Como escolher uma boa leitura
Critérios para selecionar o que se adequa à sua necessidade
15/07/2015
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Jornalismo
15/07/2015
A seleção de um livro, entre tantas opções, pode ser feita de diversas maneiras. A mais frequente comigo é a indicação de amigos, que sempre me sugerem títulos de que gostaram muito ou que acreditam ser do meu agrado. Na maioria das vezes, acertam! Por isso, tem vezes que eu mesma peço as sugestões para eles.
Já quando busco um livro por conta própria, vou basicamente pela sinopse. Se a história parecer bacana, me fisga. Mas também pode ser pelo autor, quando eu já o conheço de outras leituras ou quando seu trabalho é de reconhecida qualidade. Ler as críticas publicadas sobre a obra é algo que faço bem pouco, mas sei que há quem não dispense. Já o título e a capa não são aspectos muito determinantes para mim. Porém, como tudo é extremamente maluco na vida e na escolha de um bom livro literário, certa vez um título bizarro me levou a uma publicação realmente interessante. Vou contar essa história…
Há cerca de 5 anos, ainda na época da faculdade, eu passeava com alguns amigos por uma grande livraria no centro de São Paulo. Minha amiga Cecília queria comprar algo de um escritor que ainda não tivesse lido. Em uma das telas que mostram as ofertas da livraria, passou Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios.
O título nos pareceu muito estranho e não dava qualquer pista do que poderíamos esperar daquela história. Quando o anúncio se repetiu, vimos o nome do autor: Marçal Aquino. Nenhum de nós o conhecia. “Sobre o que será?”, perguntávamos uns aos outros, dando não mais do que palpites de pouco fundamento. Não lembro se chegamos a ler a sinopse. Só sei que Cecília o comprou e que eu fiquei ansiosa para pegá-lo emprestado.
Enfim, quando minha vez chegou, terminei a leitura rapidamente. A história é trágica, mas encantadora. A narrativa me envolveu de tal maneira que eu não conseguia parar de ler! Sentia uma necessidade incontrolável de saber o que aconteceria em seguida com as personagens centrais. A loucura intensa de Lavínia e a perturbação de Cauby – que se perdia ao tentar se adaptar ao submundo paraense e ao amor que sentia – me deixaram vidrada. Eu tentava imaginar os caminhos que eles percorreriam e o destino escolhido pelo autor.
Pouco tempo depois, assisti a uma palestra com Aquino, no SESC Pinheiros, que me deixou ainda mais curiosa a respeito de seu trabalho. Hoje, fico feliz por minha amiga ter se intrigado com o título estranho e por ter comprado o livro. Claro que se cercar de indicações e boas análises para escolher suas leituras é bom. Mas aprendi que, às vezes, navegar por mares desconhecidos pode se tornar uma boa surpresa.
E, você, como seleciona suas leituras? Já se surpreendeu com alguma escolha inusitada? Conte pra gente nos comentários!
Até mais!
Anna Rachel
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