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Jornalismo

Pinturas fantásticas

A garotada do 2º ao 5º ano adquire precisão e habilidade com o pincel ao retratar plantas e paisagens empregando a técnica do sumiê

PorDébora Didonê

29/02/2008

PRETO E BRANCO Plantas, como o bambu, são temas comuns do sumiê, surgido na China e difundido no Japão. Foto: Susan Hirata / Reprodução
PRETO E BRANCO Plantas, como o bambu, são temas comuns do sumiê, surgido na China e difundido no Japão.

Com um pincel, tinta de carvão diluída em água e um pedaço de papel, um hábil pintor leva cinco minutos para concluir uma obra, com efeitos de profundidade, luz e sombra. Os movimentos do artista são precisos: as cerdas deitadas fazem surgir a copa de uma árvore e, em pé, a ponta do pincel risca galhos e contornos. Essas são as características do sumiê, que quer dizer "pintura com tinta", em japonês (leia o projeto didático no quadro da página ao lado). A técnica se tornou assim conhecida por ter sido difundida no Japão a partir do século 14. A forma de expressão, porém, nasceu nos mosteiros budistas da China e foi reconhecida como estilo artístico durante a dinastia Sung (960-1274). Com traços semelhantes aos da caligrafia (em que cada ideograma pode simbolizar uma história), o sumiê tem como fundamento uma apropriação expressionista da natureza.

 

A pintura chinesa herdou também da escrita os materiais, chamados de "os quatro tesouros do estúdio": o pincel (ruan bi, ou "utensílio mole para escrever"), a tinta (barra de nanquim ou carvão diluído em água), o tinteiro e o papel. A qualidade da obra depende do uso dos objetos. Os pincéis podem ser grossos (para desenhar) ou suaves (para colorir), manipulados com mais ou menos pressão. O papel branco, leve e absorvente é chamado de xuan e geralmente tem como matéria-prima a amoreira, o bambu ou a juta. Mas suportes feitos de alumínio e cola também são usados para trabalhos com linhas finas. A tinta pode ser misturada com mais ou menos água para criar manchas e traços que conduzem às mais diversas formas, dependendo da intenção do artista.

 

Março de 1999
MOSTRA DE SUMIÊ
O pintor chinês Chen Kong Fang, radicado no Brasil desde 1951 e tido como um mestre na arte do sumiê, ganha uma mostra individual em Hong Kong.

Maio de 1999
A VOLTA DE MACAU
Após mais de 300 anos de dominação portuguesa, o território passa novamente ao controle chinês. Importante destino turístico, é conhecido por seus cassinos.

2000
CENSO COMPLICADO
Com a liberação das migrações internas, a China realiza o censo de mais difícil apuração da história, que contabilizou 1,266 bilhão de pessoas.

2001
ABERTURA DE MERCADO
Após 15 anos de negociações, a China passa a integrar a Organização Mundial do Comércio, abrindo ainda mais o maior mercado consumidor do planeta.

2004
CIDADE EM OBRAS
O aeroporto de Pequim começa a ser reformado para os Jogos Olímpicos. A capacidade do terminal é triplicada, chegando a 80 milhões de passageiros por ano.

2003
NOVO PRESIDENTE
Seguidor de Deng Xiaoping, Hu Jintao assume a presidência. Apesar da fama de modernizador, tem sido leal à política tradicional e reprimido opositores.

 

Quer saber mais?

Bibliografia
Ideogramas e a Cultura Chinesa, Tai Hsuan-An, 504 págs., Ed. Realizações, tel. (11) 5572-5363, 160 reais Os Dez Sóis Que Se Apaixonaram pelas Doze Luas, Lisa Bresner, 64 págs., Ed. Companhia das Letras, tel. (11) 3707-3500, 34 reais

Internet
Saiba mais sobre o pintor Chen Kong Fang em www.fang.com.br

 
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