A turma solta a imaginação e desenha bichos que não existem
Para superar a imitação dos livros, especialista propõe uma atividade que retoma o desenho de imaginação
PorNOVA ESCOLA
13/01/2016
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Jornalismo
PorNOVA ESCOLA
13/01/2016
O desenho já faz parte da rotina do 1º ano da EMEB Edson Danillo Dotto, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. A professora Daniella Corrêa Bezerra promove atividades de Arte combinadas à leitura pedindo que as crianças desenhem após ouvir as histórias. Ela notou, porém, que elas tendem a copiar o que veem nos livros. Nessa idade, os alunos querem produzir o desenho considerado correto, mais próximo à representação do real.
Pensando nisso, Marisa Szpigel, a Zá, coordenadora de Arte da Escola da Vila, em São Paulo, propôs uma atividade que retoma o desenho de imaginação, mais usual na Educação Infantil. Os alunos fazem as ilustrações de um livro sem ver as imagens dele, só com as informações do texto. Depois, com a apreciação de obras de vários artistas e das suas próprias, eles refletem sobre as possibilidades de representação de uma mesma coisa.
A obra escolhida foi O Grúfalo (Julia Donaldson e Axel Scheffler, 32 págs., Ed. Brinque-Book, tel. 11/3857-1124, 36,30 reais), que descreve um animal imaginário. Primeiramente, Zá anunciou que faria a leitura do livro e avisou que as crianças fariam o trabalho de ilustrá-lo. Para isso, precisariam prestar muita atenção às partes com descrições do personagem
Depois da leitura, em grupos, cada criança recebeu caneta, lápis de cor e um papel. Zá explicou que eles deveriam fazer a cabeça do animal na metade superior do papel e o corpo na metade inferior. Com os desenhos prontos, a formadora mostrou à turma o Grúfalo imaginado pelo ilustrador da obra, comparando-o com as produções dos alunos.
Zá mostrou, então, o livro Bichos Que Existem e Bichos Que Não Existem (Arthur Nestrovski, 56 págs., Ed. Cosac Naify, tel. 11/3218-1444, 39,90 reais) para ampliar as referências que as crianças têm de imagens desse tema.
Zá, Daniella e a coordenadora pedagógica Carla Freschi de Araújo destacaram a cooperação entre as crianças. Elas se ajudaram na hora de desenhar, ao recordar a descrição do livro, e na apreciação, ao mostrar quais elementos chamaram a atenção. As educadoras também comentaram a importância de validar a produção dos alunos que saem do que é convencionalmente esperado e como é necessário um repertório de Arte e de conhecimentos didáticos para que isso seja encaminhado a fim de alimentar o percurso criador de todos. Para isso, Zá indicou a leitura do livro Desenho na Educação Infantil (Rosa Iavelberg, 144 págs., Ed. Melhoramentos, tel. 11/ 3874-0880, 54 reais).
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