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Jornalismo

Os motoristas ligados à empresa americana Uber têm regras de trabalho diferentes da maioria dos trabalhadores (leia abaixo). A companhia alega que sua função é conectar quem precisa se locomover a pessoas que queiram lucrar dirigindo seu carro particular. Em tese, o motorista é seu próprio chefe e a empresa só concretiza o contato entre os dois, ficando, claro, com ao menos um quinto do valor da corrida. Por não ser abarcada nas leis trabalhistas, a relação entre o aplicativo e quem oferece o serviço criou disputas. Motoristas desligados após receberem avaliações ruins dos usuários têm entrado com processos. Eles alegam que eram funcionários do app e que, por isso, deveriam receber o dinheiro referente a direitos trabalhistas. A Uber, por outro lado, diz que não há vínculo empregatício.

Discutir as relações de trabalho é fundamental. "Há uma mudança nas jornadas e nos formatos das profissões modernas", explica Marisa Valladares, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF). A Uber é um exemplo, mas há outros. Os alunos podem comparar os modelos e analisar prós e contras. Assim, veem que modelos de organização mais antigos, como os retratados no clássico Tempos Modernos, de Charles Chaplin, estão dando lugar a novos. "O mundo digital é pautado por metas a cumprir, e elas são o cronômetro dos nossos tempos", pontua Ricardo Antunes, professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e autor de Os Sentidos do Trabalho. Eles podem entender melhor o mundo em que estão - e no qual vão trabalhar.

 

 

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Novos modos de trabalhar

Empresas liberais

Prós Firmas de tecnologia ficaram famosas por promover um ambiente mais descontraído.
Contras Com horários flexíveis e ambientes com pufes, camas e comida à vontade, elas exigem aumento de produtividade dos funcionários.

Freelancer

Prós "Frilas" não têm emprego fixo. Mas prestam serviços para diversas empresas, de acordo com a disponibilidade.
Contras Não há nenhuma estabilidade ou direitos trabalhistas nem garantia de salário no fim do mês.

Terceirização

Prós Funcionários terceirizados respondem a uma empresa especializada na área em que atuam, mas exercem a função em outra.
Contras Os salários são, em média, 24,7% mais baixos do que de contratados e a organização dos trabalhadores em sindicatos é mais difícil.

 


Fotografia: Getty Images 

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