Cultura maker: aprenda a construir um carrinho reciclável
Pautada no STEAM, atividade desenvolvida por professor de Fortaleza trabalha conceitos iniciais de eletrônica
26/11/2019
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Jornalismo
26/11/2019
A cultura maker é uma das portas de entrada para a Educação 4.0, cujo ponto de partida é a ideia de que vamos aprender coisas diferentes de diferentes maneiras, sempre colaborativamente.
Nos últimos anos, o movimento maker propôs o resgate da aprendizagem mão na massa, por meio do conceito “aprendendo a fazer”. No ambiente escolar, isso significa promover e estimular a criação, a investigação e a resolução de problemas dos estudantes, incentivando-os a pensar fora da caixa ao resolvê-los, conectando ideias desconectadas e usando ao máximo qualquer tipo de recurso. É uma boa oportunidade para reinventar e inovar a Educação!
E por onde começar?
A cultura maker já está presente em muitas práticas docentes em sala de aula, justamente pela possibilidade de vivenciar a aprendizagem, tirar o aluno da passividade e trazê-lo para o centro do processo de aprendizagem. O primeiro passo é ter atitude para começar a trabalhar com a cultura maker em sala de aula. O segundo passo é começar simples. A chave para o sucesso na implementação de um projeto inovador é criar um ambiente que permita a participação dos atores envolvidos. Assim, poderão conhecer, contribuir e aumentar a sensação de pertencimento e de autoria.
Construindo um carrinho reciclável na escola
Para você se inspirar, trouxemos a experiência de André Cardoso, professor na EFFM Dom Helder Câmara, em Fortaleza, e fundador da startup Robótica com Sucata. Ele produziu um carrinho a partir de materiais recicláveis.
Confira o passo-a-passo:
Carrinho reciclável
Inspirada na cultura maker e reunindo conteúdos de Matemática, Física, Engenharia, Ciência e Arte pautadas no STEAM, essa é uma prática inicial para eletrônica básica. Ela utiliza uma gravadora de DVD (figura 1), encontrada em CPUs de computadores antigos, descartes de lixo eletrônicos e aparelhos de som. Na desmontagem do equipamento, nós separamos motores DC, ligas e engrenagens (figura 2).
Materiais e recursos
1 papelão (50 cm x 50 cm), 2 palitos de churrasco, 1 canudo de papel (diâmetro de 6 mm), uma gravadora de DVD, 8 tampinhas plásticas de óleo de carro (usar um pedaço de passadeira de borracha para dar aderência), bateria 9v 240~450ma e um interruptor (Atenção: caso não tenha, é só deixar os dois fios que iriam para o interruptor para fora, e assim que eles se encostarem eles irão ligar o carro).
Ferramentas
Pistola de silicone com a barrinha; serrinha, estilete; tesoura; régua e 3mm e cola instantânea.
Prática de produção de carrinho reciclado
1. Prepare a base do carrinho de acordo com a figura abaixo
1. Prepare a suspensão: corte 3 cm de canudo de papel e cole na base do carrinho.
2. Prepare o eixo do carrinho com o espeto de churrasco (comprimento de 15 cm, aproximadamente) e passe-o pelo canudo.
3. Fixe a engrenagem (fig.2) em um eixo, colando com cola quente ou cola instantânea
4. Separe 8 tampas de garrafa pet para fazer as rodas, furando-as no meio e encaixando-as nos espetos.
5. Separe motores de (9 volts) para colar na base do carrinho, em simetria com a engrenagem fixada no eixo.
6. Separe ligas de drive de DVD ou de escritório e coloque-as no motor e na engrenagem.
7. Inclua a bateria (9 volts) na base do carrinho e faça o circuito de acordo com a figura abaixo(fig.4), incluindo o interruptor (ligar/desligar) e cole na base do carrinho.
8. Faça duas laterais (fig. 5) e um retângulo (fig. 6), de acordo com as imagens abaixo, onde denominamos estes dois conjuntos de capa. Para isso, fixe as laterais com o retângulo, prenda-as com fita e,depois, passe cola quente internamente, ficando uma estrutura sólida e após finalizada iremos fixar na base.
E você, querido professor, gostou desta experiência? Não deixe de realizá-la com a turma.
Um abraço,
Débora Garofalo é Assessora Especial de Tecnologias da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE SP) e professora da rede pública de ensino de São Paulo. Formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil e uma das dez finalistas do Global Teacher Prize, o Nobel da Educação.
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