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Jornalismo

Mexer com tinta...

...dá às crianças a possibilidade de explorar diferentes materiais e, assim, se aproximar de uma importante expressão artística

PorPaula Nadal

15/12/2015

Primeiros contatos

Antes de completar 1 ano, o bebê já pode mexer com tinta. Basta ele se sentar sem apoio e segurar objetos com firmeza. Para protegê-lo do frio e de intoxicações, forre o chão com plástico grosso e só prepare tintas com corantes comestíveis, como beterraba e açafrão (é importante ter gosto ruim para não confundir com a refeição). Coloque o preparado em bacias e deixe os pequenos sentirem as texturas. Ponha papéis e pincéis grossos por perto para eles imprimirem seus primeiros traços.

 

Garatujas texturizadas

Entre 1 e 2 anos, a criança já é capaz de ficar em pé sozinha. Incentive essa postura para pintar, pois ela amplia o campo visual e facilita o movimento de braços e tronco. Como muita coisa ainda é levada à boca, atenção às tintas - que já podem ser preparadas com terra e cola branca. Estimule a experimentação com texturas (afinar com água e engrossar com farinha) e cores (misturar umas às outras). Para produzir suas garatujas, cada um deve ter seu papel fixado na parede na altura adequada.

 

Desenhos pincelados

A orientação de pintar em pé e cada um com seu papel vale também para os maiores, até 3 anos. Como nessa fase as crianças conseguem discernir o que pode ou não ser levado à boca, o guache pode entrar em cena. Mas tenha a certeza de que as tintas são antialérgicas e reconhecidas como escolares por órgãos competentes. Nessa idade, a turma começa a controlar melhor o gesto e, assim, passa a registrar formas mais elaboradas, como círculos e quadrados.

O papel do professor

A professora prepara tinta na frente da turma: o ideal é propor desafios diferentes a cada dia e, ao final, expor as produções

Em todas as idades, deixe os pequenos experimentarem e se sujarem e, logo após as atividades com tinta, dê um banho nos bebês e leve os maiores para lavar mãos e rosto. Faça uma boa pesquisa sobre ferramentas e produtos apropriados para cada faixa etária e prepare o ambiente antes de cada proposta. Também é seu papel pensar em desafios diferentes e garantir que o trabalho seja contínuo (ou até diário). Ao final, não se esqueça de expor as produções da turma.

Consultoria: Anthony Wong, do Hospital das Clínicas; Damaris Maranhão, do Instituto Avisa Lá; Marisa Szpigel, do Instituto Moreira Salles; Mirca Bonano, do Instituto Arte na Escola, todos em São Paulo; e Monique Deheinzelin, arte-educadora, de Campinas (SP).

Fotos: Fernanda Sá; Agradecimento: CEI Manoel Bispo Dos Santos/Grão da Vida, em São Paulo
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