Olimpíadas de Língua Portuguesa estimulam práticas de leitura e produção de texto
Com inscrições abertas até 25 de maio de 2012, concurso de Língua Portuguesa investe na formação dos professores
10/05/2012
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Jornalismo
10/05/2012
"Não basta dar um tema e uma folha para que os alunos escrevam. Por trás de uma boa produção de texto, há um trabalho intenso de planejamento das atividades e de seleção de boas referências para a turma". Esses são os argumentos de Sonia Madi, coordenadora da Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP) - Escrevendo o Futuro, ao explicar por que o investimento na formação de professores é o grande diferencial dessa iniciativa.
Em geral, a olimpíada visa selecionar os melhores alunos, mas não foca o avanço de todos. Outro problema comum é que as provas cobrem temas que não estão articulados aos conteúdos da fase da escolaridade em que os participantes estão. A OLP trilha outro caminho e por isso acontece a cada dois anos, com inscrições nos anos pares. A formação dos docentes não se restringe ao período da competição. Nos anos ímpares, quem se inscreveu no ano anterior continua envolvido. O professor recebe a revista Na Ponta do Lápis com orientações para o ensino de leitura e escrita. E no site do programa há cursos a distância, textos e fóruns de discussão. O docente ainda tem acesso a materiais para desenvolver uma sequência didática e sugestões de leituras voltadas a cada um dos gêneros: poema (5º e 6º anos), memória literária (7º e 8º anos), crônica (9º ano e 1º ano do Ensino Médio) e artigo de opinião (2º e 3º anos do Ensino Médio).
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O objetivo é que o professor desenvolva práticas de leitura, produção e análise de textos com a turma. "Não queremos encontrar talentos, e sim contribuir com a formação dos professores", enfatiza Sonia. Por isso, os conteúdos são organizados para integrar o planejamento. "Cada professor pode adequar o material às suas necessidades", comenta Patrícia Alves de Amorim Percinoto. Ela e o aluno Fábio Henrique Silva dos Anjos, 12 anos, ficaram entre os vencedores da categoria poema em 2010.
A edição de que eles participaram teve a adesão de 99% dos municípios e de quase 240 mil professores. Fábio se inspirou na desapropriação de uma favela no bairro do Jaçanã, em São Paulo, onde morou até os 4 anos de idade. Desde que a OLP foi criada, o tema do texto é este: o lugar em que os estudantes vivem.
A ideia do projeto surgiu em 2001, quando o Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa) mostrou que o país ocupava a última posição na proficiência em leitura. O resultado motivou a criação do programa Escrevendo o Futuro, pela Fundação Itaú Social e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), ambos em São Paulo. Em 2007, o Ministério da Educação (MEC) decidiu participar da organização e a iniciativa passou a ser chamada de Olimpíada.
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Especial Produção de Texto
Especial Leitura
Inscrições abertas
Os docentes interessados em participar da terceira edição da OLP podem se inscrever até 25 de maio pelo site www.escrevendoofuturo.org.br. A inscrição é validada após a adesão da rede de ensino correspondente. Os alunos e professores vencedores ganham uma medalha e um notebook cada um e a escola deles recebe um laboratório de informática.
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