Arte Rupestre – as diferentes marcas deixadas pelo homem pré-histórico
Pornovaescola
02/09/2017
Este conteúdo é gratuito, entre na sua conta para ter acesso completo! Cadastre-se ou faça login
Compartilhe:
Jornalismo
Pornovaescola
02/09/2017
Ampliar o conceito sobre a linguagem do desenho pela apreciação, análise e comparação de registros rupestres em sítios arqueológicos da Brasil, Espanha e França.
A linguagem do desenho na arte rupestre, técnicas e procedimentos utilizados pelo homem pré-histórico.
7º, 8º
4 aulas
Imagens de pinturas rupestres das Grutas de Lascaux, Niaux e Pech-Merle (França); da Caverna de Altamira (Espanha), da Toca do Arapuá do Congo e da Toca do Morcego (São Raimundo Nonato, PI).
Inicie uma conversa com a turma sobre o tema pré-história e questione se eles conhecem representações artísticas da época. Pergunte sobre registros já encontrados de povos pré-históricos e o que os caracteriza. Os seres humanos escolheram as paredes das cavernas como suporte para seus primeiros registros. Daí, a designação de arte rupestre: gravação, traçado e pintura sobre suporte rochoso. Apresente a proposta de trabalhar o tema em aula, com apreciação de artes rupestres de diferentes origens.
Apresente a pintura rupestre Bisonte (c. de 15 mil anos), da Caverna de Altamira, na Espanha, e inicie a apreciação da obra. Questione os alunos: O que identificam na imagem? Com o que ela se parece? Como acham que a figura foi feita? Que características ela têm?
A seguir, exponha as pinturas Cavalo atingido por flechas (c. 15 mil – 10 mil anos) da Gruta de Lascaux e Bisonte atingido por flecha (c. 15.000 anos) da Caverna de Niaux, ambas na França. Nas duas, os animais aparecem sendo atingidos por flechas. Questione o que isso poderia significar.
Mostre a imagem dos Cavalos e silhuetas de mãos (c. de 20.000 – 15.000 anos), da Gruta de Pech-Merle, na França, que são mãos em negativo. Peça que os alunos comparem as representações: O que há de semelhança e diferença entre elas? Em que superfície as imagens foram feitas? Nesse momento, eles podem observar o movimento dos corpos dos animais e inferirem se estão parado ou em movimento, por exemplo (como Cavalo da Gruta de Lascaux, em que as patas separadas e intercaladas indicariam uma ação de galope), e o que representariam. Qual seria a intenção: decoração, comunicação ou uma forma de expressão? É interessante os estudantes observarem que, mesmo encontrados em locais distintos, há elementos em comum entre os desenhos analisados, como a temática e o suporte usado, e outros específicos, a exemplo da técnica.
Chame a atenção dos alunos para os elementos que os compõem, como o fato de não serem estereotipados, mas a silhuetas realistas dos animais retratados. Peça que reparem nas características corporais, se são proporcionais. Diga que, por se tratar de algo tão antigo, não há certeza sobre a função dos desenhos, mas algumas hipóteses levantadas por antropólogos e arqueólogos. Uma delas é de que as imagens retratariam cenas do cotidiano dos homens pré-históricos, como a caça (representada pelas flechas em algumas das pinturas). Com essa apreciação, os estudantes aumentam o repertório de representações corporais.
Volte às atenções da turma para questões técnicas envolvidas nas obras. Retome as imagens iniciais e converse sobre como elas foram feitas. Com quais materiais? Que cores é possível identificar? Há uma predominância do preto, do amarelo e do vermelho em todos os desenhos, o que pode ter relação com os pigmentos disponíveis na época. Solicite que a classe tente concluir de que maneira os pigmentos eram feitos. Os alunos podem atribuir o preto ao carvão, por exemplo. Conte que possivelmente elas eram feitas realmente com corantes naturais a base de óxidos minerais, terras e carvão misturados com gordura e sebo animal.
Em algumas obras, como e Bisonte atingido por flecha, o contorno era criado com incisões feitas diretamente na rocha. Peça que os alunos observem a diferença entre esse desenho e a pintura Bisonte. Destaque, também, a diferença na técnica usada em Cavalos e silhuetas de mãos, em que aparecem imagens de mãos em negativo. Pergunte como eles acham que a imagem foi feita. Os alunos devem conseguir identificar diferentes técnicas, recursos e materiais para a criação dos desenhos.
Diga que além dos animais, há artes rupestres que representam imagens humanas e grafismos, mas datadas de outros períodos. Para ampliar o repertório da garotada, sugira uma pesquisa, em duplas, de artes de outras regiões, como Ilha do Campeche e Costão do Santinho, em Santa Catarina, Gruta Cerca Grande, em Minas Gerais, e Gruta das Mãos, na Argentina. Você pode sugerir alguns sites, como lascaux.culture.fr e museodealtamira.mcu.es.
Retome o assunto, levantando as principais características da arte rupestre vista nos desenhos europeus. Apresente as pinturas, da Toca do Arapuá do Congo, e da Toca do Morcego, ambos do Parque Nacional Da Serra Capivara, em São Raimundo Nonato (PI) (em fumdham.org.br). Proponha o mesmo processo de apreciação feito anteriormente e peça que façam uma análise comparativa em relação às obras europeias. Informe que em um mesmo conjunto de pinturas, há desenhos datados de períodos diferentes.
Mostre as Gravuras do Caldeirão do Deolindo e da Toca da Roça. Chame a atenção para a diferença do relevo deixado pelas incisões nas pedras, surgindo o elemento tátil, formas arredondadas picotadas ou pequenos sulcos repetidos de formas alternadas, lembrando um registro escrito.
Os alunos devem observar que a temática e o estilo mudam em relação ao que viram anteriormente. Surgem figuras humanas e os desenhos não são tão realistas, com figuras mais simplificadas. Aqui, as pinturas pertencem a um período diferente e demonstram uma variação nos temas e nas formas como eles são representados. Destaque algumas das características específicas deste sítio arqueológico, como o tratamento linear das composições e a geometrização tanto dos animais como das figuras humanas.
Divida a turma em grupos de três alunos e distribua imagens de pinturas rupestres. Solicite que discutam se nos desenhos conseguem identificar as características estudadas nas aulas.
Créditos: MARTA LINK Cargo: Professora de Arte da escola E.E. Pequeno Cotolengo de Dom Orione, em São Paulo Formação: Mestre em Artes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp
Últimas notícias