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Jornalismo

Como você pode ajudar seus alunos que se preparam para o Enem

Faltam apenas duas semanas para a aplicação do principal exame para ingresso à universidade. Como o professor pode ajudar seus alunos nessa hora

PorLarissa Darc

20/10/2017

Salvador (BA): Alunos do 3° ano do ensino médio do Colégio Estadual Ruben Dário realizando simulado para o ENEM. (Foto: Suami Dias | Fotos Públicas)

Cerca de 6,7 milhões de brasileiros prestarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 5 e 12 de novembro. As avaliações, divididas em quatro campos do conhecimento e uma redação dissertativa, são o principal meio de ingresso em universidades públicas e particulares com bolsa ou financiamento. Por isso, se tornaram um dos momentos mais esperados no calendário dos estudantes que estão concluindo o Ensino Básico.

O professor de Ensino Médio pode ajudar na preparação de seus alunos para o teste. Veja como:

Ainda dá tempo de estudar?

Botar todo o conteúdo do Ensino Médio em dia com apenas duas semanas de antecedência é uma tarefa complicada. “Uma coisa que ajuda muito é olhar as provas antigas para entender quais são os temas mais abordados. Uma busca rápida na internet pode mostrar alguns levantamentos sobre eles”, explica Henrique Braga, gestor de conteúdo do Sistema Anglo. Ele ressalta que a análise da estrutura da prova é ainda mais importante do que o conteúdo aplicado. “O conhecimento na área é criar bagagem para interpretação dos enunciados. Ensinar a contextualizar o texto base com os conhecimentos adquiridos é primordial para um melhor desempenho.”

Como preparar uma aula de revisão?

“Os professores que planejam uma revisão precisam direcionar o foco, calcular o tempo e fazer uma seleção dos temas mais relevantes. Na estrutura de revisão, que se diferencia de uma aula normal, o ponto central é a síntese da teoria, aplicando apenas exercícios representativos”, ensina Miguel Arruda, supervisor pedagógico do Colégio Stockler. Isso ajudará a fixar os pontos centrais abordados ao longo do ano.

Vale a pena aplicar simulados?

Sim. Além da criação de familiaridade com a prova, também pode ajudar a turma a conhecer o formato de preenchimento do gabarito. Henrique defende que simulados sejam aplicados com propósito. “Eles podem ser úteis para explicar a lógica de correção do Enem, que valoriza o grau de coerência das respostas. Na hora da correção, a alternativa correta é a menos importante. É mais produtivo entender o erro por trás das questões incorretas”, diz o educador.

Como lidar com a ansiedade dos estudantes?

Estimule uma preparação saudável, sem excessos. Miguel dá a dica para balancear os estudos. “É preciso buscar o equilíbrio entre a revisão, a leitura dos resumos e o descanso. O aluno pode passear, ir ao cinema e relaxar, sem perder o foco. Mas precisa se alimentar corretamente e dormir bem”.

É preciso falar sobre as regras do dia da prova?

Ainda que seja responsabilidade dos estudantes procurar essas informações, não custa reforçar as orientações e dar eventuais dicas para ninguém ser pego de surpresa. Por exemplo, apenas canetas esferográficas pretas de material transparente são permitidas na mesa dos vestibulandos, mas é bom levar uma reserva, para o caso de a tinta falhar. Além disso, é recomendável que se confira a previsão do tempo e leve alimentos - água, biscoitos e chocolates, desde que lacrados. Isso pode ser checado pelos aplicadores - para estarem confortáveis no momento da avaliação. Por fim, lembrar sempre que é preciso ir ao local do exame com tempo de sobra para não se tornar um dos já tradicionais casos de alunos barrados por chegarem depois do fechamento dos portões, às 13h (horário de Brasília. Em outras regiões do país, pode ser às 10h, 11h ou 12h).

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