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23/08/2015
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Jornalismo
23/08/2015
Um olhar apurado sobre a História
Para que serve a História? A pergunta, feita em muitas salas de aula por estudantes confusos diante de descobrimentos e revoluções, é o pontapé deste livro, marco das interpretações sobre a área que surgiram no pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Seu autor é um dos fundadores da Escola dos Annales, movimento de historiadores que criticou a valorização dos grandes nomes, fatos, heróis e datas sem levar em conta as relações entre passado e presente.
Fuzilado pelos nazistas em 1944, Marc Bloch foi um militante da missão do historiador de difundir e esclarecer. Seu propósito é uma necessidade presente ainda hoje nas escolas, onde é necessário reforçar que História não é coisa do passado ou de museu. Muito menos um catálogo de conteúdos a ser decorados.
"O passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma."
No título, o escritor insiste que é dever dos professores da disciplina utilizar o conhecimento histórico para apurar o senso crítico das turmas. Ele também serve para compreender que as motivações humanas em determinado espaço e tempo são imprevisíveis e contraditórias. Por isso, explicações inflexíveis para os fenômenos do passado são descabidas.
Se o autor não dimensionou a repercussão de sua obra, tampouco pôde presenciar os reflexos dela na formação docente e na construção de práticas de ensino. Mais que falar em nome de um saber específico, revestido de novas concepções e métodos, é preciso preparar o aluno a se reconhecer enquanto sujeito histórico. Essa urgência foi a máxima de um professor universitário que não se conformava com o mundo em que viveu.
JULIANO CUSTÓDIO SOBRINHO, autor desta resenha, é professor do curso de História da Universidade Nove de Julho (Uninove).
Apologia da História ou O Ofício do Historiador, Marc Bloch, 160 págs., Editora Zahar, tel. (21) 2529-4750, 42,90 reais. De 18 de abril a 11 de maio, o cupom CIME-68BF1829-334 em zahar.com.br dá 30% de desconto.
Fantasia em voo
De um caderno em branco surgem os devaneios de um menino sobre um monstrinho que faz tudo voar, até a árvore onde mora o pássaro João-Garrancho. A história é contada em português e em braile. Em cada página, um elemento de destaque aparece em alto-relevo.
Enquanto João-Garrancho Dorme, Elizete Lisboa, 32 págs., Paulinas, tel. 0800-70-100-81, 33,90 reais.
Escola para todos
Uma instituição realmente inclusiva não deixa ninguém para trás e respeita o tempo e as necessidades de aprendizagem de cada aluno. A obra mostra, de maneira objetiva e com base na legislação brasileira sobre o assunto, o que é inclusão, por que ela é fundamental nas escolas e as etapas para colocá-la em prática.
Inclusão Escolar: O Que É? Por Quê? Como Fazer?, Maria Teresa Eglér Mantoan, 96 págs., Summus Editorial, tel. (11) 3872-3322, 35,40 reais.
Tudo sobre Elis Regina em um clique
Quem nunca ouviu ela cantar? Mesmo aqueles que conhecem pouco sobre ela, que é considerada a maior voz do Brasil, já cantarolaram Como Nossos Pais. Agora, quem quiser saber mais sobre a Pimentinha pode acessar o site feito em comemoração aos 70 anos dela. A biografia, os álbuns, e depoimentos de amigos, parceiros e familiares estão disponíveis. Destaque para o vídeo da última apresentação da cantora. Acesse aqui!
Infância retratada
Durante 12 anos, o elenco e a equipe de filmagem se reuniram para contar a história de um menino. Mason cresce aos olhos do espectador, que acompanha episódios comuns na biografia de todos nós, como brigas, o primeiro amor e a festa de formatura.
Boyhood....., Richard Linklater, 166 min, abr.ai/paramount, 39,90 reais.
A feira que forma leitores
Chegou a hora de se preparar para a Flipinha, parte da Feira Internacional Literária de Paraty (Flip) dedicada às crianças. Além de conversas com autores e ilustradores de literatura infantojuvenil, ocorrem apresentações de alunos e leituras na praça. O homenageado da vez é Mário de Andrade (1893-1945).
Flipinha. Praça da Matriz, Paraty - RJ. De 1 a 5 de julho. Grátis. Não precisa de inscrição. Acesse o site!
Bela na versão original
Diz-se que tradução é traição. Segundo a máxima, não se pode reescrever uma história em outro idioma. Marie-Hélène Catherine Torres mostra que não. Ela traduziu um clássico dos contos de fadas e revela detalhes do ofício.
MARIE-HÉLÈNE CATHERINE TORRES, é tradutora e professora universitária
Como é o trabalho?
O tradutor lê e interpreta. Nenhum texto será traduzido da mesma maneira porque cada profissional tem bagagem, formação e estilo próprios. Além disso, o contexto é sempre um aliado.
Dá para traduzir expressões regionais?
Nesses casos, há duas opções: buscar uma frase equivalente na língua e cultura para a qual se traduz ou procurar traduzir literalmente. Isso não significa fazer um mau trabalho. Ao contrário, pode ser a chance de revelar o costume de outro país.
É mais difícil trabalhar com um texto conhecido?
Não. Tradução e adaptação são diferentes. Bela e a Fera tem muitas adaptações. São ligadas ao original, mas os estilos e o fio condutor mudam e viram outras narrativas. Nelas, a fada madrinha some, mesmo sendo importante. Já nessa tradução, me baseei no primeiro texto publicado, sem alterar elementos da história.
Bela e a Fera, Jeanne-Marie Leprince de Beaumont, Marie-Hélène C. Torres (trad.), 56 págs., Editora Poetisa, tel. (19) 2534-0043, 37 reais.
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