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Sala de Aula | Ciências | do 6º ao 9º ano | Sala de aula

Por dentro da bola e os estádios

Leve a turma a descobrir e entender a evolução tecnológica do futebol

POR:
NOVA ESCOLA, Ana Ligia Scachetti e Larissa Teixeira
Os meninos de Moshi, na Tanzânia, fizeram uma bola com resíduos coletados na escola. Foto: Caio Vilela

A tecnologia é uma forte aliada para que resultados melhores sejam alcançados a cada edição da Copa do Mundo. Como o ensino de Ciências deve preparar os estudantes para compreender as transformações dos materiais utilizados pela sociedade, você pode colaborar com a reflexão da garotada sobre a evolução ligada ao esporte. O físico Cristian Annunciato, coordenador da Abramundo, propõe uma sequência didática com foco na bola e nos estádios. 

O modelo feito em classe tem recortes de tecido e é preenchido com jornal amassado. Foto: Bruno Algarve

Explique aos alunos que eles vão estudar o futebol pelo olhar da ciência, começando pelas bolas. Pergunte se sabem como são fabricadas e se já tentaram fazer alguma. A foto que abre esta reportagem mostra estudantes de uma escola de Moshi, na Tanzânia, que improvisaram o brinquedo com resíduos variados. Reúna os comentários e proponha que construam, em grupos, uma bola com uma bexiga (balão de borracha), tecido, jornais, fita adesiva, linha e agulha (providenciados por você). Depois, ajude-os a refletir sobre os resultados. Questione, por exemplo, por que usar só a bexiga não é uma boa opção. Eles devem notar que ela é leve e estoura facilmente. 

As bolas mais antigas eram de couro e, quando molhadas, ficavam muito pesadas. Foto: Bruno Algarve

Sugira que os estudantes observem os objetos separadamente e reflitam sobre suas propriedades. Entre elas, estão a inércia (que indica quão difícil é alterar o estado de movimento de um corpo), a resistência (capacidade de resistir a uma força sem se romper) e a elasticidade (que permite que um material se deforme e retorne à forma inicial). Os alunos podem perceber que a bexiga é feita de material elástico e que por possuir pouca massa apresenta pouca inércia. Verão, ainda, que o tecido é mais resistente que a borracha, mas não é muito elástico. E a folha de jornal é fácil de rasgar individualmente, mas quando há várias sobrepostas elas ficam resistentes. "Mais importante que aprender a definição dessas propriedades é associá-las com a experimentação realizada", aponta Maurício Pietrocola, professor da Universidade de São Paulo (USP).

Indique que os adolescentes pesquisem na internet sobre como a bola surgiu e foi aperfeiçoada e os materiais usados na sua fabricação. Após todos compartilharem as descobertas, complemente-as com a leitura dos sites bit.ly/evolucao-bola, e bit.ly/evolucao -bola2. Para sistematizar os conhecimentos adquiridos, solicite que construam no caderno uma linha do tempo das bolas que já foram usadas na Copa, chegando até a Brazuca. 

A superfície da Brazuca foi pensada para que tivesse mais aderência e estabilidade no campo. Foto: Bruno Algarve

Após as reflexões, distribua mais materiais para que os grupos construam uma segunda bola. Agora, todos farão igual. O revestimento será feito com pedaços de tecido em forma de pentágono e hexágono. Uma bola de tamanho oficial leva recortes de 20 hexágonos e 12 pentágonos com lados de 4 centímetros, aproximadamente. Para auxiliar o corte, faça modelos dessas figuras em papel. Ao redor de um pentágono, devem ser costurados cinco hexágonos. Neles, são pregados novos pentágonos, deixando um único gomo solto, por onde a bexiga é inserida. Ela deve ser preenchida com tecidos e jornais, enrolados com fita adesiva. Depois disso, costura-se o último gomo que havia ficado solto. "A bola oficial possui um balão de borracha próprio. A bexiga é uma solução para que a classe compreenda a técnica empregada", comenta Annunciato. Combine com o professor de Educação Física para que os adolescentes testem as bolas e anotem as diferenças de performances obtidas.

Onde os craques vão brilhar 

Tão importante quanto a bola é um campo em boas condições. Para introduzir esse tema, solicite que todos leiam a reportagem disponível aqui, prestando atenção nos dados sobre a drenagem. Convide-os, então, a construir um modelo desse sistema com garrafa PET, cascalho, areia, terra e algodão ou estopa. Brotos de alfafa ou alpiste farão as vezes da grama. 

Na Alemanha, o gramado do Veltins-Arena é retirado do estádio para tomar sol. Foto: Volker Hartmann/DDP/AFP

Os grupos deverão seguir os passos indicados no quadro abaixo. Cada equipe pode posicionar as camadas em uma ordem, deixando a "grama" em cima e o algodão no fim. Com os protótipos prontos, devem despejar água sobre o "gramado" e marcar em quantos minutos ela chega até o bico. Organize para que um grupo por vez faça o experimento e todos anotem o que viram. Se a camada superior ficar empoçada, isso indica que a composição não é eficiente. 

Após debater os resultados, diga que pesquisem outras tecnologias dos estádios. Eles podem encontrar o Veltins-Arena, em Gelsenkirchen, na Alemanha, que transporta a grama para tomar sol do lado de fora. Peça que a turma apresente seus achados e compare essas estruturas com as brasileiras. "A maioria dos estádios daqui foi concebida nas décadas de 1940 e 1950 e contemplava tanto o futebol como a pista de atletismo", recorda Marcos Paulo Cereto, autor da dissertação Arquitetura de Massas: O Caso dos Estádios Brasileiros. "Agora estamos fazendo espaços exclusivos para futebol. Isso dá a possibilidade de as arquibancadas serem mais próximas do campo, como acontece em outros países." Cereto destaca, também, que alguns projetos incluem ações sustentáveis como o aproveitamento da água da chuva. Caso você esteja em uma cidade-sede da competição, organize uma visita ao estádio com a turma. 

Para avaliar os resultados, retome os modelos de bolas e da estrutura de drenagem construídos. Solicite que cada aluno faça um texto sobre os pontos fortes e os aspectos a melhorar nos trabalhos realizados em grupo. "Todos vão passar a ver as partidas de futebol com um olhar mais científico. Além disso, vão observar outros objetos analisando que elementos são utilizados em sua constituição", resume Annunciato.

Modelo de drenagem. Ilustração: Bruno Algarve

1 Uma bola para chamar de sua Distribua bexigas, tecidos, fita adesiva, linha e agulha para que os estudantes construam uma bola. Deixe que os grupos apresentem o que criaram e testem a performance na quadra. 

2 Antepassados da Brazuca Oriente todos a fazer uma pesquisa sobre a evolução da bola da Copa do Mundo. Peça que montem no caderno uma linha do tempo, destacando as inovações tecnológicas de cada uma delas. 

3 O gramado sem poças Continue a abordar a tecnologia, agora com foco nos estádios. Oriente a construção de um protótipo da drenagem do gramado e, depois, peça uma pesquisa sobre as inovações nos estádios. Promova um debate sobre as descobertas.

 

Confira a visita guiada ao estádio Arena Pernambuco:

 

 

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