Ciências Naturais
01/10/2000
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Jornalismo
01/10/2000
Aprendizagem e ecologia
Dez anos atrás, quando trocou a cidade do Rio de Janeiro por Valença, no interior do Estado, o professor Bernardo Mascarenhas ficou surpreso com o grau de degradação ambiental da região. Na zona rural, a cobertura de Mata Atlântica estava dizimada. Na zona urbana, o Jardim de Baixo, uma das principais áreas de lazer, tinha seu lago cheio de lixo e larvas de mosquitos. No ano passado, com o objetivo de ensinar aos alunos conceitos de ecologia, ele criou o projeto A Escola do Lago, que mobilizou três turmas de 6a série e reequilibrou boa parte do ecossistema.
O Colégio Estadual José Fonseca, onde ele leciona Ciências Naturais, adotou o lago. "A aceitação por parte da turma foi tão boa que continuamos nas férias, com um grupo voluntário." A garotada capturou e identificou espécimes, o lago foi esvaziado e limpo. O objetivo do projeto era fazer com que todos percebessem que o ser humano pode ser um agente transformador do meio tanto de forma positiva quanto negativa.
A energia nuclear é boa?
A pacata cidade de Aparecida de Goiânia nunca mais foi a mesma depois da tragédia do Césio 137, substância radioativa que matou quatro pessoas e contaminou 67, quando uma cápsula do elemento foi aberta em um ferro-velho, em 1987. O assunto virou tabu na cidade, vizinha da capital goiana. Tanto que a professora Maria de Lourdes Melo, do Colégio Fundação Bradesco, decidiu criar o Projeto Radioatividade. "O trauma causado pelo acidente foi muito grande", lembra ela. O foco do trabalho com turmas de 8ª série foi estudar a energia nuclear. Na época do acidente, Maria de Lourdes morava em Minas Gerais. Quando chegou a Goiás, dois anos depois, a região ainda sofria os efeitos do vazamento. Além dos problemas sanitários, o acidente gerou preconceito. Seus alunos estudaram tanto os resultados negativos quanto os positivos da manipulação do átomo. Pesquisaram em jornais, visitaram hospitais que usam a radiação e também foram à Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Novas brincadeiras velhas
Uma inusitada mistura de informática, física, brincadeiras de infância e aulas de Ciências Naturais foi a fórmula criada pelo professor Valdenilson Ferreira, do Colégio Municipal Pedro Augusto, no Recife, para provocar uma pequena revolução em sua turma de 8a série. Ele trabalhou com trinta jovens no projeto O Computador e a Física dos Brinquedos, que transportou para o mundo da computação antigos materiais lúdicos como pião, ioiô e joão bobo. Fazendo simulações desses jogos no laboratório de Informática, Ferreira observou uma sensível melhora de produtividade nas aulas sobre conceitos como movimento, repouso, aceleração, atrito e energia. "Houve uma empolgação geral porque o computador era algo novo para os estudantes." A simulação do funcionamento dos brinquedos foi possível graças a softwares que facilitaram a observação dos fenômenos físicos envolvidos nas atividades. "O trabalho ajudou no aprendizado e diminuiu a evasão", festeja.
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