Como funcionam os supermaiôs?
Dinâmica
PorPaula Sato
20/05/2009
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Jornalismo
PorPaula Sato
20/05/2009
Quem acompanhou a Olimpíada de Pequim sabe que um acessório ganhou mais destaque do que as próprias provas: os novos maiôs utilizados pelos nadadores. O próprio Michael Phelps, atleta que mais conquistou medalhas de ouro em uma única olimpíada, bateu oito recordes mundiais, todos acompanhados de medalhas, vestindo um desses maiôs. A partir das marcas superadas por Phelps e outros atletas, a Federação Internacional de Natação (FINA) resolveu regulamentar o uso da peça e publicou uma lista de maiôs que podem ser usados nas competições para que todos tenham acesso ao mesmo tipo de equipamento. Mas, o que está por trás de tantos recordes e polêmicas?
Cada fabricante tem seu segredo para a fabricação dos trajes de natação, que no Brasil custam até R$1500. Mas o princípio básico é que todos eles ajudam os atletas a melhorar seu desempenho, aumentando a hidrodinâmica e diminuindo a resistência entre o corpo e água. Para isso, os supermaiôs são feitos com um material muito leve, sem nenhuma rugosidade e que repele a água. Além disso, a solda ultrasônica une os pedaços de tecido sem precisar de costura. E o zíper, muito pequeno e escondido sob o material, também evita que seja criada qualquer saliência no traje. Assim, o fluxo de água pelo corpo acontece de forma suave e sem desacelerar o movimento. "Mas não é só isso. Os trajes têm muito elastano em sua composição. O material exerce uma compressão em certos grupos musculares, diminuindo o esforço que o atleta precisa fazer. Desse jeito, ele rende mais", explica Renato Hacker, diretor de marketing da Speedo Brasil. Essa compressão também tem outra função: ajuda a manter a postura do atleta dentro d´água, o que o deixa mais hidrodinâmico e veloz.
Uma curiosidade é que, apesar de toda a tecnologia, o traje não é nada prático. "Como a peça fica completamente ajustada ao corpo, também é difícil de colocar. O atleta demora de 10 a 20 minutos para vestir a peça e, na hora de fechar o zíper, precisa da ajuda de até duas pessoas", conta Renato Hacker. O nadador brasileiro Cesar Cielo sabe bem das dificuldades na hora de usar a peça. Durante o Troféu Maria Lenk, competição que aconteceu no Rio de Janeiro em maio, uma unhada fez um rasgou no maiô na altura da coxa.
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