Como trabalhar estatística a partir das eleições
Aproveite que a disputa eleitoral está chegando para aproximar Matemática e democracia na sala de aula
01/08/2018
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Jornalismo
01/08/2018
Com as eleições cada vez mais perto, os veículos de comunicação intensificam a divulgação de pesquisas de opinião, intenção de voto e aprovação dos governos. Esses dados podem despertar a curiosidade dos alunos: afinal, como essas pesquisas são feitas? Para que servem esses dados?Como escolhem os entrevistados? Essa pode ser uma grande oportunidade para aproveitar o tema e investigar sobre estatística com os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental.
“É comum as turmas do Ensino Fundamental 2 não terem tido contato com estatística. Ainda que os PCN trouxessem o tratamento da informação já nos anos iniciais, esse trabalho não costuma ocorrer em sala de aula”, conta Roberta Buehring, professora da Rede Municipal de Florianópolis e doutoranda em ensino de estatística na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Antes de iniciar o trabalho com os estudantes, é importante checar se eles estão por dentro de alguns conceitos básicos. Há cinco critérios fundamentais que devem ser desenvolvidos com os alunos durante a alfabetização estatística: a língua materna, operações matemáticas básicas, linguagem estatística, senso crítico global e a noção da veracidade das informações obtidas.
Tais conceitos devem ser trabalhados ao longo da escolarização, dos anos iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Superior, observando-se a complexidade exigida em cada etapa.
A ideia é trabalhar a presença das estatísticas no dia a dia de forma paralela ao tema das eleições, mostrando que elas são apresentadas nas notícias, nos debates políticos de candidatos e que têm o poder de influenciar a decisão dos eleitores – ou seja, são assunto sério!
A PESQUISA ELEITORAL EM SALA DE AULA
Apresente a importância da estatística no contexto das eleições
1) Contextualize O ponto de partida de toda pesquisa |
2) Explique as pesquisas Ajude a turma a ir a campo. Neste ponto, é fundamental explicar as diferenças entre pesquisa censitária e amostral e também o conceito de população para a estatística (um grupo com uma característica em comum). Os alunos podem, por exemplo, identificar pela faixa etária quem são os eleitores e entrevistar só essas pessoas, criando uma amostra, portanto, da população de eleitores daquela comunidade escolar. |
3) Saia da sala de aula Elabore com os estudantes, individualmente ou de forma coletiva, os questionários/enquetes que serão aplicados |
4) Trabalhe com os dados Com os dados coletados, |
5) Construa os gráficos É também crucial discutir com os alunos o tipo de gráfico escolhido para apresentar as informações |
6) Estimule a visão crítica Muitos trabalhos de tratamento da informação terminam aqui. Depois da construção dos gráficos, dá-se o conteúdo por aprendido. No entanto, esta é a parte mais importante da proposta: entender o que a turma elabora a partir dos dados, as conclusões que é capaz de extrair e as opiniões formuladas. Tudo isso pode ajudar os alunos a exercitar o pensamento crítico. |
7) Discuta e questione É indispensável, portanto, que o professor abra espaço para discussões sobre os dados encontrados, possivelmente adotando uma postura interdisciplinar para buscar respostas aos questionamentos levantados pelos alunos.
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8) Vá além dos números Instigue os alunos a ir além dos dados. Por exemplo: analisando os votos brancos das eleições passadas e comparando com os dados levantados agora, é possível |
CONSULTORES: ROBERTA BUEHRING (UFSC), CARLOS BIFF (PUC-SP) E ELVYS DA SILVA (GRUPO MATHEMA)
Na BNCC
Planejar e realizar pesquisa envolvendo tema da realidade social, identificando a necessidade de ser censitária ou de usar amostra, e interpretar os dados para comunicá-los por meio de relatório escrito, tabelas e gráficos, com o apoio de planilhas eletrônicas. Habilidade EF07MA36
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