A valorização da carreira docente é um dos principais motivos de greve e alvo de várias políticas públicas. O PNE, por exemplo, tem como meta a equiparação do rendimento do professor ao das profissões com escolaridade equivalente. Um dos mecanismos para viabilizar esse objetivo é a Lei do Piso, de 2008. Mas, apesar de gerar avanços, ela tem sido alvo de críticas. Para o especialista em financiamento da Educação José Marcelino de Rezende Pinto, o valor alcançado ainda é baixo e alguns estados vêm sofrendo com o achatamento da carreira. O aprimoramento da fiscalização das redes, que era desejado, também não é uma realidade. A orientação é que a União ajude os entes federativos a se adequar, mas na prática isso é pouco efetivo. "É necessário colocar mais dinheiro no Fundeb. Proporcionalmente, áreas como o Fies têm recebido uma parcela maior e isso inviabiliza o cumprimento da lei", alerta Marcelino. Saiba mais sobre esse cenário abaixo.
A lei nos estados e no Distrito Federal
Apenas metade consegue atender à legislação de 2008
Fonte Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC
Evolução do piso (em %)
Reajuste está acima da inflação, mas valor ainda é baixo
Fontes IBGE e MEC
Docentes e outras profissões
O mínimo necessário e o piso de ocupações equivalentes são maiores
- Salário mínimo necessário (junho/2015) R$ 3.299,60
- Comissário de bordo R$ 1.628,07
- Professor da Educação Básica R$ 1.917,78
- Jornalista no Distrito Federal R$ 2.100,00
- Arquiteto, engenheiro e veterinário R$ 4.728,00
Fontes DIEESE e leis específicas
Um exemplo de carreira docente
Salário inicial (em reais) para jornada de 40 horas semanais em Coronel Fabriciano (MG)
Fonte Prefeitura Municipal
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