Compartilhe:

Jornalismo

Professora de Matemática reinventa seu jeito de ensinar

Confira como a professora Karin Gimenez transformou sua prática pedagógica depois de participar de um curso a distância de cálculo mental

PorFernanda Salla

01/05/2011

Karin Gimenez e um dos problemas que ela encarou no curso. Foto: Dercílio
DE CARA NA TELA
Karin Gimenez e um dos problemas
que ela encarou no curso

Lápis, caderno, calculadora e computador. Foi com esses recursos que a professora Karin Gimenez encarou uma lista de sete problemas. Ela estava inscrita em um curso a distância de cálculo mental. E aquela era sua primeira experiência com um método virtual de aperfeiçoamento em que tudo acontece pela internet. Ou melhor, quase tudo. Passados alguns dias, parte do aprendizado seria colocada em prática com sua turma de 3º ano, antes mesmo de concluído o programa de formação.

A professora dá aulas na Fundação Bradesco Jardim Conceição, em Osasco, região metropolitana de São Paulo. Ela sempre acreditou que ensinava bem seus alunos, embora não dominasse os fundamentos de cálculo mental. Resolveu se matricular em um curso a distância, promovido pela Fundação Victor Civita (FVC) em parceria com o Instituto Ayrton Senna, justamente para tapar essa lacuna em seu currículo.

Conforme avançava no programa, a jovem educadora - ela tem apenas 23 anos - ia descobrindo que, ao trabalhar cálculo mental em sala de aula, os alunos ganham agilidade de raciocínio e são estimulados a buscar diferentes maneiras de enfrentar desafios matemáticos. Na terceira semana de curso, chegou a hora de testar alguns desses novos conhecimentos. Ela apresentou para sua turma um problema de adição: 23 + 18. Pediu que os alunos sugerissem diferentes formas de resolvê-lo. Mas nenhuma estratégia baseada em cálculo mental foi citada. Karin insistiu, propondo, dessa vez, uma subtração com números maiores que os da questão anterior: 100 - 58.

Não demorou e uma garotinha logo se manifestou: "Eu arredondo 58 pra cima, professora, porque é mais fácil calcular 100 - 60. Aí, somo o que eu tinha pegado emprestado e pronto, a conta dá 42". Karin ficou toda orgulhosa. De sua aluna, é lógico, que reagiu brilhantemente à proposta. Mas de si mesma também, por estar reinventando seu jeito de educar. "Percebi que eu só ensinava procedimentos mecanizados, sem estimular os pequenos a experimentar suas hipóteses", diz a professora. "Daqui para a frente, tudo vai ser diferente."

Matemática é D+ online
- O curso feito por Karin durou oito semanas
- Ela calcula ter passado 40 horas no computador

Quer saber mais?

CONTATO
Matemática É D+ Online

continuar lendo

Veja mais sobre

Relacionadas

Últimas notícias