Resultado do Pisa traz alerta sobre a diversidade de textos trabalhados na escola
06/03/2018
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Jornalismo
06/03/2018
Aqui na redação, desde segunda-feira, quando recebemos os dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), nos debruçamos em entender os erros e acertos da Educação brasileira.
Segundo a definição fornecida pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), órgão que promove o levantamento, as questões da área de Leitura esperam que os estudantes consigam compreender e utilizar textos escritos e sejam capazes de se envolver e refletir sobre o que leem para alcançar um objetivo, desenvolver conhecimento e participar ativamente da sociedade. Ufa! Mas, no fundo, tudo isso quer dizer que o teste avalia o nível de proficiência dos adolescentes no uso da língua. Segundo José Francisco Soares, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), precisamos ler o que está escrito nas linhas, o que está nas entrelinhas e o que não está escrito.
O teste apresenta questões que combinam diferentes elementos:
Os estudantes brasileiros vão melhor com as perguntas que se enquadram na primeira linha da tabela acima. Ou seja, e-mails, mensagens instantâneas, blogs, textos literários e informativos que sejam organizados em orações e parágrafos, com respostas facilmente localizadas no próprio texto. Já quando confrontados com enunciados que contêm textos mais complexos (documentos oficiais e notícias) e combinam vários elementos (imagens e gráficos), eles têm dificuldade de compreensão. Além disso, os jovens não conseguem encontrar as respostas que precisam de interpretação e relacionar essas informações apresentadas em diversos formatos.
Os critérios do Pisa são baseados nas competências e habilidades necessárias para que o indivíduo exerça plenamente a cidadania no século 21. Olhando para os nossos resultados, temos uma informação preocupante: mais de 50% dos alunos estão abaixo das habilidades básicas esperadas. Se um dos objetivos da escola é justamente preparar os jovens para exercer a cidadania, estamos com um problema nas mãos.
O que podemos fazer para muda isso? Um ponto importante é a diversificação dos tipos de texto. Promover aulas de interpretação de textos jornalísticos ou até mesmo científicos e fazer discussões sobre leitura de mapas e infográficos são possibilidades interessantes. Pensando nisso, preparamos uma lista de ideias para trabalhar esses aspectos da leitura e outros temas relevantes das demais áreas.
Afinal, só vale fazer uma avaliação se ela for seguida de reflexão e mudança. Então, é hora de arregaçar as mangas, pois há muito o que ser feito!
Até o próximo post!
Anna Rachel
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