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Jornalismo

Somos todos africanos

Os fósseis mais antigos de nossos ancestrais foram encontrados na região que atravessa a Etiópia, o Quênia e a Tanzânia

PorPaola Gentile

06/03/2018

Há 7 milhões de anos houve a separação entre as linhagens do macaco e do que viria a ser o homem mais tarde. Os fósseis mais antigos de nossos ancestrais foram encontrados no Vale da Grande Fenda, formação que atravessa a Etiópia, o Quênia e a Tanzânia. Milhões de anos depois, o Homo erectus teria partido dessa região para povoar a Ásia e a Europa, onde se transformou em homem de Neanderthal. Os que continuaram na África evoluíram para a espécie sapiens, que mais uma vez migrou, dizimando ou substituindo os neandertais e os hominídeos asiáticos. E assim o planeta foi povoado.

Douglas Verrangia, biólogo e pesquisador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos, ressalta a importância de o professor mencionar isso ao abordar a evolução das espécies, esclarecendo que biologicamente todos os seres humanos são parecidos e que as pequenas diferenças físicas não interferem na capacidade intelectual: "Isso vai ajudar o aluno a desmontar o falso embasamento científico que subdividiu a humanidade em raças, no século 19, idéias que perduram até hoje". Gislaine Mara Piran, professora de Ciências e também coordenadora pedagógica da Escola Estadual Luigino Burigotto, inclui essa discussão nas aulas para as turmas de 5ª a 8ª série durante o estudo do corpo humano e da genética: "Deixo claro que alguns povos têm mais melanina na pele em conseqüência da adaptação ao ambiente em que viviam".

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