Por que eu queria que todo mundo tivesse coordenadoras pedagógicas tão boas como as minhas
PorMara Mansani
26/09/2016
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Jornalismo
PorMara Mansani
26/09/2016
Valéria, coordenadora pedagógica da EE Professora Laila Galep Sacker, em Sorocaba (SP), onde trabalho (Foto: Mariana Pekin)
Ao longo dos meus quase 30 anos de carreira, trabalhei com vários coordenadores pedagógicos: Tânia, Cilene, Magdalena, Edimilson, Neusa, Anderson... São alguns dos bons profissionais, entre tantos, que encontrei nessa caminhada.
Olhando para trás, vejo que o tempo passou depressa, e pude ver muitas mudanças na Educação. Uma delas, aliás, foi o aparecimento da figura do coordenador pedagógico na escola. A primeira com quem trabalhei foi no final dos anos 1990. Já atuei como professora em 15 escolas diferentes – na capital, na Grande São Paulo e no interior do estado – e tive nada menos que 11 coordenadoras e quatro coordenadores pedagógicos.
Tenho muitas histórias vividas com esses profissionais para contar. A maioria delas são boas, mas também houve momentos difíceis. Lembro que em uma dessas escolas, em São Paulo, na segunda reunião de trabalho pedagógico com a nova coordenadora, que havia acabado de chegar, ouvimos estarrecidos que nossas aulas seriam assistidas por ela, para ver se o planejamento anual da instituição “batia” com nossos planos de aula, com a caderneta do professor e com os cadernos dos alunos. O problema não era as aulas serem assistidas, mas sim o papel autoritário e errôneo de fiscalizadora assumido pela coordenadora. Foi preciso muito diálogo e luta para vencer aquela situação. Mas, com o tempo, ela descobriu que éramos um grupo de professores comprometidos, experientes, e que em nossa escola só havia espaço para as relações democráticas.
Hoje, as coordenadoras pedagógicas das escolas em que trabalho, Valéria e Patrícia, vivem dentro das minhas salas de aula e das salas dos meus colegas. Em muitas, nós é que as chamamos. Elas são conscientes do papel de facilitadoras e orientadoras do trabalho do professor, acompanham passo a passo o que fazemos, mas sabem cuidar também da parte burocrática (chata, porém necessária) dos documentos.
Valéria e Patrícia têm perfis muito diferentes, mas algumas características em comum que julgo fundamentais para uma boa atuação de um coordenador pedagógico.
Essas características são:
Bom seria se todas as escolas pudessem contar com profissionais com essas características, pois eles fazem a diferença. Na figura de Patrícia e Valéria, minhas coordenadoras, quero prestar uma homenagem a todos os coordenadores desse nosso Brasil! O que seria de nós, professores, sem o trabalho comprometido desses profissionais?
Ah, e como dica, deixo o Guia de Estudo para o Horário Coletivo de Trabalho, disponibilizado para download neste link. Esse é um ótimo material para orientar os momentos de formação com a equipe. Leve essa sugestão para a sua instituição!
Um grande abraço a todos!
Mara Mansani
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