Modalidades oral e escrita
Porprofessor
02/09/2017
Compartilhe:
Jornalismo
Porprofessor
02/09/2017
Tem interesse no tema "Neurociência, adolescências e engajamento nos Anos Finais"?
Inscreva-se neste tema para receber novidades pelo site e por email.
6º, 7º, 8º, 9º
15 minutos
Gravador, lápis, canetas coloridas, papel e borracha
Inicie a atividade informando aos alunos o objetivo principal: debater quais adaptações são necessárias para transformar um relato oral em texto bem escrito.
A ideia é aprender esse processo na prática, adaptando uma narração para a forma de uma composição escrita. Para estimular a discussão, estimule um debate sobre as principais características da oralidade. Que recursos são exclusivos da fala? Quais as funções dos gestos e da entonação? E as hesitações e repetições de palavras, por que são tão usuais? Em seguida, indague: quais desses aspectos devem ser mantidos num texto, para preservar sua forma e conteúdo, e quais devem ser retirados? Por fim, peça que cada um converse com algum familiar durante cinco minutos e registre o papo em um gravador. O assunto deve ser uma passagem marcante da vida, como a mudança de cidade, o nascimento de um filho ou a saída de um emprego, para que a fala seja carregada de emoção.
Trecho por trecho, os estudantes devem ouvir os depoimentos individualmente e transcrevê-los no caderno. É importante que registrem exatamente o que ouvem, inclusive as hesitações e as repetições, importantes marcas da oralidade.
Momento da edição, que pode ser dividido em duas etapas. Primeiro, peça que os alunos cortem passagens que cumprem uma função na fala, mas são desnecessárias na escrita. É o caso de repetições de expressões ou de ideias e de hesitações. Se ao longo do depoimento o aluno tiver introduzido alguma pergunta para desenvolver o assunto com o narrador, ela também deve ser eliminada.
Nessa fase da edição, peça que a turma substitua termos vagos por outros mais precisos, inverta passagens do texto para torná-lo mais claro e insira sinais de pontuação para tentar transmitir as emoções expressas oralmente pelo narrador. Com todas as alterações já feitas, oriente os estudantes a redigir a versão final considerando todas as mudanças.
Compare a gravação com a versão escrita. Analise o texto final e sua apresentação, verificando se o depoimento transcrito manteve a emoção original e indicando quais palavras poderiam ser utilizadas caso o objetivo não tenha sido atingido. Note se os passos da retextualização foram bem feitos ou faltou algum deles, discutindo individualmente com os alunos o que poderia ser alterado para que o texto ficasse mais adequado à proposta sugerida.
Créditos: Cláudio Bazzoni Formação: Assessor de Língua Portuguesa da prefeitura de São Paulo e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Últimas notícias