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Jornalismo

Mudança no MEC: diretor responsável pelo Enem é demitido do Inep

Agora ele ocupa cargo de assessor na Secretaria de Ensino Superior

PorNOVA ESCOLA

18/01/2019

Crédito: Divulgação / Cefet-MG

Murilo Resende Ferreira durou um dia frente à Direção de Avaliação da Educação Básica (DAEB) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A nomeação do economista havia sido publicada em 16 de janeiro, esta quarta-feira, em uma edição extra do Diário Oficial. Porém, foi tornada sem efeito pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na edição desta sexta-feira (18 de janeiro), sem maiores explicações.

A diretoria, dentro do Inep, é responsável pela coordenação do processo de elaboração das avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Apesar de estar fora do Inep, a carreira de Murilo por enquanto continua dentro do Ministério da Educação (MEC). O ministro Ricardo Vélez Rodríguez nomeou o economista para o cargo de assessor da Secretaria de Educação Superior nesta sexta-feira (18).

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Em nota, o MEC informou que, como assessor, Resende atuará “em grupo especial de trabalho no âmbito do Inep que, entre determinadas atribuições, ajudará no acompanhamento, análise e direcionamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”. A decisão, diz a nota, foi tomada pelo ministro da Educação em conjunto com o presidente do Inep, Marcus Vinicius Rodrigues. Segundo o MEC, com o remanejamento, o novo assessor especial “conseguirá desenvolver o trabalho de forma ampla e substantiva”. 

O economista Murilo Resende Ferreira é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e foi aluno do curso online de Filosofia de Olavo de Carvalho. Conservador, Murilo chegou a participar do Movimento Brasil Livre (MBL), mas, de acordo com membros do movimento, foi expulso por ser considerado “radical demais”.

Sua nomeação para cuidar do Enem indicou uma tentativa do governo de olhar mais de perto a suposta questão da "ideologização" do exame, tema que já foi motivo de polêmica entre Jair Bolsonaro e Maria Inês Fini, ex-presidente do Inep, exonerada do cargo na última segunda-feira (14 de janeiro). A própria presidência do Inep ainda está em aberto, apesar do nome de Marcus Vinicius Rodrigues ser cotado, segundo informações da Folha de S. Paulo.

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A mesma portaria que exonerou Murilo Resende Ferreira também nomeou outros quatro cargos vinculados ao MEC. Entre eles, Anderson Ribeiro Correia ocupará a presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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