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Jornalismo

Literatura de Cordel (Crédito: Shutter Stock)

No final do ano, passei férias na Paraíba. Entre os momentos de sol, lindas paisagens e muita tapioca, eu me deparei com a literatura de cordel. Sim, os bons e velhos folhetos que antigamente ficavam em varais eram vistos por toda parte. Não necessariamente em barbantes, mas organizados em caixas nas diversas feiras de artesanato de João Pessoa. Cada livreto custava 1 real, e dava vontade de ficar horas lendo e rindo com todos. Os temas que eu vi discorriam basicamente sobre traição e a relação de genros e noras com as sogras, o que me rendeu momentos de muita descontração. As narrações em versos sobre como o tal moço se livrou “acidentalmente” da mãe de sua esposa eram engraçadíssimas.

Voltei com vontade de saber mais sobre a literatura de cordel. A história desse gênero passa obrigatoriamente por Portugal, no século 16, quando os romances em versos contados oralmente pelos trovadores passaram a ser impressos. Os textos são acompanhados de ilustrações feitas em xilogravura, técnica de criar imagens em relevo na madeira. No Brasil, os cordelistas se propagaram no Nordeste e trazem uma temática própria da região e de sua história, como o livreto “A Guerra de Canudos”, de João Melquíades Ferreira da Silva, e “A Chegada de Lampião no Inferno”, de Rodolfo Coelho Cavalcante.

Recentemente, o NOVA ESCOLA CLUBE publicou uma consultoria pedagógica em vídeo sobrecomo trabalhar a literatura de cordel com os adolescentes (conteúdo exclusivo para assinantes da plataforma). A professora Manuela Prado foi a uma escola em São Caetano do Sul para trabalhar esse gênero com a turma, desde a apreciação das capas até a produção de um livreto. Navegando pelo site de NOVA ESCOLA, encontrei outras duas reportagens muito bacanas sobre o tema: Ler por prazer no ritmo do cordel e A arte da escrever bem com a literatura de cordel.

Para quem quiser conhecer algumas das histórias escritas em cordel, o site Universia disponibilizou 40 livretos sem ilustração para baixar gratuitamente.

E você, conhece a literatura de cordel? Já trabalhou o gênero com seus alunos? Conte sua experiência aqui nos comentários.

Até o próximo post!
Anna Rachel

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