Em busca dos jovens sumidos
Força-tarefa pretende atrair as pessoas para os estudos
PorFernanda SallaPatrick CassimiroMonise Cardoso
05/05/2016
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Jornalismo
PorFernanda SallaPatrick CassimiroMonise Cardoso
05/05/2016
O Censo Escolar 2015, do Inep, revelou que 1,6 milhão de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Em um anúncio feito no último mês de março, o Ministério da Educação (MEC) prometeu reunir os órgãos responsáveis pelas áreas sociais do país, como os Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família, em uma força-tarefa para atrair essas pessoas para os estudos. Entre as ações, estão aumentar a oferta de Ensino Técnico e criar um novo modelo de certificação do nível Médio . "Os estudantes dessa etapa costumam reclamar da falta de qualificação profissional, então as iniciativas são condizentes com essas reivindicações. Para eles, a escola faria muito mais sentido se preparasse para competir no mercado de trabalho", afirma Marcelo Mazzoli, diretor de Educação do Unicef. A situação é ainda mais grave ao se considerar que neste ano termina o prazo estabelecido pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para que, obrigatoriamente, todas as pessoas de 4 a 17 anos tenham acesso à Educação. "Em tese, o ideal não é privilegiar uma única faixa etária. Isso pode fazer com que outras fiquem de lado. Mas reconheço que qualquer ação que vise recuperar jovens nessa condição é importante e inovadora", diz Marcelo. Para ele, o MEC enfrentará três grandes desafios nesse processo: "O problema da evasão sempre foi considerado do aluno, afinal a sala de aula está lá, frequenta quem quer." Um dos obstáculos será fazer com que a escola assuma sua cota de responsabilidade pelo abandono desses meninos e meninas. O segundo é conseguir que ela esteja apta a recebê-los - com todas as defasagens que terão. Por fim, viabilizar uma articulação intersetorial e acordos entre diferentes níveis de governo (União, estados e municípios) será complicado, mas essencial.
Ilustração: Willian Santiago
Ainda dá tempo de participar da 19º edição da mais importante premiação de Educação do Brasil, com festa programada para outubro, mês do professor. A realização é da Fundação Victor Civita, com parceria da Fundação Roberto Marinho e apoio da Associação Nova Escola. Este ano, a frase escolhida para divulgar o Prêmio Educador Nota 10 é: ?Na Educação de qualidade, todos aprendem juntos?. Ela reforça a importância da troca de saberes entre docente e alunos. Podem concorrer professores da Educação Infantil ao fim do Ensino Fundamental nas categorias Alfabetização, Língua Portuguesa, Educação Física, História, Arte, Língua Estrangeira, Ciências, Matemática e Geografia, além de diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais de toda Educação Básica (incluindo EJA). Antes de se inscrever, veja o regulamento e as recomendações dos selecionadores!
"Muito ajuda o Estado que não atrapalha. Que permite o desenvolvimento pleno da iniciativa privada. (...) Segurança e Justiça. Tudo o mais, deveria ser providenciado por particulares."
"O secretário de Educação da maior rede pública do país está mesmo dizendo não compartilhar da ideia de uma escola pública estatal? (...) A ultradireita expõe, sem cerimônia, seu programa de transição à barbárie."
FORMAÇÃO
Todo professor precisa ter nível de mestrado para poder lecionar. São cinco anos de aprendizado, incluindo estágio obrigatório nas escolas.
ATRATIVIDADE
Além de oferecer bons salários, a profissão é valorizada desde o nascimento do país, quando o prestígio dos educadores era similar ao dos padres.
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