Como usar a Comunicação Não-Violenta com grupos
As técnicas de Comunicação Não-Violenta (CNV) também podem ser utilizadas para resolver conflitos dentro da escola
11/12/2019
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Jornalismo
11/12/2019
Foto: Getty Images
Conforme publicado pela NOVA ESCOLA, a Comunicação Não-Violenta (CNV) é um conceito proposto pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg na década de 1960. Rosenberg é autor do livro Comunicação Não-Violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais, e defende que a CNV é uma das maneiras mais eficazes de resolver conflitos entre duas ou mais pessoas. Para Rosenberg, parte considerável dos conflitos entre as pessoas podem ser causados mais pela forma como comunicamos as nossas ideias do que por opiniões divergentes. Baseado nesse princípio, ele desenvolveu a técnica de CNV, guiada por 4 componentes básicos: Observação, Sentimentos, Necessidades e Pedido.
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Dominic Barter, psicólogo britânico, defende que o conflito é um aspecto natural de qualquer relação. Barter aplica a CNV há mais de 25 anos em comunidades brasileiras no Rio de Janeiro, que em situação de vulnerabilidade. O seu principal objetivo é o de promover o diálogo e a empatia nos relacionamentos interpessoais por meio da Mediação de Conflitos e dos Círculos Restaurativos embasados no conceito de Rosenberg. Para ele, os Círculos Restaurativos, por exemplo, são uma forma de estabelecer confiança entre as pessoas, de coexistir de forma mais pacífica, e de trazer o senso de comunidade.
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Há outras formas de trabalhar a CNV com grupos e essas técnicas podem ser aplicadas em escolas. Para ajudar a colocar a técnica em prática, o Instituto CNV Brasil disponibilizou gratuitamente materiais de apoio para guiar processos e intervenções em Comunicação Não-Violenta. Dentre essas intervenções, destacam-se os Círculos Empáticos, uma metodologia para estimular a escuta empática, a honestidade e para criar espaço para falar sobre as próprias necessidades e sentimentos.
Como conduzir um Círculo focado em empatia:
A metodologia dos Círculos Empáticos pode ser uma alternativa interessante para permitir com que professores e alunos abordem temas que atravessam o cotidiano escolar. Professores podem ter um momento destinado a troca de experiências que envolvam qualquer tipo de conflito, como por exemplo a dificuldade de gestão de sala de aula em uma determinada turma. Já os alunos, podem, além de aprender técnicas de comunicação que favorecem a empatia, explorar como se sentem em relação ao bullying que ocorre na escola.
Ana Carolina C D'Agostini é psicóloga e pedagoga com formação pela PUC-SP, especialização em psicologia pela Universidade Federal de São Paulo e mestre em Psicologia da Educação pela Columbia University. Trabalha com projetos em competências socioemocionais e é consultora do projeto de Saúde Emocional da Nova Escola.
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