Organize o espaço em que a atividade será desenvolvida, proporcionando um ambiente acolhedor e desafiador para os bebês. Apresente a proposta de brincar com histórias e crie expectativas sobre possíveis descobertas que eles poderão fazer, ao citar alguns elementos disponibilizados.Convide todo o grupo a se encaminhar para o espaço da proposta. Esteja atento para auxiliar os bebês que ainda não engatinham e que, portanto, necessitam de ajuda para locomoção. Lembre-se de pegar a câmera fotográfica para registrar esses momentos, quando possível.
Possíveis falas do professor nesse momento: Pessoal, vamos brincar com uma empolgante história. Vocês acham que será divertido? Então, olhem, temos uma cabana em nossa sala! O professor faz gestos de surpresa e continua: O que será que tem lá dentro? Vamos descobrir? O professor se movimenta em direção a cabana.
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Oportunize situações exploratórias pelo grupo de bebês, apoiando as iniciativas de investigação e de interação com tudo o que envolve o espaço da brincadeira, como a cabana, os elementos do cenário, a cesta de vime com frutas,os colegas e o(s) adulto(s).Desperte a curiosidade deles pela história a ser encenada e garanta que todos estejam acomodados de forma confortável, dentro da cabana. Aproxime-se do cenário com as personagens em mãos para iniciar o momento de encenação do tema escolhido. Enquanto o grupo estiver engajado em experienciar diversas possibilidades corporais nas interações e nas brincadeiras que realizam com o ambiente proposto, pergunte se alguém reconhece os elementos da brincadeira, instigando os bebês a pensar sobre qual história será abordada. Aguarde um instante e em seguida, diga ao grupo que apresentará a história da Chapeuzinho Vermelho.
Possíveis ações da criança neste momento: Os bebês podem se animar com a ideia da brincadeira e, por estarem cativados com a proposta, demonstrar maior interesse na exploração dos elementos. Eles podem olhar com atenção, sorrir, balbuciar, bater palmas e imitar a ação do professor e dos colegas.
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Encene a história empregando diferentes entonações de voz e variadas expressões faciais para representar as características do contexto abordado ou das personagens. Faça as pausas necessárias para que os bebês possam interagir com a narrativa e suas personagens. Encoraje o envolvimento do grupo na brincadeira, de modo que todos vivenciem a encenação da história, por meio da ação de fixar e/ou retirar as personagens do cenário conforme a sequência da narrativa. A atuação do professor deve contemplar todos os bebês que configuram o grupo, desse modo, convide-os a participar por meio de balbucios, palavras, movimentos e brincadeiras de imitação dos gestos e das vozes realizados pelo adulto durante a contação. Assegure que os bebês menoresestejam acomodados com segurança e conforto, perto de todo o grupo, potencializando as tentativas de movimentação quanto aos objetos de interesse.Esteja atento e seja flexível para continuar ou interromper a atividade de acordo com as necessidades e desejos da turma. Ao finalizar a narrativa, pegue a cesta de vime com as frutas e cante a clássica música: “Pela estrada a fora eu vou bem sozinha, levar esses doces para vovozinha…”
Possíveis ações da criança neste momento: Os bebês se aproximam do professor, pegam alguma personagem e tentam fixá-la no cenário. Interagem com os materiais e mostram-nos aos colegas sorrindo. Algum bebê pode permanecer observando com atenção a encenação da história e as ações dos colegas para depois se envolver na atividade e explorar o ambiente. Eles podem bater palmas e sorrir com a música.
Para finalizar:
Permita que os bebês fiquem livres em suas iniciativas e brincadeiras após a encenação da história, ou seja, que permaneçam explorando os elementos ou partam para outra brincadeira. Antecipe a finalização da atividade e indique o que será feito posteriormente. A previsibilidade prepara para a transição de momentos e etapas subsequentes. Respeite os desejos do bebê que eventualmente tenha interesse por outra proposta, como brincar em uma cortina sensorial ou caixa de encaixes sólidos, por exemplo. Convide o grupo a colaborar com a organização dos materiais, encoraje os esforços e reconheça as tentativas de participação. Cante uma música que marque os momentos de arrumação e a finalização de atividades.
Desdobramentos
Deixe o espaço da atividade organizado para que os bebês possam brincar no local quando desejarem. Realize essa proposta diversas vezes ao longo do ano, usando a mesma história e outras que sejam de apreciação do grupo ou da cultural local. Para variações, troque o cenário, as personagens e diversifique os espaços da brincadeira. Além de tecido, a cabana poderá ser feita com papel pardo. O cenário pode ser feito como desenho em papel camurça ou confeccionado em uma caixa de papelão. Do mesmo modo, as personagens podem ser produzidas como fantoches e dedoches, a partir de imagens impressas e plastificadas ou de desenhos colados em palitos tipo de sorvete.
Engajando as famílias
Utilize algumas fotografias que fazem parte dos registros pedagógicos para elaborar um convite-proposta as famílias. Selecione duas imagens em que o grupo de bebês esteja envolvido na brincadeira. Imprima-as e cole-as em uma metade de um papel A3 (sulfite, reciclado, pardo, vergé, couché). Ao lado das fotos, escreva um breve texto relatando sobre a atividade desenvolvida, de modo que as famílias sejam motivadas a vivenciar momentos de brincadeiras com histórias junto a seus bebês. O professor poderá fazer o convite-proposta como desejar ou lhe for possível, utilizando somente a parte do texto de incentivo, por exemplo.