Dicas e exemplos para levar a gamificação para a sala de aula
Ao usar elementos de jogos nas aulas, o aprendizado se torna mais envolvente e promove uma postura mais exploratória e ativa dos estudantes
29/01/2019
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Jornalismo
29/01/2019
A gamificação permite que o aprendizado seja prazeroso, significativo e envolvente. Isso porque se utiliza de elementos dos jogos (os famosos “games”), como forma de engajar as pessoas a atingir um objetivo. Mas, além de funcionar como uma estratégia pedagógica que engaja, Paula Carolei, professora e coordenadora da graduação em Design Educacional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), também aponta que a gamificação pode promover uma postura mais exploratória e autoral por parte dos alunos.
“Por isso, o professor deve criar bons desafios, coerentes com as competências que se espera desenvolver no aluno, quanto mais ações e reflexões o desafios demandarem, mais significativo será o aprendizado”, diz Paula.
Ela cita os aspectos que poderiam ser abordados, por exemplo, no caso de atividades que visem o desenvolvimento das competências de investigação científica. “A gamificação deve ter desafios que promovam a observação, elaboração de hipóteses a percepção de padrões e singularidade, organização de informações e tomada de decisão, como um jogo de detetive, em que se vai coletando pistas e criando modelos de explicação e testando esses modelos”.
Saiba mais
Os QR Codes são códigos de barras em 2D (bidimensionais) que pode ser facilmente escaneado pela maioria das câmeras de celulares e também a partir de aplicativos para celulares e/ou tablets. Esse código é convertido em texto (interativo).
Para as atividades com os estudantes, você pode esconder pistas e propor que a turma use seus celulares para descobrir o significado, que estará oculto, em cada QRCode. Imagine, por exemplo, que você esteja trabalhando a história da Arte Moderna. Você pode transformar as imagens em QR Codes para que os alunos desvendem uma pista atrelada ao tema da aula e ajudar na compreensão do tópico.
Alguns sites oferecem a possibilidade de gerar esses códigos gratuitamente só indicando o link da página que você gostaria que os alunos fossem direcionados, como é o caso do QR Code Generator.
Para a professora Paula, “o segredo é sempre pensar como eu posso transformar a entrega de conteúdo em uma atividade de descoberta, de encontrar pistas e criar modelos”. Esse seria um caminho para deixar uma aula expositiva mais atraente.
Ainda de acordo com Paula Carolei, além dos desafios, seria preciso criar o que ela chama de “círculo mágico”: “um contexto, uma narrativa, um grupo, algo que vai gerar imersão. E, por fim, uma boa gamificação deve ser divertida, no sentido não apenas de criar um prazer alienado, mas de ser uma provocação, uma tensão, de experimentar outros mundos, outras realidades, uma outra versão diversa”.
Convidamos você, querido professor, a vivenciar a gamificação em sala de aula, com ideias simples que fazem a diferença no processo de aprendizagem. Compartilhe aqui nos comentários suas experiências! Elas podem contribuir para o trabalho de outros professores.
Um abraço,
Débora Garofalo
Professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, formada em Letras e Pedagogia, mestranda em Educação pela PUC-SP, colunista de Tecnologia para o site da NOVA ESCOLA, Vencedora na temática Especial Inovação na Educação no Prêmio Professores do Brasil e Top 50 no Prêmio Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação.
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