Ensino híbrido: conheça o conceito e entenda na prática
PorNOVA ESCOLA
27/10/2015
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Jornalismo
PorNOVA ESCOLA
27/10/2015
Conteúdo atualizado sobre ensino híbrido na pandemia
Este conteúdo que você encontrou, initulado Ensino híbrido: conheça o conceito e entenda na prática, foi publicado em 2015, antes da pandemia do coronavírus. Caso queira saber mais sobre ensino híbrido considerando o contexto da pandemia do coronavírus, confira abaixo a relação de novas reportagens sobre o tema e clique em cima dos links para abrir:
- Ensino híbrido: é possível fazer sem internet e poucos recursos?
- Para entender o ensino híbrido em 14 perguntas
- Ensino híbrido: quais são os modelos possíveis?
Olá, educador!
Como inovar no modelo tradicional de ensino e transformar os alunos em protagonistas do próprio aprendizado?
O ensino híbrido, ou blended learning, é uma das maiores tendências da Educação do século 21, que promove uma mistura entre o ensino presencial e propostas de ensino online – ou seja, integrando a Educação à tecnologia, que já permeia tantos aspectos da vida do estudante.
Mas engana-se quem pensa que basta colocar computadores na escola e deixar os estudantes ali sem qualquer orientação. Como bem definiu a especialista Lilian Bacich em um debate sobre o tema promovido pela Geekie (e disponível aqui), “o ensino híbrido é uma mistura metodológica que impacta a ação do professor em situações de ensino e a ação dos estudantes em situações de aprendizagem”.
A adoção do ensino híbrido em um nível mais profundo exige que sejam repensadas a organização da sala de aula, a elaboração do plano pedagógico e a gestão do tempo na escola. Dessa forma, acrescenta Lilian, que também é coordenadora do curso online sobre ensino híbrido do Instituto Península e da Fundação Lemann que eu já indiquei nesta coluna, “o papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais”.
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Mas como essas alterações acontecem na prática?
No Brasil, uma das maneiras mais comuns da adoção do ensino híbrido é por meio da chamada rotação de laboratório (ou lab rotation, em inglês), na qual são combinados momentos na sala de aula e no laboratório de informática, com conteúdos complementares.
Assim, para uma disciplina, o estudante pode passar a primeira aula em um laboratório de informática usando recursos online para o primeiro contato do tema.
Na aula seguinte, com a ajuda do professor e em companhia dos colegas, ele pode aprofundar o que aprendeu e aplicar os conceitos, desenvolvendo projetos, debatendo o assunto, trabalhando exercícios de contextualização, tirando dúvidas, entre outras atividades.
Desta forma, o aluno é estimulado a pensar criticamente, a trabalhar em grupo e a ver mais sentido no conteúdo. Ele assume a posição de protagonista e tem mais chances de aprender da maneira que melhor funciona para ele.
Já o professor ganha um papel mais próximo ao de um mentor que guia esse processo de busca pelo conhecimento e, com a diminuição da carga de aulas expositivas, ele tem mais tempo para dar atenção personalizada às necessidades dos estudantes e acompanhar de maneira mais próxima evolução deles.
Esse é o método adotado por várias escolas em todo o Brasil que usam o Geekie Lab, uma plataforma que reúne conteúdo de todo o Ensino Médio e o disponibiliza em mais de 600 aulas com vídeos, textos e exercícios.
A plataforma, por si só, não garante que a escola passe a adotar o ensino híbrido, mas é uma facilitadora desse processo ao permitir que o aluno encontre ali o que precisa para ter uma visão geral sobre o tema e possa aprender no seu ritmo, sem depender somente da explicação do professor.
É o caso da EE Profª Etelvina de Góes Marcucci, em Paraisópolis, zona Sul de São Paulo. Graças a uma doação de netbooks, a escola vem implantando dinâmicas de ensino híbrido que seguem esse modelo.
“Reservo uma das minhas duas aulas semanais de Física para usar o Geekie Lab com meus alunos. Na primeira, eu indico o tópico que eles devem estudar pela plataforma e na segunda nós exploramos o assunto juntos”, conta o professor William Ulysses da Silva. “Isso é um grande avanço. Como os alunos são muito envolvidos com tecnologia, é algo que chama mais a atenção deles. São novas oportunidades para aprender”, completa.
Outro exemplo de aplicação do ensino híbrido acompanhado pela Geekie, este em processo mais avançado, é o Projeto Gente (sigla de Ginásio Experimental de Novas Tecnologias Educacionais), iniciado em 2013 na EM André Urani, na Favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro.
A escola, sem paredes, abriga espaços onde alunos de diferentes idades são agrupados em times de acordo com seus interesses e características acadêmicas e emocionais, entre outras – embora sejam matriculados nas séries convencionais determinadas pela legislação.
Ali, os professores têm a missão de supervisionar o aprendizado dos times. A rotina escolar se divide entre atividades de mentoria, que ocupam 60% da grade, e os laboratórios de aprendizagem, com atividades mais parecidas com as aulas tradicionais.
A plataforma da Geekie traz os conteúdos organizados em uma sequência didática consistente e possui avaliações diagnósticas que norteiam o trabalho do professor, permitindo-lhe mapear fragilidades e pontos fortes de cada aluno, e acompanhar sua evolução.
E você, educador, acha que esse modelo funcionaria na sua escola? Conhece outras experiências de ensino híbrido? Compartilhe conosco!
Um abraço,
Claudio Sassaki
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