP que mostra os principais sítios arqueológicos do Brasil. No vídeo também é apresentada as três principais tradições líticas da pré-história brasileira: tradição Umbu, de Lagoa Santa e de Itaparica.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 1º bloco. 2015. (12min57seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=u-mbnL_6b5k>. Acesso em: 02 dez 2018.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 2º bloco. 2015. (15min03seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MMPyOAAdFxs>. Acesso em: 02 dez 2018.
Nestes vídeos, produzido pela UNIVESP, são mostradas as principais teorias do povoamento da América e as principais pesquisas relacionadas ao tema.
DNA antigo: quais são as origens do povo de Luzia?. 2018. (04min26seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=B1dTLIred_8>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, produzido pela USP, André Strauss faz críticas ao “modelo dos dois componentes biológicos principais”, modelo defendido por Walter Neves. No vídeo, Strauss defende a teoria de uma única onda migratória para a América.
Como Luzia fica aos olhares da genética? - André Strauss (USP). 2018. (09min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w3OZ77YRL5w>. Acesso em: 02 dez 2018.
Na entrevista André Strauss mostra o campo que a análise de DNA de esqueletos antigos abriu para a compreensão do passado da América. Com a análise de DNA é possível, por exemplo, determinar o sexo e a idade do esqueleto estudado com uma taxa de erro quase nula.
Problematização
Orientações: Projete ou entregue para cada trio os textos 1 e 2, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2000, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2018 e uma tabela impressa (links disponíveis abaixo).
Em seguida, solicite que cada trio analise as quatro fontes apresentadas e que preencham os campos da tabela baseados nas informações apresentadas pelos documentos. Peça para que os alunos de cada trio debatam e entrem em consenso para o preenchimento da tabela.
O Texto 1 é um trecho de uma entrevista de Walter Neves, pesquisador da USP que defende duas migrações via Estreito de Bering, a primeira há 14 mil anos atrás, por populações negróides, e a segunda há cerca de 12 mil anos, por populações com traços mongolóides. Walter Neves fundamenta sua teoria através da antropologia física. Luzia, crânio encontrado na década de 70, em Minas Gerais, e os esqueletos de seu povo, conhecido como povo de Lagoa Santa, são fontes utilizadas por Neves para corroborar suas ideias. No ano 2000, foi feito na Inglaterra uma reconstituição facial de Luzia que a apresentava com forte traços negróides. Mas desde a publicação desta reconstituição, ela enfrentou críticas de diversos pesquisadores que afirmam que existe variações nos crânios de populações antigas da América, o que sempre colocou em cheque a reconstituição de 2000.
O Texto 2 foi extraído da divulgação, em 2018, de um estudo realizado por 72 pesquisadores das universidades de Harvard, USP, e Instituto Max Plank. Este estudo, baseado em dados genéticos de diversos esqueletos da América, dentre eles Luzia, defende que houve apenas uma migração da Ásia para a América, há cerca de 20 mil anos. Esta única migração teria dado origem à todas as populações nativas da América. O estudo produziu uma nova reconstituição facial de Luzia que aparece com menos traços negróides do que a reconstituição feita em 2000.
As reconstituições faciais possuem uma cor de pele fictícia, uma vez que não é possível reconstituir a cor da pele. As reconstituições também não possuem cabelos e outros pelos, pois não foram encontrados fios de cabelo de Luzia.
Se não foi possível a impressão dos documentos para cada grupo, disponibilize cada uma das fontes impressas em tamanho grande, para toda a turma. Passe a tabela no quadro para os alunos copiarem no caderno.
Texto 1 - Walter Neves, o pai de Luzia
Texto 2 - Novo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para a América
Tabela, duas teorias
Imagem, Reconstituição de Luzia, ano 2000
Imagem, Reconstituição facial de Luzia, ano 2018
Fonte das Imagens:
Reconstituição facial de Luzia. In: Luzia (fóssil). Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Luzia_(f%C3%B3ssil)#/media/File:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_02.jpg>. Acesso em: 02 dez. 2018
MOON, Peter. A nova face de Luzia e do povo de Lagoa Santa. Agência Fapesp, 08/11/2018. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a-nova-face-de-luzia-e-do-povo-de-lagoa-santa/29157/>. Acesso em: 02 dez 2018.
Possível resolução da tabela:
É esperado que, com o preenchimento da tabela, os estudantes percebam que não existe o consenso entre os cientistas sobre a ocupação da América. Fatores como data de chegada dos primeiros seres humanos à América, o número de ondas migratórias, as possíveis rotas percorridas e a origem das populações que migraram para a América são questões que geram muitos debates e teorias. A resolução da tabela é apenas uma referência, deixe que os estudantes analisem da sua maneira as fontes.
Resolução da tabela https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/zHBD63cj2CsZ4kD56zBHFr5pnYdjJhqUbn8KqDMjrFTFDFPc2ttF9PWfVPFQ/his6-06und03-resolucao-da-tabela-duas-teorias.pdf
Para você saber mais: As discussões sobre o povoamento da América geram muitos debates entre a comunidade científica. Novas tecnologias e novos achados arqueológicos modificam antigas teorias e criam novas. A origem de Luzia contrapõe dois grandes cientistas brasileiros da USP, Walter Neves e André Strauss. Walter Neves defende a origem negróide de Luzia, descendente de populações originárias da África ou da Austrália. Já André Strauss refuta tal teoria e afirma que Luzia descende de populações da América do Norte, tendo traços mongolóides.
NUNES, rossano Carvalho. Antropologia Biológica. Instituto Grupo Veritas de Pesquisa. Disponível em: <http://portaligvp.org/home/antropologiabiologica>. Acesso em: 09 dez. 2018.
Professor da USP explica #15: mitos sobre o crânio de Luzia. 2018. (10min02seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yo3MXwUrOoA>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, o professor Walter Neves desfaz alguns mitos sobre Luzia, muitos deles comuns nos livros didáticos. No vídeo Neves afirma que jamais defendeu uma rota migratória pelas ilhas do Pacífico e que nunca afirmou que a pele de Luzia era negra, uma vez que não é possível saber a cor de sua pele e que a mudança da cor da pele ocorre, evolutivamente falando, muito rápido.
Ocupação do “Brasil” primordial. 2018. (4min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VRvyf-qvjE4>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo produzido pela FAPESP que mostra os principais sítios arqueológicos do Brasil. No vídeo também é apresentada as três principais tradições líticas da pré-história brasileira: tradição Umbu, de Lagoa Santa e de Itaparica.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 1º bloco. 2015. (12min57seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=u-mbnL_6b5k>. Acesso em: 02 dez 2018.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 2º bloco. 2015. (15min03seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MMPyOAAdFxs>. Acesso em: 02 dez 2018.
Nestes vídeos, produzido pela UNIVESP, são mostradas as principais teorias do povoamento da América e as principais pesquisas relacionadas ao tema.
DNA antigo: quais são as origens do povo de Luzia?. 2018. (04min26seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=B1dTLIred_8>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, produzido pela USP, André Strauss faz críticas ao “modelo dos dois componentes biológicos principais”, modelo defendido por Walter Neves. No vídeo, Strauss defende a teoria de uma única onda migratória para a América.
Como Luzia fica aos olhares da genética? - André Strauss (USP). 2018. (09min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w3OZ77YRL5w>. Acesso em: 02 dez 2018.
Na entrevista André Strauss mostra o campo que a análise de DNA de esqueletos antigos abriu para a compreensão do passado da América. Com a análise de DNA é possível, por exemplo, determinar o sexo e a idade do esqueleto estudado com uma taxa de erro quase nula.
Problematização
Orientações: Projete ou entregue para cada trio os textos 1 e 2, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2000, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2018 e uma tabela impressa (links disponíveis abaixo).
Em seguida, solicite que cada trio analise as quatro fontes apresentadas e que preencham os campos da tabela baseados nas informações apresentadas pelos documentos. Peça para que os alunos de cada trio debatam e entrem em consenso para o preenchimento da tabela.
O Texto 1 é um trecho de uma entrevista de Walter Neves, pesquisador da USP que defende duas migrações via Estreito de Bering, a primeira há 14 mil anos atrás, por populações negróides, e a segunda há cerca de 12 mil anos, por populações com traços mongolóides. Walter Neves fundamenta sua teoria através da antropologia física. Luzia, crânio encontrado na década de 70, em Minas Gerais, e os esqueletos de seu povo, conhecido como povo de Lagoa Santa, são fontes utilizadas por Neves para corroborar suas ideias. No ano 2000, foi feito na Inglaterra uma reconstituição facial de Luzia que a apresentava com forte traços negróides. Mas desde a publicação desta reconstituição, ela enfrentou críticas de diversos pesquisadores que afirmam que existe variações nos crânios de populações antigas da América, o que sempre colocou em cheque a reconstituição de 2000.
O Texto 2 foi extraído da divulgação, em 2018, de um estudo realizado por 72 pesquisadores das universidades de Harvard, USP, e Instituto Max Plank. Este estudo, baseado em dados genéticos de diversos esqueletos da América, dentre eles Luzia, defende que houve apenas uma migração da Ásia para a América, há cerca de 20 mil anos. Esta única migração teria dado origem à todas as populações nativas da América. O estudo produziu uma nova reconstituição facial de Luzia que aparece com menos traços negróides do que a reconstituição feita em 2000.
As reconstituições faciais possuem uma cor de pele fictícia, uma vez que não é possível reconstituir a cor da pele. As reconstituições também não possuem cabelos e outros pelos, pois não foram encontrados fios de cabelo de Luzia.
Se não foi possível a impressão dos documentos para cada grupo, disponibilize cada uma das fontes impressas em tamanho grande, para toda a turma. Passe a tabela no quadro para os alunos copiarem no caderno.
Texto 1 - Walter Neves, o pai de Luzia
Texto 2 - Novo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para a América
Tabela, duas teorias
Imagem, Reconstituição de Luzia, ano 2000
Imagem, Reconstituição facial de Luzia, ano 2018
Fonte das Imagens:
Reconstituição facial de Luzia. In: Luzia (fóssil). Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Luzia_(f%C3%B3ssil)#/media/File:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_02.jpg>. Acesso em: 02 dez. 2018
MOON, Peter. A nova face de Luzia e do povo de Lagoa Santa. Agência Fapesp, 08/11/2018. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a-nova-face-de-luzia-e-do-povo-de-lagoa-santa/29157/>. Acesso em: 02 dez 2018.
Possível resolução da tabela:
É esperado que, com o preenchimento da tabela, os estudantes percebam que não existe o consenso entre os cientistas sobre a ocupação da América. Fatores como data de chegada dos primeiros seres humanos à América, o número de ondas migratórias, as possíveis rotas percorridas e a origem das populações que migraram para a América são questões que geram muitos debates e teorias. A resolução da tabela é apenas uma referência, deixe que os estudantes analisem da sua maneira as fontes.
Resolução da tabela https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/zHBD63cj2CsZ4kD56zBHFr5pnYdjJhqUbn8KqDMjrFTFDFPc2ttF9PWfVPFQ/his6-06und03-resolucao-da-tabela-duas-teorias.pdf
Para você saber mais: As discussões sobre o povoamento da América geram muitos debates entre a comunidade científica. Novas tecnologias e novos achados arqueológicos modificam antigas teorias e criam novas. A origem de Luzia contrapõe dois grandes cientistas brasileiros da USP, Walter Neves e André Strauss. Walter Neves defende a origem negróide de Luzia, descendente de populações originárias da África ou da Austrália. Já André Strauss refuta tal teoria e afirma que Luzia descende de populações da América do Norte, tendo traços mongolóides.
NUNES, rossano Carvalho. Antropologia Biológica. Instituto Grupo Veritas de Pesquisa. Disponível em: <http://portaligvp.org/home/antropologiabiologica>. Acesso em: 09 dez. 2018.
Professor da USP explica #15: mitos sobre o crânio de Luzia. 2018. (10min02seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yo3MXwUrOoA>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, o professor Walter Neves desfaz alguns mitos sobre Luzia, muitos deles comuns nos livros didáticos. No vídeo Neves afirma que jamais defendeu uma rota migratória pelas ilhas do Pacífico e que nunca afirmou que a pele de Luzia era negra, uma vez que não é possível saber a cor de sua pele e que a mudança da cor da pele ocorre, evolutivamente falando, muito rápido.
Ocupação do “Brasil” primordial. 2018. (4min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VRvyf-qvjE4>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo produzido pela FAPESP que mostra os principais sítios arqueológicos do Brasil. No vídeo também é apresentada as três principais tradições líticas da pré-história brasileira: tradição Umbu, de Lagoa Santa e de Itaparica.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 1º bloco. 2015. (12min57seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=u-mbnL_6b5k>. Acesso em: 02 dez 2018.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 2º bloco. 2015. (15min03seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MMPyOAAdFxs>. Acesso em: 02 dez 2018.
Nestes vídeos, produzido pela UNIVESP, são mostradas as principais teorias do povoamento da América e as principais pesquisas relacionadas ao tema.
DNA antigo: quais são as origens do povo de Luzia?. 2018. (04min26seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=B1dTLIred_8>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, produzido pela USP, André Strauss faz críticas ao “modelo dos dois componentes biológicos principais”, modelo defendido por Walter Neves. No vídeo, Strauss defende a teoria de uma única onda migratória para a América.
Como Luzia fica aos olhares da genética? - André Strauss (USP). 2018. (09min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w3OZ77YRL5w>. Acesso em: 02 dez 2018.
Na entrevista André Strauss mostra o campo que a análise de DNA de esqueletos antigos abriu para a compreensão do passado da América. Com a análise de DNA é possível, por exemplo, determinar o sexo e a idade do esqueleto estudado com uma taxa de erro quase nula.
Problematização
Orientações: Projete ou entregue para cada trio os textos 1 e 2, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2000, uma imagem da reconstituição facial de Luzia feita em 2018 e uma tabela impressa (links disponíveis abaixo).
Em seguida, solicite que cada trio analise as quatro fontes apresentadas e que preencham os campos da tabela baseados nas informações apresentadas pelos documentos. Peça para que os alunos de cada trio debatam e entrem em consenso para o preenchimento da tabela.
O Texto 1 é um trecho de uma entrevista de Walter Neves, pesquisador da USP que defende duas migrações via Estreito de Bering, a primeira há 14 mil anos atrás, por populações negróides, e a segunda há cerca de 12 mil anos, por populações com traços mongolóides. Walter Neves fundamenta sua teoria através da antropologia física. Luzia, crânio encontrado na década de 70, em Minas Gerais, e os esqueletos de seu povo, conhecido como povo de Lagoa Santa, são fontes utilizadas por Neves para corroborar suas ideias. No ano 2000, foi feito na Inglaterra uma reconstituição facial de Luzia que a apresentava com forte traços negróides. Mas desde a publicação desta reconstituição, ela enfrentou críticas de diversos pesquisadores que afirmam que existe variações nos crânios de populações antigas da América, o que sempre colocou em cheque a reconstituição de 2000.
O Texto 2 foi extraído da divulgação, em 2018, de um estudo realizado por 72 pesquisadores das universidades de Harvard, USP, e Instituto Max Plank. Este estudo, baseado em dados genéticos de diversos esqueletos da América, dentre eles Luzia, defende que houve apenas uma migração da Ásia para a América, há cerca de 20 mil anos. Esta única migração teria dado origem à todas as populações nativas da América. O estudo produziu uma nova reconstituição facial de Luzia que aparece com menos traços negróides do que a reconstituição feita em 2000.
As reconstituições faciais possuem uma cor de pele fictícia, uma vez que não é possível reconstituir a cor da pele. As reconstituições também não possuem cabelos e outros pelos, pois não foram encontrados fios de cabelo de Luzia.
Se não foi possível a impressão dos documentos para cada grupo, disponibilize cada uma das fontes impressas em tamanho grande, para toda a turma. Passe a tabela no quadro para os alunos copiarem no caderno.
Texto 1 - Walter Neves, o pai de Luzia
Texto 2 - Novo rosto de Luzia: estudo desmonta teoria de migração para a América
Tabela, duas teorias
Imagem, Reconstituição de Luzia, ano 2000
Imagem, Reconstituição facial de Luzia, ano 2018
Fonte das Imagens:
Reconstituição facial de Luzia. In: Luzia (fóssil). Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Luzia_(f%C3%B3ssil)#/media/File:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_02.jpg>. Acesso em: 02 dez. 2018
MOON, Peter. A nova face de Luzia e do povo de Lagoa Santa. Agência Fapesp, 08/11/2018. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a-nova-face-de-luzia-e-do-povo-de-lagoa-santa/29157/>. Acesso em: 02 dez 2018.
Possível resolução da tabela:
É esperado que, com o preenchimento da tabela, os estudantes percebam que não existe o consenso entre os cientistas sobre a ocupação da América. Fatores como data de chegada dos primeiros seres humanos à América, o número de ondas migratórias, as possíveis rotas percorridas e a origem das populações que migraram para a América são questões que geram muitos debates e teorias. A resolução da tabela é apenas uma referência, deixe que os estudantes analisem da sua maneira as fontes.
Resolução da tabela https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/zHBD63cj2CsZ4kD56zBHFr5pnYdjJhqUbn8KqDMjrFTFDFPc2ttF9PWfVPFQ/his6-06und03-resolucao-da-tabela-duas-teorias.pdf
Para você saber mais: As discussões sobre o povoamento da América geram muitos debates entre a comunidade científica. Novas tecnologias e novos achados arqueológicos modificam antigas teorias e criam novas. A origem de Luzia contrapõe dois grandes cientistas brasileiros da USP, Walter Neves e André Strauss. Walter Neves defende a origem negróide de Luzia, descendente de populações originárias da África ou da Austrália. Já André Strauss refuta tal teoria e afirma que Luzia descende de populações da América do Norte, tendo traços mongolóides.
NUNES, rossano Carvalho. Antropologia Biológica. Instituto Grupo Veritas de Pesquisa. Disponível em: <http://portaligvp.org/home/antropologiabiologica>. Acesso em: 09 dez. 2018.
Professor da USP explica #15: mitos sobre o crânio de Luzia. 2018. (10min02seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yo3MXwUrOoA>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, o professor Walter Neves desfaz alguns mitos sobre Luzia, muitos deles comuns nos livros didáticos. No vídeo Neves afirma que jamais defendeu uma rota migratória pelas ilhas do Pacífico e que nunca afirmou que a pele de Luzia era negra, uma vez que não é possível saber a cor de sua pele e que a mudança da cor da pele ocorre, evolutivamente falando, muito rápido.
Ocupação do “Brasil” primordial. 2018. (4min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VRvyf-qvjE4>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo produzido pela FAPESP que mostra os principais sítios arqueológicos do Brasil. No vídeo também é apresentada as três principais tradições líticas da pré-história brasileira: tradição Umbu, de Lagoa Santa e de Itaparica.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 1º bloco. 2015. (12min57seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=u-mbnL_6b5k>. Acesso em: 02 dez 2018.
SP pesquisa: a origem do Homem americano - 2º bloco. 2015. (15min03seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MMPyOAAdFxs>. Acesso em: 02 dez 2018.
Nestes vídeos, produzido pela UNIVESP, são mostradas as principais teorias do povoamento da América e as principais pesquisas relacionadas ao tema.
DNA antigo: quais são as origens do povo de Luzia?. 2018. (04min26seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=B1dTLIred_8>. Acesso em: 02 dez 2018.
Neste vídeo, produzido pela USP, André Strauss faz críticas ao “modelo dos dois componentes biológicos principais”, modelo defendido por Walter Neves. No vídeo, Strauss defende a teoria de uma única onda migratória para a América.
Como Luzia fica aos olhares da genética? - André Strauss (USP). 2018. (09min23seg). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=w3OZ77YRL5w>. Acesso em: 02 dez 2018.
Na entrevista André Strauss mostra o campo que a análise de DNA de esqueletos antigos abriu para a compreensão do passado da América. Com a análise de DNA é possível, por exemplo, determinar o sexo e a idade do esqueleto estudado com uma taxa de erro quase nula.
Sistematização
Tempo sugerido: 12 minutos
Orientações: Escreva no quadro o texto deste slide. Solicite que cada grupo escolha uma das teorias de povoamento da América e a defenda-a com argumentos e dados apresentados nesta aula. Entregue uma tira de papel (em folha sulfite ou de caderno, mais ou menos com medidas de 10cm x 21cm) para cada grupo e peça para que cada trio escreva um resumo de suas ideias nesta tira. Afixe estas tiras em um painel com papel pardo, 40 kg, cartolina ou mesmo no painel da sala. No final da aula, solicite que todos os estudantes leiam as tiras no painel de conclusões, esta é uma boa maneira dos estudantes compartilharem seus conhecimentos e produções.
Não existe uma teoria correta, deixe que os estudantes analisem do seu modo os dados apresentados. Lembre-os que há discussões entre os cientistas que estudam o tema. Enquanto os estudantes observam o painel, pergunte para eles se existem outras teorias para o povoamento da América e quais seriam elas. Não dê respostas aos estudantes, deixe eles curiosos para que continuem a realizar pesquisas sobre o tema.
Para você saber mais:
GUIMARÃES, Maria. Cenas de um sítio arqueológico. Pesquisa FAPESP. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/01/10/cenas-de-um-sitio-arqueologico/>. Acesso em: 02 dez. 2018.
Nesta matéria, é analisado o sítio da Lapa do Santo, na região de Lagoa Santa. Na matéria é possível ver um perfil topográfico do sítio e um vídeo que mostra em detalhes o sítio, além de uma explanação de André Strauss.
GUIMARÃES, Maria. Os povos de Lagoa Santa. Pesquisa FAPESP. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/09/22/os-povos-de-lagoa-santa/>. Acesso em: 02 dez. 2018.
Nesta matéria, são analisados os diversos sepultamentos da região de Lagoa Santa entre 8 e 10 mil anos atrás. Nestes 2 mil anos, três tipos de padrões funerários foram adotadas pelos povos que habitavam a região. O primeiro predominou entre 10 mil e 9,7 mil anos, o segundo entre 9.6 mil anos e 9,4 mil anos e o último entre 8,6 mil e 8,2 mil anos.
A saga da humanidade em 12 vídeos. Agência FAPESP, 07/03/2018. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a-saga-da-humanidade-em-12-videos/27272/>. Acesso em: 02 dez. 2018.
Nesta matéria existe um link de 12 vídeos produzidos por Walter Neves sobre a pré-história. Nestes vídeos, Walter Neves faz a análise de diferentes crânios.
MIGUEL, Sylvia. Mais perto dos primeiros habitantes da América. Jornal da USP, 2006. Disponível em: <http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2006/jusp750/pag0607.htm>. Acesso em: 02 dez. 2018.
A matéria aborda as principais ideias de Walter Neves sobre o povoamento da América.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, imagem ou link), Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, Mentimeter, Padlet.
Contexto
O objetivo desta aula é contrapor duas teorias sobre o povoamento da América
Para desenvolvê-la com seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp ou email os materiais e orientações necessários. Os retornos dos alunos podem ocorrem da mesma forma, ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Disponibilize as manchetes a respeito do povoamento da América. Os alunos devem observar e refletir:
- Existe consenso entre os pesquisadores sobre o povoamento da América?
- Qual elemento é usado para argumentar quanto às novidades sobre o povoamento da América?
Problematização
Esta etapa conta com dois textos, duas imagens e uma tabela a ser preenchida, com direcionadores para a análise dos documentos. Disponibilize-os aos alunos e proponha um tempo para que possam fazer a leitura, interagir com colegas e realizar a resolução da atividade. Caso não possam imprimir a tabela ou preenchê-la virtualmente, podem fazer no caderno.
A interação é importante e pode ocorrer por meio de troca de mensagens no Whatsapp, participação em um quiz no Mentimeter (veja aqui como usá-lo - ative a tradução da página) ou participação em um momento de videoconferência.
Sistematização
Oriente-os a elaborar a defesa de uma das teorias estudadas de ocupação da América, argumentando com base em informações obtidas durante esta e outras aulas. Para promover o momento de interação entre a turma, você pode propor algumas opções:
- Troca de mensagens de texto, áudio ou vídeos curtos pelo Whatsapp.
- Construção de um mural virtual colaborativo, o Padlet é uma boa ferramenta para isso (veja aqui como usá-lo).
- Organização de uma videoconferência: combine um tempo para que os defensores de cada teoria possam argumentar oralmente, enquanto os demais comentam no chat o que acharam da argumentação.
Convite às famílias
Vamos conhecer mais sobre os primeiros humanos na América? Nestes vídeos, produzido pela UNIVESP, são mostradas as principais teorias do povoamento da América e as principais pesquisas relacionadas ao tema.
SP pesquisa: A origem do Homem americano - 1º bloco. UNIVESP, 28/03/2015 (disponível aqui).
SP pesquisa: A origem do Homem americano - 2º bloco. UNIVESP, 28/03/2015 (Disponível aqui).
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Jair Ferreira
Mentor: Elisa Vilalta
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 6º ano do Ensino Fundamental
Unidade temática: História: tempo, espaço e formas de registros
Objeto (s) de conhecimento: As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização
Habilidade(s) da BNCC: (EF06HI06) Identificar geograficamente as rotas de povoamento no território americano
Palavras-Chave: Luzia; Clóvis; Povo de Lagoa Santa; Povoamento da América.
Curso sobre Educação Antirracista
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