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Jornalismo

A neurociência a favor da aprendizagem

As descobertas desse campo científico podem ajudar a entender como aprendemos e de que forma o ensino pode ser mais eficiente

PorLívia Perozim

12/03/2019

Enquanto seus olhos estão percorrendo estas linhas, o seu cérebro está realizando um silencioso trabalho de decodificar, processar e dar significados às palavras aqui escritas. Uma série de ligações neuronais está sendo ativada em diferentes regiões desse órgão composto de sangue e água e movido a impulsos elétricos. Mas você só irá, de fato, aprender algo novo se reler alguns trechos da edição que se apresenta nas páginas a seguir, comentar com um colega sobre o que leu e, principalmente, se as reportagens e artigos que preparamos ao longo do último mês fizerem algum sentido para a sua prática em sala de aula ou para a sua busca como educadora.

Essa aprendizagem significativa, presente na obra do norte-americano David Ausubel (1918 - 2008), se provou também um dos pilares da neurociência, que pesquisa o funcionamento
do cérebro humano. Suas descobertas não implicam, necessariamente, uma nova forma de aprender. Mas nos ajudam a compreender melhor teorias de aprendizagem e a buscar novos caminhos.

Portanto, se você quer saber como o cérebro do seu aluno aprende e entender como as suas decisões podem instigar ou atrapalhar esse processo, nossa reportagem de capa irá botar, literalmente, os seus neurônios para trabalhar. Buscamos reunir, em dez páginas, os principais avanços da neurociência que podem ser usados em sala de aula.

Descobertas como a posição dos alunos em sala de aula, a sintonia entre o cérebro do professor e dos educandos e os efeitos das emoções e de punições no processo de aprendizagem, por exemplo, são bons pontos para pensar em estratégias para educar a atenção, dar mais significado ao aprendizado e rever o que está ou não funcionando.

Como explicam os neurocientistas, nosso cérebro se desenvolveu com a capacidade que temos de aprender novos comportamentos e de resolver problemas, o que nos deu maiores chances de adaptação e sobrevivência. Por que não trabalhá-lo com o mesmo objetivo, a favor da aprendizagem?

Lívia Perozim é editora da revista NOVA ESCOLA livia@novaescola.org.br
Foto: Lucas Magalhães/NOVA ESCOLA

 

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