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Jornalismo

Para escrever outra história

Violência amedronta. Fere. Cansa. Mas tem solução. Exemplos promissores apostam na capacitação para utilizar o diálogo como instrumento de resolução de conflitos na escola

PorNOVA ESCOLARodrigo RatierAnna Rachel Ferreira

01/06/2015

Para escrever outra história. 45JJ

"Filha da puta."

O palavrão machuca. Talvez seja mesmo ofensivo iniciar um texto dessa maneira. Mas o desconforto tem razão de ser. O xingamento logo no início da reportagem é para dar uma dimensão - pálida - do impacto que é receber essa saudação na escola. Aconteceu com uma professora da rede pública, no Ensino Fundamental 2, no primeiro dia do ano letivo. E se repetiu a cada nova entrada dela em classe, mesmo diante de insistentes pedidos de respeito. A ofensa gratuita alimentou o ressentimento ao ponto de, exaurida, a professora xingar o aluno pela mesma expressão.

Medo era o sentimento que dominava o professor de uma escola no interior paulista toda vez que ele punha os pés na sala daquele garoto de 14 anos. Depois de um tumulto, o docente expulsou o estudante, tido como perigoso pela equipe. Esperou um pouco e seguiu para a diretoria. Acabou golpeado por um bloco de concreto, que lhe partiu o nariz. Jurou abandonar a profissão.

Os relatos reais exemplificam o temor e a sensação de impotência diante do ambiente tenso de parte das salas de aula brasileiras. Contam a história de um grave problema que se convencionou chamar, genericamente, de violência escolar. Para ser justo, o melhor seria dizer que esses depoimentos contam metade da história. A outra, mais positiva e esperançosa, vem sendo escrita por instituições e profissionais como os destacados nos quadros desta matéria. São exemplos de sucesso no enfrentamento de casos de agressão entre alunos, de ameaças físicas a docentes e mesmo contra a depredação do patrimônio da escola. Pelo caminho do diálogo, se recusam a aceitar que um episódio de hostilidade deságue, necessariamente, no pânico, na desistência ou no autoritarismo.

Afirmar que a violência tem solução não significa dizer que o caminho é simples, muito menos rápido. Isso seria subestimar o problema - assim como a inteligência e a vivência de milhares de educadores. Na apuração desta reportagem, tivemos contato com dezenas de relatos reais. A maioria terminou com os desenlaces de praxe: alunos expulsos, polícia, professores desiludidos. Mesmo os desfechos bem- sucedidos carregam certa carga de humilhação e vergonha. Prova disso é que muitos personagens aqui retratados pediram para ser identificados por nomes fictícios e não quiseram aparecer nas fotos.

Refletir em vez de suspender

Com paciência e sangue-frio, Alberto evitou a agressão e reabilitou um aluno. Benonias Cardoso
Com paciência e sangue-frio,
Alberto evitou a agressão e
reabilitou um aluno

Escondidas em mochilas e bolsas ou contrabandeadas pelo muro, garrafas de bebida atrapalhavam a convivência no período noturno do Centro de Ensino Médio de Tempo Integral (Cemti) Didácio Silva, em Teresina. Numa caminhada pelo pátio, o professor Alberto Machado Vieira encontrou Márcio*, aluno do 3º ano do Ensino Médio, embriagado. "Vi que ele estava sem condições de assistir a aula. Me aproximei e ele se irritou. Veio na minha direção para me dar um tapa", relembra Alberto. Vieira desviou e tentou acalmar o rapaz. Mas deixou claro que gostaria de vê-lo no dia seguinte.

Márcio tinha certeza de que seria expulso ou suspenso. Em vez disso, encontrou um círculo restaurativo composto de colegas e docentes. A conversa iniciou com uma pergunta: o que o garoto achava do incidente? Envergonhado, Márcio pediu desculpas, baixou a cabeça e permaneceu em silêncio. Um a um, os outros se puseram a falar. Tomando cuidado para que a exposição não se transformasse numa grande lição de moral, amigos alertaram que o hábito estava se tornando frequente. Os professores, por sua vez, questionavam se valia a pena estar na escola e não aproveitar o que ela tinha para oferecer.

No fim do encontro, o estudante firmou um compromisso de não repetir a bebedeira. Cumpriu com a palavra: em sua passagem pela escola, não houve mais registros de embriaguez ou desrespeito a professores e colegas.

Agressividade, componente humano

Com a mediação de Nailza, Alexandre e Tony (à direita) superaram a briga. Mario Rodrigues
Com a mediação de Nailza, Alexandre e Tony (à direita) superaram a briga

Parte da explicação sobre a dificuldade de erradicar a violência se deve ao fato de ela ser a regra - e não a exceção - na história da humanidade. A agressividade física remete ao início do convívio em grupos, explica o sociólogo alemão Norbert Elias (1897-1990). Por milênios, desavenças e desacordos eram resolvidos na base da força bruta. Algo começa a se alterar com o surgimento dos primeiros Estados, ainda na Antiguidade. Pouco a pouco, por meio do controle externo, a violência física passa a ser excluída da vida social. O chamado à resolução pacífica de conflitos é reforçado pela influência que a família e a escola exercem desde a infância. Assim, comportamentos violentos passam a ser evitados não só pela sanção social mas também pelo autocontrole.

Com propriedade, Elias chamou essa sequência de ações de "processo civilizador". A discussão tem paralelo no terreno da Educação, onde Jean Piaget (1896-1980) fala sobre dois tipos de moral. A primeira, chamada de heterônoma, é típica do cumprimento das determinações pela imposição de uma autoridade externa e por medo da punição (como quando só respeitamos o limite de velocidade porque há um radar na estrada). Já o segundo tipo de moral, a autônoma, designa uma relação madura com as regras. Elas são obedecidas não por temor, mas por convicção. Os indivíduos as compreendem e veem como legítimas as normas que julgam justas e necessárias.

Ocorre que, de tempos em tempos, abandonamos a civilização e retornamos à barbárie. Dados da Prova Brasil 2013 tabulados por Qedu.org.br dão conta que mais da metade dos docentes de 5º e 9º anos já presenciou uma agressão verbal ou física à equipe. Um em cada dez foi ameaçado por um aluno - e um em cada 100 foi efetivamente agredido, sendo vítima de um "atentado à vida", nas palavras do questionário.

Mas não há só dados preocupantes. "Ao menos nos últimos cinco anos, não observamos indícios de aumento da violência escolar", afirma Telma Vinha, colunista de NOVA ESCOLA e professora de Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Muitas vezes confunde-se agressão na escola com agressão na sociedade, violência real com sensação de insegurança. Por isso, a primeira providência é entender o que de fato será combatido: quando falamos de violência, a que estamos nos referindo?

A pergunta é importante para distinguir a violência das incivilidades. A indisciplina em sala (como o xingamento do início da reportagem), atrasos constantes, provocações, gritos ou bagunça são incivilidades, ações que rompem com as regras sociais, mas que não se caracterizam como agressões físicas. É o problema de convivência que mais tem crescido nas escolas. Quando é constante, banaliza os maus-tratos e o desrespeito. Já os episódios de violência são mais raros, mais sérios e exigem intervenção precisa. "Atos de criminalidade como tráfico de drogas, agressão grave e porte de armas devem ser levados às autoridades", explica Juliana Zechi, professora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Muitas vezes, contudo, os educadores acabam sobrecarregando as instâncias judiciais com questões que poderiam ser solucionadas na própria escola. Ou instituem uma espécie de tribunal paralelo, com medidas como a exclusão de alunos que no máximo transferem o problema para outra escola ou garantem um alívio até a próxima eclosão de fúria. Vale lembrar que, mesmo no caso de violência extrema que resulta em justificada exclusão, o ocorrido ainda afeta uma comunidade inteira. É preciso trabalhar com ela.

Mostrar como o outro se sente

Por farra, Tony Santana de Oliveira resolveu provocar o colega Alexandre Otsuka com um "pedala, Robinho", gíria que a moçada às vezes usa para o tapa na orelha. Acabou ensopado com o jato de uma garrafinha d?água. Enfurecido, partiu para cima do amigo e acertou-lhe um soco, sob a algazarra da turma do 2º ano do Ensino Médio na EE Professor Manuel Ciridião Buarque, em São Paulo, que queria ver sangue.

A tarefa de apaziguar os ânimos coube a Nailza Fernandes dos Santos Veiga, professora mediadora da escola. Sua estratégia para tirar os alunos da defensiva foi começar com papos individuais, que levassem Alexandre e Tony a se colocar no lugar do outro: "Você acha que o colega gostou da piada?", "Você gostaria que tivessem te molhado?", "Está certo resolver uma desavença com um soco?".

Na conversa conjunta, depois das desculpas mútuas, ambos redigiram e assinaram um documento em que reconheciam suas responsabilidades e se comprometiam a não repetir a ação. A briga acabou ali e os dois continuaram bons amigos - tanto que toparam aparecer com nome completo e cara limpa nesta reportagem.

Um conceito com três faces

A equipe de Ana Maria, Michele e Elaine envolveu os alunos contra a depredação. Raoni Maddalena
A equipe de Ana Maria, Michele e Elaine envolveu os alunos contra a depredação

Ainda na fase de compreensão do problema, deve-se entender o tipo de violência que será enfrentado. Especialista no assunto, o pesquisador francês Bernard Charlot desenvolveu uma classificação bastante útil.

  • Violência na escola: é a que reproduz uma realidade externa a ela, quando a instituição está inserida em um contexto violento. Evidencia-se por pequenos furtos, consumo de drogas e outras situações características do entorno.
  • Violência da escola: quando a própria instituição agride os estudantes de maneira velada com regras abusivas ou arbitrárias.
  • Violência à escola: representada pelas situações em que se macula a instituição ou os que a representam - como quando um aluno ou pai causa danos ao patrimônio escolar ou agride fisicamente os funcionários.

A distinção proposta por Charlot mostra que as características de cada tipo definem o alcance da ação de docentes e gestores. Contra a violência na escola, por exemplo, o raio de atuação pedagógica é limitado. Embora desenvolver ações que envolvam a comunidade seja importante, não é papel do professor lidar com bandidos para negociar acordos de paz ou tréguas. Nesses casos, o que pode ser feito é acionar os órgãos competentes (polícia, conselho tutelar etc.), além de cobrar do poder público condições seguras para o trabalho. Se elas não vierem, talvez o último recurso seja pedir remoção. Não custa lembrar que educador é profissional e não herói ou justiceiro. Quanto aos outros dois tipos, há muito o que fazer.

O ponto de partida é rejeitar a violência como solução - e explicar o porquê. "Ela é um caminho perigoso que sempre leva à humilhação. Pessoas humilhadas são capazes até de matar", diz Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).

A resolução pedagógica das disputas propõe instrumentos baseados no diálogo. Novamente, é importante saber o que se entende por esse termo. No senso comum, a palavra é associada a um sentido positivo, algo como "é conversando que a gente se entende". No terreno da Educação, o diálogo não é um condão mágico. O diálogo é uma ferramenta. "Há um passo a passo que guarda semelhança com as estratégias judiciais de conciliação. No caso da mediação, uma terceira pessoa neutra tem a função de aproximar as partes em disputa e orientá-las para que um acordo seja possível", afirma o promotor Antonio Ozório, ex-professor na Educação Básica e autor do manual Diálogos e Mediação de Conflitos nas Escolas.

A função de mediador requer preparo específico - há cursos oferecidos pelas redes e ONGs especializadas. Mas todo educador pode se beneficiar de conhecimentos básicos.

  • O pontapé inicial é uma conversa em separado com cada um dos envolvidos, para entender o ocorrido e serenar os ânimos.
  • Em seguida, as partes precisam concordar em dialogar, demonstrando interesse num meio-termo. O que for dito deve ser confidencial.
  • Antes da conversa, o mediador estabelece o combinado de não xingar ou interromper o outro. Ele escuta mais do que fala, assim possibilita que todos exponham sua versão e só intervém se as regras forem descumpridas.
  • O cuidado com as palavras é essencial na criação de um ambiente seguro para falar. A linguagem é descritiva, sem juízos de valor.
  • O mediador pode sugerir reflexões que provoquem empatia - a capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se em circunstâncias parecidas.
  • Com os fatos esclarecidos, os envolvidos devem encontrar uma maneira de remediar a situação. O compromisso deve ser assinado.
  • Em relação aos acordos, quando o mediador concluir que é preciso uma ação do agressor, o objetivo deve ser reparar o erro cometido. Pode ser um simples pedido de desculpas (elas sempre são necessárias), o compromisso de não repetir determinado ato ou o conserto de uma instalação escolar. Se pichou o muro da escola, por exemplo, deve pintá-lo.
  • Esse tipo de consequência, conhecida como sanção por reciprocidade, é mais eficaz do que a punitiva, pois leva o agressor a reflitir sobre o que fez, compreender a gravidade do ato e conceber outras estratégias não agressivas para reagir a sentimentos como a raiva.

Outra modalidade de mediação é o círculo restaurativo, uma espécie de mesa-redonda com as pessoas envolvidas direta e indiretamente no ocorrido. O relato costuma se iniciar pela vítima. Em seguida, o agressor é questionado sobre o que compreendeu do que ouviu e os demais são ouvidos. Após o acordo, o mediador pode sugerir uma reunião de acompanhamento para avaliar se a proposta está sendo respeitada.

Quebrou? Então, conserta

Depredação do patrimônio era o problema da EM Wilson Hedy Molinari, em Poços de Caldas, a 465 quilômetros de Belo Horizonte. Pichações, grades retorcidas, janelas estilhaçadas e muitas portas quebradas, que os alunos abriam a chutes. "O prejuízo era tanto que a marcenaria da prefeitura quase se recusou a fazer o conserto", conta a então diretora Michele Mendes Santana.

Disposta a fazer diferente, ela convidou os estudantes a colaborar com a pintura durante as férias. A adesão não foi grande, mas foi o primeiro passo para que eles se sentissem parte da escola. Em seguida, explicou, sala por sala, a dificuldade para efetivar os reparos. Decidiu, então, implantar a sanção por reciprocidade. Acrescentou à matrícula um termo de compromisso em que os pais se responsabilizavam pelo conserto das coisas que seus filhos quebrassem na escola.

"Conforme os alunos viam os pais realmente reparando os danos, a depredação começou a diminuir", conta a professora Elaine Cristina Carvalho Delgado Silva. "Em paralelo, envolvemos os estudantes na tomada de decisões, o que reforçou o sentimento de pertença e o cuidado", diz a nova diretora Ana Maria de Carvalho.

O poder da prevenção

Ingrid e Lara venceram a agressividade de uma mãe explicando a proposta da escola. Silvia Zamboni
Ingrid e Lara venceram a agressividade de uma mãe explicando a proposta da escola

Até aqui, detalhamos ações de restauração, necessárias quando ocorrem episódios de agressão, mas insuficientes para criar uma cultura de paz na escola. Para agir na prevenção e garantir efeitos duradouros, a gestão precisa colaborar na implantação de um espaço convidativo para a troca de ideias. Um caminho é a instituição de um calendário de assembleias. De início, os alunos escrevem num mural os temas que querem discutir. A pauta é organizada pelo professor e pelos representantes da classe. Cada assunto é debatido buscando esclarecer o que está acontecendo: avaliam-se as causas e as propostas de solução, que não devem ser punitivas nem humilhantes. Se a dinâmica acontecer a cada 15 dias, na semana em que não houver assembleia pode-se discutir a Educação em valores, que se ocupa de questões morais e éticas. O objetivo é fugir do sermão, optando por trazer para a roda exemplos de dilemas morais, abordando questões de filmes ou da atualidade.

Para que a tematização surta efeito, é importante que a equipe aja com base nos valores ensinados. Lembra dos tipos de violência descritos por Charlot? Fala-se muito da violência à escola, mas quase nada da violência praticada por ela na forma de arbitrariedades e regras abusivas (talvez porque convites à autocrítica tendam a ser interpretados como culpabilização do professor, o que não é a intenção).

"Geralmente, a incivilidade e a violência são a ponta de um iceberg. É necessário compreender o que está escondido para combater o problema", pontua Telma. De forma prática, dá para listar uma série de hábitos comuns a muitas instituições, que de tão corriqueiros nem parecem autoritários. Mas são. Causam constrangimento, humilhação e revolta. Podem, por isso, ter sua parcela de contribuição para reações hostis. Veja se algum deles está presente em sua escola.

  • Proibir que uma criança assista a aula por estar sem material ou uniforme.
  • Desdenhar dos alunos, como dizer que eles não aprendem por serem burros.
  • Jogar giz quando há alunos conversando.
  • Acordar com gritos estudantes que dormem.
  • Obrigar a pedir a chave do banheiro ou guardar o papel higiênico na secretaria.
  • Faltar às aulas ou chegar atrasado.
  • Não ter planejamento de aula.
  • Ler notas em voz alta, com comentários desabonadores sobre os alunos de pior desempenho.

Para retomar os tristes exemplos que abrem esta reportagem, o revide da professora xingada poderia dar lugar a uma conversa franca para entender o porquê da ofensa. Primeiro, a docente teria a oportunidade de exprimir seu incômodo diante do agressor. Segundo, ela poderia dizer que se manifestou de forma inadequada, que só acirrou a agressividade. Terceiro, o estudante teria a chance de revelar algum motivo de insatisfação a ser revertido. O mesmo procedimento poderia funcionar com o aluno que feriu o professor - o que não exclui que ele sofra as consequências previstas em lei. Há, sim, esperança para seguir em frente. "Escolas que abrem um espaço real para o diálogo e investem na Educação em valores têm pouca incidência de conflitos com agressões graves", afirma Telma.

A família como aliada

Para a mãe de uma criança da EE Henrique Dumont Villares, em São Paulo, seu filho já deveria estar alfabetizado no início do 2º ano. Mas a proposta da instituição, refletida nas tarefas de casa, era trabalhar no avanço das hipóteses de escrita de cada aluno. A rixa entre ela e a professora Ingrid Lopes ia crescendo a cada vez que a mãe deixava um novo bilhete mal-educado para a docente no caderno do filho. "Busquei o diálogo diversas vezes, mas ela se negava a escutar", afirma Ingrid. A disputa chegou ao ápice quando a mãe foi à escola para um acerto de contas.

Descontrolada, ela gritava que a professora não sabia ensinar. Um autêntico barraco. Só não partiu para a agressão física porque foi contida por um grupo na porta da escola. O círculo restaurativo convocado para resolver a questão começou tenso. A mãe não queria ouvir e se sentia acuada. Dizia-se perseguida pelos outros participantes (o pai do aluno, Ingrid, a mediadora Lara Barris Nunes, a supervisora de ensino e a professora de apoio). Focando na descrição dos fatos, Ingrid preparou um dossiê das agressões sofridas e do desenvolvimento do menino. A mãe ficou desconcertada. Desabafou que se sentia sozinha na Educação do filho. O pai, que não vivia com ela, se comprometeu a participar ativamente da vida escolar. Após o acordo, bilhetes e ameaças cessaram. "O desempenho do menino melhorou. Ele se alfabetizou no 2º ano", lembra Ingrid.

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