Números grandes para os pequenos
Com ditados e materiais simples como calendários, jogos e coleções, a turma de 6 anos vai muito além do 0 a 10
PorFaoze Chibli
11/09/2016
Este conteúdo é gratuito, entre na sua conta para ter acesso completo! Cadastre-se ou faça login
Compartilhe:
Jornalismo
PorFaoze Chibli
11/09/2016
Em muitas escolas de Educação Infantil, os números são ensinados pouco a pouco, e não passam do 10. Mas, em Paragominas, a 319 quilômetros de Belém, os professores planejam suas aulas partindo do pressuposto de que a criança, mesmo antes de ingressar na escola, conhece muito a esse respeito. Na TV, todos vêem propagandas anunciando o preço de um carro e, no videogame, a pontuação chega aos milhares.
Para sistematizar esse conhecimento, as escolas propõem atividades e situações que permitem perceber o valor dos algarismos conforme a posição que ocupam. Idéias simples como uma coleção de tampinhas ou contar qualquer coisa - palitos de sorvete, os dias que ainda faltam para um passeio ou aniversário - ajudam no aprendizado da escrita numérica e a saber, por exemplo, que 15 é maior que 5 e que 253 não é escrito assim: 200503.
O ditado é uma estratégia valiosa, assim como o uso de materiais como cartelas numeradas, calendários e jogos de percurso. Tudo isso faz parte das aulas da professora Débora Costa Ferreira, da EMEF Dom João VI, de Paragominas, para a turma de 6 anos. "Ao falar de datas comemorativas e dos aniversários, as crianças entram em contato com o sistema de numeração, adquirindo esse conhecimento primordial para os futuros aprendizados", afirma Débora. "Para intervir, observo e registro tudo."
Priscila Monteiro, coordenadora do programa Matemática é D+, da Fundação Victor Civita, destaca as condições fundamentais para que os resultados das atividades sejam positivos: organização de grupos de, no máximo, cinco componentes, disponibilidade de material para todos e repetição da atividade para que a garotada se familiarize com as propostas de ler, nomear e escrever números.
A criança pode, por exemplo, dizer que tem 3 anos, que ganhou duas balas, que tem quatro irmãos etc., e confundir a escrita do 6 com a do 9, ou não saber como se escreve o 8. Durante as atividades, ela terá oportunidade de defender seu ponto de vista perante os colegas, questionar o dos outros, argumentar e tirar conclusões. Priscila alerta: "Essas ações não acontecem de forma espontânea. Cabe a nós, professores, organizar vários momentos que favoreçam a troca".
Contatos
Bibliografia
Últimas notícias
Cultura
Educação Infantil: dicas para trabalhar o folclore com as crianças
Confira alguns caminhos para consolidar propostas que valorizem as diferentes manifestações culturais do nosso país
Planejamento
Diagnóstico e planejamento para o segundo semestre de aulas
Após um período desafiador, é hora de identificar as lacunas e encontrar caminhos para vencer a defasagem de aprendizagem
Prática pedagógica
Professor iniciante: como fazer uma boa gestão da sala de aula nos Anos Finais do Fundamental
Educadores com mais de 20 anos de experiência em escolas públicas compartilham suas estratégias para lidar com os desafios do início da carreira
Para sua prática
Folclore: 14 materiais para trabalhar o tema o ano todo
Confira uma curadoria de conteúdos com sugestões para todas as etapas
Planejamento
Alfabetização matemática: o que priorizar no segundo semestre
Confira as quatro pontos que não podem ficar fora do seu planejamento