Envolva os adultos que trabalham na escola e crianças de outras turmas. Fotografe-os em diversas expressões (bravos, sorrindo, mostrando a língua, fazendo bico, fazendo careta etc), de modo que a comunidade escolar também participe desse processo educativo.Tire as fotos com antecedência, imprima-as e monte quadros para a apreciação das crianças.
Busque na internet e imprima imagens de expressões faciais e corporais para que você tenha um acervo mais diversificado.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Explorando as expressões
Brincando com as expressões
Confecção do painel das expressões
Faz de conta na floresta: sentimentos e sensações
Montando um álbum de expressões da turma
Materiais:
Os materiais para esta atividade são: fotos impressas de expressões faciais e corporais dos profissionais da escola e de crianças de outras turmas; imagens de expressões corporais e faciais retiradas da internet e/ou recortadas de revistas; papel cartão ou papelão; pelo menos cinco espelhos de diversos tamanhos; cola quente; barbante e brinquedos variados. Caso tenha acesso, poderá utilizar o vídeo da música “Careta”, do Palavra Cantada, que está disponível neste link. Cole as fotos e as imagens no papel cartão ou no papelão e recorte-as para fazer os quadros, dessa forma, elas ficarão firmes para o manuseio das crianças. A quantidade de quadros pode ser duas fotos porgrupos com até cinco crianças. Cuide para que as imagens contenham expressões diferentes para cada grupo que se formará, possibilitando a observação e a interação das crianças, por meio do compartilhamento com os colegas, no momento da exploração dos materiais.
Espaços:
A atividade pode ser organizada na própria sala ou em algum espaço interno disponível, onde as crianças possam se organizar livremente. Mesmo que o espaço escolhido tenha espelhos fixos, é importante dispor mais espelhos pela sala, com tamanhos diversos, para que as crianças também possam reproduzir caretas e movimentos ou inventar novas expressões na frente dos espelhos. As imagens podem ser organizadas em mesas, no chão, na parede, para que as crianças as observem e as manipulem de acordo com seus próprios movimentos e escolham as fotos da preferência delas.
Tempo sugerido:
O tempo estimado para esta atividade é de 40 minutos a uma hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Qual é a reação das crianças ao se depararem com fotos de expressões inusitadas dos funcionários, professores, das próprias crianças da escola e de desconhecidos? Elas os reconhecem? As crianças percebem que as pessoas têm características diferentes? Como elas expressam essa percepção?
2. Como as crianças imitam as expressões que estão nas fotos? Elas tomaram essa iniciativa ou a fizeram a partir das observações do que os colegas e professores estão fazendo? Elas criam expressões e gestos que vão além das fotos que estão explorando?
3. Como as crianças interagem com os colegas durante a atividade? Quais são os comentários que fazem?Como se comunicam?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Possibilite as descobertas das crianças com relação às expressões faciais e corporais, para que todas possam explorar o momento e participar dele. Fique atento às crianças, caso alguma esteja se sentindo desconfortável com a atividade, ajude-a, orientando-a e incentivando-a para que participe em seu próprio tempo, interagindo com os colegas.
O que fazer durante?
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Convide as crianças para se sentarem com você. Compartilhe com o grande grupo a ideia de fazerem juntos um álbum de expressões da turma e ouça a opinião delas. Conte que esta atividade é muito importante para a concretização deste álbum, pois você irá fotografar as expressões do grupo. Conte que a primeira parte da atividade será assistir a um vídeo do Palavra Cantada com a música “Careta”.
Possíveis falas do professor neste momento: Hoje nós vamos assistir a um vídeo que se chama Careta! Quem sabe fazer uma careta bem maluca e divertida?
É possível que, as crianças, em vez de responder, já façam as caretas. Se isso acontecer, aproveite para reconhecer aquelas que representam sensações: Quem sabe fazer uma cara de medo? E de sono? E de alegria?
Fotografe as expressões das crianças já nesta primeira interação.
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Depois do vídeo, convide as crianças para se encaminharem até onde estão os quadros com fotos e imagens das expressões. Chegando no espaço, peça que visualizem, manuseiem, troquem as imagens e interajam com os colegas. Elas poderão se agrupar naturalmente em torno de alguma foto com uma ou outra expressão que pareça mais instigante. Ou, então, podem ir ao espelho para brincar com as suas próprias expressões, potencializando descobertas. Fique atento a movimentos ou verbalizações para entender oque estão querendo comunicar.
Possíveis falas e ações das crianças neste momento: As crianças estão olhando para as fotos e achando graça de uma careta: Olha só, ela fez assim, oh! e imita a careta, arregalando os olhos, como se estivesse com medo.
Possíveis falas do professor neste momento : Como é que ela fez? Nossa! Quando é que nós fazemos essa expressão? Qual cara vocês fazem quando sentem medo? E alegria?
Fique atento enquanto observa, pois algumas crianças, mesmo já estando com a oralidade desenvolvida, podem ser mais tímidas e só apontar a foto preferida nesta etapa. Registre as expressões faciais e corporais das crianças com fotos. Você pode, também, anotar as expressões verbais para documentações posteriores ou mesmo para incluir no álbum das expressões.
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Verifique se todas as crianças têm a oportunidade de manusear, observar e compartilhar as imagens. Durante a apreciação, convide-as para se observarem nos espelhos e proponha caretas e movimentos.Conforme fazem isso, procure voltar a atenção delas para que observem as diversas expressões que surgem. Veja como cada uma reage, explorando as diferentes percepções e características.
Possíveis ações das crianças neste momento: A criança não fala nada e vai de mansinho até o espelho, se observa, arregala os olhos, simula um sorriso e puxa os cantos da boca fazendo uma careta. Outras crianças percebem o movimento da colega e a seguem.
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Aguarde para que as crianças observem, explorem o momento à vontade em frente ao espelho e conversem sobre as fotos com os colegas. No caso de crianças que ainda não têm o domínio da linguagem oral, considere os pequenos gestos delas, encorajando cada uma a ser ativa no grupo. Observe também se fizeram alguma referência corporal ou facial ao vídeo assistido no início da atividade. Atue como observador e mediador, interferindo na exploração somente quando for necessário, para garantir a autonomia e o sucesso nas interações dos colegas. Aproveite para realizar registros escritos e fotográficos .
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Quando faltar cerca de cinco minutos para o encerramento da atividade, avise à turma que em breve todos vão ajudar a organizar a sala. Diga que ainda dá tempo de brincar mais um pouco em frente aos espelhos e com as imagens. Para quem terminar antes, deixe um canto preparado com diversos brinquedos. Permita às crianças que brinquem enquanto as outras terminam.
Para finalizar:
Quando acabar o tempo, diga que a atividade acabou e que é o momento de organizar o espaço. Mas lembre que o grupo vai voltar à proposta outras vezes.
Convide as crianças para guardar fotos e imagens num local predeterminado. Esta etapa pode se tornar uma atividade muito significativa para elas, pois, ao organizar o espaço, elas se tornam responsáveis e pertencentes ao local que frequentam diariamente.Torne o momento mais divertido e incentive a participação de todos, com uma música de organização. Uma sugestão é a música Hora de Organizar:
Desdobramentos
É importante repetir esta proposta algumas vezes, utilizando imagens diferentes, para ampliar a exploração sobre outras emoções e expressões faciais.
Esta atividade pode ser um bom caminho para criar um álbum de expressões do grupo. Para tanto, aproveite as fotos que você tirou hoje e as demais utilizadas por você. A ideia é que, junto com crianças, vocês planejem a construção do álbum. Duas possibilidades: selecionar as fotos e combinar as legendas e o título ou categorizar as imagens de acordo com as sensações, mostrando quantas expressões e reações o nosso corpo faz.
Engajando as famílias
Compartilhe com a família as fotos tiradas nesta atividade. Você também pode
montar, na área externa, uma exposição das fotos, com alguns espelho próximo, para que as crianças demonstrem para as fam?ias como foi feita a atividade. Todos que visitarem a exposição também podem imitar caretas diante dos espelhos.
Exploração de argila com bebês
Apresente a proposta Grave um pequeno vídeo onde você modela a argila em diversos formatos e coloca para secar, ou busque por imagens desse processo na internet, de forma que capte as expressões durante esse momento. Envie o material por Whatsapp ou outra plataforma de comunicação com as famílias. Veja ideias e sugestões com argila em casa (disponível aqui). Fale que você planeja uma exposição virtual com as esculturas produzidas e convide a turma, de forma animada: - Que tal preparar esculturas, explorando as possibilidades da argila aí em casa, e enviar uma foto para a nossa exposição?
Adaptações necessárias Convide os familiares a explorarem a argila com os bebês, hidratando previamente, como orientado no plano. Se não for possível usarem argila, esteja disponível a recomendar uma substituição a partir de outra massa (acesse aquium guia com várias receitas).
Reforce a recomendação de acompanharem os bebês durante toda proposta, para a segurança deles. Sendo assim, sugira que uma pessoa registre enquanto outras interagem. Sugira fotos não somente da produção final, mas também que captem as expressões dos bebês durante a exploração da argila.
Sugira às famílias Oriente as famílias a deixarem os bebês livres para explorarem as possibilidades da interação com a argila, estimulando que sintam o cheiro, a textura e a temperatura, sendo parceiros de descobertas, compartilhando e narrando as experiências. Oriente que estejam atentos no sentido de validarem as iniciativas dos bebês, para assim conhecerem quais são as preferências deles. Sugira que nomeiem as ações, reações e manifestações, registrando quando possível.
Proponha momentos investigativos ao modelarem algo e perguntarem aos bebês o que eles acham que seja aqui, fazendo sons para instigar a curiosidade, despertar o interesse e favorecer a associação de ideias. Por exemplo: fazer bolinhas e uma cobrinha, juntar e fazer “au, au”, revelando ao final que é um cachorro, fazer coceguinhas na barriga. Através de expressões convidativas, os bebês percebem que pode ser divertido brincar com a argila. Assim, esse tempo ficará marcado na memória afetiva, envolvendo o grupo familiar e fortalecendo os laços que os unem.
Para compartilhar com o grupo Peça para os familiares enviarem os registros para você. Socialize alguns deles com as demais famílias, para que se sintam estimuladas a fazerem a atividade também. Envie pela plataforma que sua rede esteja utilizando para se comunicar no momento.
Reúna os registros de forma seqüenciada e acrescente legendas descrevendo a importância da exploração desse material. Para isso, pode usar o Apresentações Google (disponível aqui) para fazer esse arquivo digital.
Quando retornarem às aulas presenciais, planeje uma exposição para a comunidade da forma que costumam fazer na sua escola. Converse com as famílias sobre as impressões ao visualizarem a exposição. Convide-as a escreverem uma palavra deixando-a exposta em um cartaz ou mural junto à exposição. Isso fortalece a conexão família-escola através do senso de pertencimento, o que favorece a reinserção no ambiente escolar quando o isolamento social terminar.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor:Fatima Herculano Marcolino
Mentor:Elisiane Andreia Lippi
Especialista do subgrupo etário: Karina Rizek
Sugestão de idade: 3 anos.
Campos de Experiência: O eu, o outro e o nós; corpo gestos e movimentos; escuta, fala, pensamento e imaginação.
ObjetivosecódigosdaBase:
(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
Abordagem didática:
As crianças desta faixa etária estão em pleno desenvolvimento da personalidade. Em interação com outros, elas têm a oportunidade de observar e interiorizar características que podem modificar suas escolhas, preferências, modos de agir etc. Atividades como o álbum do grupo, nas quais elas possam representar a si mesmas e depois colocar isso em perspectiva, conhecendo outros modos de expressão e de estar no mundo, são fundamentais para elas se constituírem como sujeitos e também para aprenderem sobre o mundo que as cerca.