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Jornalismo

Crianças participam de leitura ao ar livre (Foto: Divulgação/Paulo Savala)

Crianças participam de leitura, no Parque da Água Branca, localizado na região da Barra Funda, na capital paulista (Foto: Divulgação/Paulo Savala)

Antes, animais enjaulados em viveiros. Depois, o abandono. Agora, espaço de leitura. De maneira muito rápida, esse é o resumo do que aconteceu no Parque da Água Branca, localizado na região da Barra Funda, na capital paulista. Antigamente, aconteciam eventos de exposição de animais. Por isso, era comum ver macacos, pássaros e outros animais presos nessas construções que se assemelham a coretos de cidades interioranas. Mas, na década de 1990, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proibiu a prática e aquele espaço do parque ficou inutilizado.

Porém, era comum que educadores do projeto “Pra Ler” levassem alunos da rede pública de ensino para realizar atividades de leitura no local. Incomodados com a falta de uso de um lugar com tanto potencial, a diretora do projeto, Tatiana Fraga, teve a ideia de escrever um projeto para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo para uma melhor utilização daquele espaço. Foi assim que nasceu o Espaço de Leitura.

Os viveiros se transformaram em estações de livros temáticas, como o Castelo Voador, que fica na Alameda Fantástica, e a Gruta do Grito, localizada no Beco dos Mistérios. Pelos nomes já dá pra imaginar que os frequentadores mais assíduos são as crianças – e é assim mesmo! Porém, não pensem vocês que somente os pequenos aproveitam o local. A maioria das crianças chegam com os seus pais. Mas, além disso, ainda há muitos adultos que usufruem da Casa dos Livros, o viveiro destinado a periódicos e literatura em geral. “O senhor Jorge, por exemplo, vai todos os dias ao parque, pega um livro, lê, marca a página em que parou e guarda escondidinho o livro para retomar a leitura no dia seguinte”, conta Patrícia Bomfim, assessora de comunicação do espaço.

Os leitores não precisam realizar nenhum tipo de registro e nem ficar em um local específico para ler. Pode-se ler nos bancos externos, dentro dos viveiros ou pelo parque. A organização só pede que devolvam os materiais pouco antes das 18h. Podemos imaginar que a ausência de registros facilita para que muitos títulos não voltem, mas o pessoal dessa biblioteca garante que as perdas são mínimas e vale cultivar a relação de confiança.

Além dessa belezura toda em forma de paisagem, aconchego e literatura, o espaço ainda oferece uma série de atividades bacanas, como o “maiúsculos & MINÚSCULOS” para os pequenos que chegam acompanhados de adultos, ou o “Supersônico: o Sarau do Espaço de Leitura”, comandado por um palhaço. Tudo para provar que leitura e prazer podem ser grandes amigos.

Para saber mais, acesse a página do Espaço de Leitura no Facebook clicando no link.

Se você é de São Paulo ou está por aqui, passe por lá! Se você conhece outro lugar parecido com esse, me conta nos comentários!

Espero que tenham gostado!

Até o próximo post! :)

Anna Rachel

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