Como ajudar as crianças a se colocarem no lugar do outro
Pornovaescola
02/09/2017
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Jornalismo
Pornovaescola
02/09/2017
Objetivo compartilhado com as crianças (produto final)
Creche, Pré-escola
4 meses
Introdução
Cuidar do outro implica compromisso com o semelhante, é ação pautada em princípios e valores. Implica em desenvolver solidariedade e compreensão, em ter uma dimensão ética e de respeito com as pessoas. Aprender a cuidar do outro implica num intenso processo de interação e de formação de vínculos.
O cuidado com o outro é concretizado em ações e atitudes realizadas para promover o conforto e o bem-estar do outro. O toque físico é uma das principais manifestações de cuidado e bem presente no cotidiano das crianças de educação infantil. O ato de tocar aproxima as crianças entre si.
Ao cuidar do outro a criança começa a exercitar a déia de se "colocar no lugar do outro", o que é, inicialmente, bastante difícil para as crianças tão pequenas. No entanto, por meio da forma como foram e são cuidadas pelos adultos e de como estes os auxiliam a perceber o que outro pode sentir, as crianças começam a desenvolver a empatia necessária para cuidar do outro.
Cuidar é ajudar, é suprir necessidades do outro, ajudá-lo a superar as dificuldades em que se encontra. Cuidar é também ajudar o outro a cuidar-se, orientar, educar, incentivar, estar junto. O cuidado efetivo é sentido como uma expressão de interesse e carinho.
Neste âmbito de experiência nossas idéias de Educação Infantil nos levam a querer crianças que possam acolher as diferenças, por meio da promoção de situações de igualdade e no auxílio à superação de diferenças.
Os trabalhos em pequenos grupos, o conhecimento e o respeito às diferenças, a ampliação do conhecimento de outros povos e culturas, pode gerar bons projetos de trabalho neste âmbito.
Atividade 1 - a professora apresenta às crianças um filme sobre alguma etnia indígena e conversa com as crianças sobre seu modo de vida, educação de crianças, alimentação.
Especificidades
0 a 2 anos
A criança a partir de 1 ano mais ou menos imita as ações dos adultos com s quais convive - imita falas, gestos, expressões e reações. Percebe-se um início ainda incipiente desses cuidados com o outro quando as crianças começam a imitar os adultos em situações de cuidados, como por exemplo; tentar dar comida para seu colega ao lado, colocar a chupeta na boca de um bebê que chora, ninar uma boneca ou, até fazer "massagem" em outra crianças após ter sido massageada.
2 a 5 anos
Nesta faixa etária a socialização começa a ganhar força. Ter um amigo do peito e agir em pares ou trios começa a fazer sentido para as crianças e um forte sentimento de pode aparecer entre elas. Nas brincadeiras é comum as crianças fazerem coisas ajudando umas às outras, uma ensinando à outra como joga um jogo ou como rolar um pneu
Já é possível nesta idade haver um sentimento de solidariedade quando alguém se machuca e alguns podem querer ajudar a cuidar do ferimento do outro. No entanto muitos preconceitos já se manifestam, assim como atitudes de intolerância que precisam ser tematizadas e conversadas claramente com as crianças. Por isso é muito importante que nesta faixa etária a criança possa conhecer a identidade cultural brasileira e a diversidade étnica que compõe o provo brasileiro
O mesmo é realizado a partir de livros informativos ilustrados.
A professora apresenta o projeto aos pais e pede a colaboração deles caso tenham material sobre os brinquedos indígenas ou brinquedos sonoros em casa para que as crianças tragam à escola.
A professora apresenta para as crianças uma diversidade de brinquedos sonoros de origem indígena tais como chocalhos, bastões de ritmo, , matraca, trocano, pios de pássaros, entre outros.
As crianças são divididas em duplas por afinidade e livre escolha e convidadas a explorar em duplas os diferentes brinquedos, pesquisando do que e como são feitos.
Conversar sobre os brinquedos em roda de conversa.
Em duplas as crianças decidem qual dos brinquedos confeccionar.
A professora discute com as crianças se esse tipo de brinquedo tem valor para crianças que não enxergam bem.
Realização de uma atividade externa, conhecer escolas que atendem crianças com deficiência e conhecer os brinquedos que elas usam.
Conhecer e explorar catálogos de brinquedos para crianças com deficiência visual.
Escolher no sucatário, quais objetos podem ser usados para a confecção dos brinquedos sonoros.
As duplas levantam todo o material que vão precisar para fazer o brinquedo, tesoura, cola, papel, tinta, etc.
Em duplas confeccionam o brinquedo ajudando-se mutuamente
(quando não conseguem resolver um problema da confecção são incentivadas a buscar ajuda em outra dupla e/ ou à professora ¿ a professora auxilia as crianças sempre que julgar necessário).
A professora, com a ajuda das crianças e de seus pais, faz uma vistoria completa nos brinquedos para verificar se estão bem acabados e seguros.
As crianças empapelam e decoram uma caixa para colocar os brinquedos sonoros.
As crianças levam os brinquedos na escola de deficientes visuais.
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