4 respostas sobre a crise econômica
Seus alunos certamente vão trazer o assunto para a classe. Veja sugestões de como dar os primeiros passos para a discussão
PorWellington SoaresPedro AnnunciatoAlice Vasconcellos
08/06/2016
Este conteúdo é gratuito, entre na sua conta para ter acesso completo! Cadastre-se ou faça login
Compartilhe:
Jornalismo
PorWellington SoaresPedro AnnunciatoAlice Vasconcellos
08/06/2016
Inflação, crise, desemprego, PIB, recessão... Nos últimos meses, foi impossível não se deparar com algumas dessas palavras. "É quase certo que a turma vai ter questões sobre o tema", afirma Alessandra Silva de Souza, mestre em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Quando elas surgirem, cabe ao professor avaliar se vale parar o conteúdo ou não. Ela explica que, às vezes, é melhor incentivar os alunos a pesquisar sozinhos e retomar a conversa mais tarde.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, os conteúdos ligados à economia global, que tradicionalmente aparecem nessa fase, oferecem uma boa oportunidade de entrar no assunto. Para Liliam Rosa Prado, especialista da Universidade Federal do Paraná, outro gancho possível é a análise de indicadores socioeconômicos diversos: "Crescimento econômico e desenvolvimento social estão muito atrelados, e cada vez mais se analisam esses dois aspectos em conjunto".
Há, no entanto, uma ressalva importante sobre a escolha de materiais. "O docente não deve ficar só no noticiário. Ele pode, sim, trazer periódicos e textos da internet, mas é importante ficar de olho em livros recentes, que permitam expandir a reflexão - sempre, é claro, observando a adequação da linguagem à faixa etária", alerta Liliam.
Abaixo, respondemos a quatro questões sobre o tema, para ajudar você a dar os primeiros passos na discussão com os alunos.
Com dois movimentos. Primeiro, com a crise econômica mundial, caiu o preço de diversos produtos de exportação brasileiros, do petróleo ao aço. Segundo, a partir de 2011, houve um grande aumento dos gastos públicos. A situação se agravou quando o orçamento do Estado chegou ao limite e surgiu o risco de que ele não pagasse suas dívidas, o que gerou insegurança entre os empresários de que valia a pena investir. A economia do país entrou em
recessão: a produção e o lucro das empresas caíram. Com isso, aumentou o desemprego.
A redução desse indicador é quase sinônimo de desemprego. O Produto Interno Bruto (PIB) mede o que e quanto o país produz ao longo de um ano. Se ele cai, significa que os diversos setores estão produzindo menos e, portanto, demandam menos mão de obra. O resultado: demissões.
Não é possível afirmar isso. Seria necessário fazer pesquisas mais aprofundadas para avaliar o real impacto que os problemas enfrentados pelas empresas investigadas em operaçõs como a Lava Jato têm no conjunto da economia -e, ainda assim, os resultados seriam questionáveis, já que é difícil calcular com exatidão quanto dinheiro foi desviado dos cofres públicos.
Não. Na verdade, a alta dos preços, que chegou a 11% em 2015, foi causada por outros fatores. Com o aumento da dívida, aumentaram os preços da energia elétrica e dos combustíveis. A valorização do dólar, provocada principalmente pelas dúvidas sobre a capacidade do Estado de pagar suas dívidas, contribuiu encarecendo os produtos importados. No momento, a recessão joga a favor da queda da inflação: com menos consumo, os preços das mercadorias caem.
Consultoria MAURO ROCHLIN, professor da FGV, em São Paulo.
Fonte: Dicionário de Economia do Século XXI, de Paulo Sandroni
Ilustração: Francisco Martins
Últimas notícias