Seis leituras essenciais para lidar com o racismo na Educação Infantil
17/11/2016
Este conteúdo é gratuito, entre na sua conta para ter acesso completo! Cadastre-se ou faça login
Compartilhe:
Jornalismo
17/11/2016
No próximo domingo (20 de novembro), comemora-se o Dia da Consciência Negra em todo o território nacional. A data, escolhida por coincidir com a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, é mais uma oportunidade para falar de racismo e trabalhar história e cultura africana, ações previstas na lei 10.639.
Infelizmente, comportamentos racistas estão presentes em todas as etapas de ensino. A professora Waldete Tristão, doutoranda em Educação e especialista em gestão e relações raciais, afirma que até mesmo entre os pequenos o racismo aparece. “Há crianças que não querem sentar com as negras ou até mesmo dar as mãos”, exemplifica. Por isso, pedi a ela que listasse alguns livros essenciais para compreender o tema e aprender a lidar com ele em sala de aula. Confira as indicações:
Essa publicação informa e amplia a conscientização sobre a problemática do racismo no Brasil, explorando os conceitos de preconceito e estereótipo com base na história do país. Além disso, estimula o leitor a refletir sobre situações de seu próprio cotidiano como as “brincadeiras” que desumanizam a pessoa negra chamando-a de macaco, por exemplo. É um convite ao olhar atento e crítico para a sociedade em que vivemos.
O livro aborda temas que remetem à responsabilidade da instituição escolar para a perpetuação de práticas racistas ou para a promoção de um ambiente anti-racista. Dois dos assuntos abordados são a integração de história e cultura africanas no currículo escolar e o trabalho com a autoestima da criança negra. Os textos indicam alguns caminhos que a escola pode percorrer no sentido de promover a igualdade racial.
Apresenta a interpretação crítica e analítica sobre diferentes situações de preconceito e discriminação de crianças negras em uma instituição de Educação Infantil. Ao revelar o silêncio da escola e das famílias com os constantes episódios, o texto denuncia a urgência de sua eliminação do sistema educacional.
Utilizando o preconceito racial na infância como tema central, a autora ajuda a compreender como crianças constroem uma realidade preconceituosa em suas relações. Conforme o leitor prossegue no livro, conclui que somente entendendo os estímulos que levam a essa construção é que se pode promover a igualdade racial na sociedade brasileira.
A ideia dessa publicação, para qual atuei como consultora, é orientar programas e ações capazes de promover direitos, que impactem na vida das crianças a curto prazo provocando mudanças atitudinais. Para fazer isso, trazemos uma discussão dos marcos legais que tratam da igualdade racial, os benefícios de ter uma Educação Infantil que sabe lidar com a diversidade e também experiências de professores que podem ser aplicadas em outras escolas.
Esta revista é o resultado de um processo de formação de professores, em situações reais, no espaço de duas instituições de Educação Infantil tendo como foco a promoção da igualdade racial. Você vai ter a oportunidade de ter contato com práticas eficientes e perfeitamente adaptáveis a outros contextos escolares. O foco dessa publicação é no papel da gestão, organização de espaços e dos materiais. Contamos como uma EMEI e uma creche desenvolveram procedimentos eficazes que corroboram para a construção de uma identidade afro-brasileira.
Gostaram das indicações? Espero que elas te inspirem a trabalhar para criar uma sociedade sem racismo.
Boa leitura e até o próximo post!
Anna Rachel
Últimas notícias
Cultura
Educação Infantil: dicas para trabalhar o folclore com as crianças
Confira alguns caminhos para consolidar propostas que valorizem as diferentes manifestações culturais do nosso país
Para sua prática
Folclore: 14 materiais para trabalhar o tema o ano todo
Confira uma curadoria de conteúdos com sugestões para todas as etapas
Planejamento
Alfabetização matemática: o que priorizar no segundo semestre
Confira as quatro pontos que não podem ficar fora do seu planejamento
Prática pedagógica
Professor iniciante: como fazer uma boa gestão da sala de aula nos Anos Finais do Fundamental
Educadores com mais de 20 anos de experiência em escolas públicas compartilham estratégias para lidar com os desafios do início da carreira
Currículo
Continuum curricular favorece recomposição e avanço das aprendizagens
O segundo semestre de 2022 é o momento de investir na recomposição, já que os currículos ainda estão flexibilizados