Atividades práticas para exercitar a criatividade
Todos nós a usamos em alguma medida. Conheça exercícios práticos para desenvolver isso em você
21/07/2016
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Jornalismo
21/07/2016
Desde o início do blog, temos conversado muito sobre a nossa relação como leitores de literatura, mas pouco sobre nós mesmos como criadores dela. Sim, nós também podemos ter esse papel. Mas, sempre que penso nessa possibilidade, me assusto. Além de precisar dominar a língua com maestria, como fazem ícones como Valter Hugo Mãe, Mia Couto, Carlos Drummond de Andrade e tantos outros, também é necessário ser criativa. E me sinto incapaz de conseguir ser criativa para a concepção de algo autoral na ficção.
O engraçado é que isso se mostra contraditório, pois, como jornalista, tenho algumas questões no dia a dia de NOVA ESCOLA que guardam semelhanças com o que chamo de “perguntas para criatividade”. Qual história é interessante para ser contada? Como trazê-la à tona de modo a torná-la única? De que modo escrevê-la para que o leitor a acompanhe até o final?
Então, espera aí… Eu estou trabalhando com criatividade? Pois é, queridos, todos nós a usamos em alguma medida. E você também, toda vez que faz o planejamento da sua aula ou que pensa em intervenções mais adequadas para um aluno específico, por exemplo.
Mas, se ainda assim, você sente um arrepio quando ouve o comando “seja criativo!”, trago uma boa notícia: existem exercícios práticos e até divertidos para você desenvolver a tão sonhada criatividade. Há algum tempo, recebi esse estranho livro, chamado Roube como um artista – o diário (Austin Kleon, 224 págs., 29, 50 reais). Ele não tem história, nada de começo, meio e fim e personagens interessantes para acompanhar. Na verdade, é um compilado de tarefas para trabalhar o nosso olhar em relação às coisas, enxergando o que elas podem se tornar. Sabe o ditado: “Nada se cria. Tudo se copia”? É mais ou menos assim. Mas não vá começar a fazer CTRL + C, CTRL + V. Explico: nós nos inspiramos, ganhamos referências, desconstruímos e reconstruímos ideias observando a vida e a arte, que são as matérias-primas criadoras.
Destaco três atividades que me chamaram a atenção e que você pode fazer aí na sua casa:
1) Desenhe nove imagens triangulares idênticas em uma página e nove imagens circulares idênticas em outra página. Embaixo de cada uma delas, escreva uma legenda diferente.
2) Encontre uma nota fiscal e cole em um papel. No verso ou ao lado, escreva tudo o que se lembra do dia em que fez essa compra.
3) Empilhe livros. Escreva um poema com as lombadas e desenhe a pilha.
O que você aprende com essas propostas:
1) Uma imagem tem muito mais interpretações possíveis do que a primeira resposta que vem à sua mente.
2) A nossa vida cotidiana rende várias histórias interessantes, mesmo aquelas situações que parecem insignificantes.
3) Um poema não precisa sair de um insight divino durante uma tarde bucólica nem precisa resultar em versos à la Fernando Pessoa para ser cativante.
Então, vamos trabalhar? Me contem como foram as experiências de vocês aqui nos comentários!
Até o próximo post!
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