Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é a terceira aula de um conjunto de 3 planos de aula com foco em análise linguística e semiótica. A finalidade desse conjunto de planos é descobrir palavras de um conto, considerando o contexto em que são utilizadas, observando as flexões dos substantivos e seus efeitos de sentido.
Materiais necessários: Bola de meia (pode ser substituída por bolinha plástica, dessas que se encontram em piscinas de bolinhas), projetor, folhas impressas com exercício.
Dificuldades antecipadas: Na atividade de introdução, os alunos podem citar palavras que não se classifiquem como pedido. Caso isso ocorra, peça ajuda à turma para analisar a palavra citada e ajudar a orientar o aluno que não soube dizer a palavra adequada. Faça isso com questionamentos, como “Essa palavra indica uma ação ou um estado?” “Vou lhe falar um adjetivo e, então, você vai me falar outro, certo? Bonito, por exemplo”. Não necessariamente as palavras que os alunos usarem no exercício serão as mesmas presentes no texto original. Não veja isso como uma dificuldade. O importante é que as regras de concordância sejam observadas.
Referências sobre o assunto:
CUNHA, Antônio Sérgio Cavalcante de. A flexão de gêneros do substantivo. Disponível em: <https://docplayer.com.br/68031891-A-flexao-de-genero-dos-substantivos-antonio-sergio-cavalcante-da-cunha-uerj.html>. Acesso em: 6 out. 2018.
KLEIMAN, Ângela B; SEPÚLVEDA, Cida. Oficina de gramática - metalinguagem para principiantes. Campinas, SP: Pontes Editores, 2014.
MENDES, Camila Costa Rabello Mendes e VICENTE, Helena da Silva Guerra Vicente. O tratamento do substantivo e do adjetivo em livros didáticos. Disponível em: <https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/universitashumanas/article/download/2399/2112>. Acesso em: 6 out. 2018.
Tema da aula
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações:
- Mostre o slide à turma e diga que o objetivo da aula é flexionar o substantivo e que, para isso, eles terão pistas. Pergunte que pistas eles acham que podem ajudar nessa tarefa. (Observação do gênero e do número dos adjetivos e da pessoa exigida pelo verbo.) Se não souberem responder, diga que, durante a aula, saberão encontrá-las.
Introdução
Tempo sugerido: 08 minutos
Orientações:
- Explique que farão a brincadeira do “Pense rápido”.
- Explique a brincadeira, dizendo que você irá começá-la, falando um substantivo, não importa se no masculino ou feminino, singular ou plural. Quando terminar de falar a palavra, vai arremessar uma bola de meia para um aluno, que não pode se desviar dela, dizendo: ‘Pense rápido’. O aluno, então, vai pegar a bola e dizer um adjetivo ou um verbo que concorda com a palavra que dita anteriormente. Depois, vai dizer outra palavra e repetir o processo com outro colega, e assim sucessivamente.
- Comece a brincadeira com a palavra “estudantes”, por exemplo. O aluno que pegar a bola dirá “inteligentes”, “estudam”, “aprendem”, “espertos” ou qualquer outra palavra que desempenhe a função de verbo ou adjetivo e que concorde com a palavra dita por você.
- Enquanto a brincadeira acontece, esteja atento(a) para o fato de que algum aluno pode dizer uma palavra que não se encaixe nas classes de palavras que estão sendo estudadas. Caso isso ocorra, leve a palavra para discussão da turma, Observe também se não aparece só palavra no masculino ou só no feminino ou só no singular ou no plural. Se uma mesma flexão for recorrente, sugira que o aluno fale de forma diferente (peça-lhe, por exemplo, para colocar a palavra no plural, se, até então, só apareceram exemplos no singular).
- Encerre a brincadeira, parabenizando todos pela participação.
Materiais complementares: Bola de meia ou de plástico - pequena.
Desenvolvimento
Tempo sugerido: 30 minutos
Orientações:
- Diga aos alunos que receberão um texto de Moacyr Scliar, médico e escritor falecido em 2011. Ele narra uma aventura de um grupo de crianças, no qual ele se inclui. (Se estiver dando continuidade à sequência de planos, diga que, como no primeiro texto, uma criança começa a pensar de forma diferente da que pensava devido a um fato ocorrido.)
- Mostre-lhes o slide e diga-lhes que o nome do texto é “Bruxas não existem”. Leia o desafio que se encontra no slide. Diga aos alunos que perceberão que faltam algumas palavras no texto, mas que eles conseguirão identificá-las pelo contexto e com a ajuda de um colega.
- Peça-lhes, então, que se sentem em duplas, e entregue-lhes a folha com o texto a ser completado, disponível aqui.
- Dê tempo para que os alunos leiam o texto e identifiquem as palavras faltosas. (Cerca de 15 minutos.)
- Faça a correção, ouvindo o que os alunos dizem. Peça que cada dupla fale em uma vez, de forma que todos participem. (Obviamente, podem aparecer palavras diferentes das que se encontram no texto original - gabarito aqui. Você deve aceitar a possibilidade como adequada, desde que a palavra usada mantenha o sentido original do texto e atenda à concordância esperada. Ainda assim, não deixe de falar a palavra do texto original para a turma, lembrando que a ideia do autor deve ser respeitada; é uma questão de direito autoral).
- Ainda na correção, inclua perguntas como por que vocês pensaram nessa palavra, por que não poderia estar no singular/no plural/ no feminino/ no masculino, por que no início fala em “mulheres” e logo depois em “mulher” (Porque fala de muitas mulheres que teriam as características de má, e que o autor-personagem conheceu uma delas.), por que o texto falou em “venenos” e não em “veneno” (Porque isso dá ideia de uma maldade ainda maior). Outra pergunta possível: “No quarto parágrafo, temos um trecho que diz ‘que era gordo e pesava bastante’. Como eu sei se está falando do bode ou do João Pedro?” (Está falando do bode. Apesar de as palavras estarem no masculino singular, ‘bode’ foi o último substantivo usado.) Peça aos alunos para voltarem ao parágrafo 6, relendo o trecho: “senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada”. Pergunte-lhes o que estava quebrada: a dor ou a perna, já que as duas palavras são femininas. (Perna, porque ‘dor’ não quebra, ou porque já se falou que a dor foi terrível, então, já teve uma adjetivo). Pergunte, então, como saber sobre o que se está falando, considerando a forma como o texto está escrito. (“Perna” foi a última palavra falada.)
- Pergunte se perceberam como as palavras têm que concordar entre si para que a gente entenda o texto. Lembre os alunos que, às vezes, dependendo da variedade linguística em que o texto é escrito, essa concordância não ocorre dessa forma, mas, ainda assim, a gente entende a concordância pela disposição das palavras e pelo contexto. (Se achar conveniente e se houver tempo, pode dar alguns exemplos, como os falares regionais. Ex.: Nós saimo e num encontrô ninguém.)
Materiais complementares: Cópias do texto para ser completado.
SCLIAR, Moacyr. Bruxas não existem. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/4159/bruxas-nao-existem Acesso em 6 de dezembro de 2018.
Fechamento
Tempo sugerido: 10 minutos
Orientações:
- Exiba o slide e peça aos alunos que respondam a pergunta, por escrito, no caderno.
- Socialize as respostas, pedindo a alguns alunos que digam o que registraram no caderno. (É importante que substantivos, verbos e adjetivos estejam concordando entre si para haver coerência e coesão entre as ideias, para que o texto faça sentido, para que possamos entender melhor o texto, de quem se está falando e o que está sendo dito sobre esse alguém ou sobre essa coisa.) Encontrando uma resposta mais completa, peça ao aluno que a criou que a repita em voz alta para toda a turma poder registrar, se for o caso, ou completar a resposta que deu.
Materiais complementares: projetor. (Se preferir, escreva a frase no quadro.)