Como superar o portuñol
Quando estão aprendendo um novo idioma, na tentativa de se expressar, os alunos acabam por criar o que os especialistas chamam de interlíngua
POR: Rita Trevisan
O termo interlíngua foi usado pela primeira vez em 1972 pelo linguista norte-americano Larry Selinker. Ele o definiu como o resultado da tentativa de se comunicar em uma língua estrangeira quando ainda não se domina completamente o sistema linguístico em questão. Trata-se, portanto, de uma organização independente, que nada tem a ver com o idioma materno e tampouco com o do que se está aprendendo.
"Por depender do momento do aprendizado de cada aluno e da língua materna e da que se quer aprender, a interlíngua não existe como uma estrutura universal. Ela é uma construção viva no processo de aquisição de uma língua estrangeira", fala Verônica Bochio, professora da Target Idiomas, em São Paulo.
Segundo os especialistas, a interlíngua ocorre no aprendizado de todos os idiomas e em todas as fases do ensino, embora seja mais comum no início do processo e com línguas mais próximas da materna. "Ela não é simplesmente a mistura de dois idiomas, mas possui regras próprias: cada aluno ou grupo cria seu sistema específico, dependendo do estágio de aprendizagem em que se encontra", diz Eliane. É natural que ele tenha como ponto de partida o vocabulário ou as estruturas que já conhece.
Em outras palavras, é esperado que ele se manifeste usando o que já conhece e as representações mentais que faz do idioma que está aprendendo.
Expor o jeito certo de falar sem a mera enumeração de regras
Compartilhe este conteúdo:
Tags