Ele virou atleta para ensinar hóquei aos alunos
A modalidade, que começou opcional, hoje está incorporada ao planejamento regular da instituição
PorNOVA ESCOLAWellington SoaresAlice VasconcellosElaine Iorio
08/06/2016
Este conteúdo é gratuito, entre na sua conta para ter acesso completo Cadastre-se
Compartilhe:
Jornalismo
PorNOVA ESCOLAWellington SoaresAlice VasconcellosElaine Iorio
08/06/2016
"Minha relação com o hóquei sobre a grama é recente, porém intensa. Eu nunca tinha ouvido falar da modalidade até maio de 2014, quando participei de uma capacitação sobre o esporte promovida pelo Transforma, o programa de Educação dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foi amor à primeira tacada. Tive muita facilidade para aprender os movimentos e entender o esquematático, semelhante ao do futebol: dois times, com 11 jogadores cada um, tentam marcar o maior número de gols possível.
A afinidade foi tanta que o técnico da seleção masculina e instrutor da oficina, Cláudio Rocha, me chamou para alguns treinos. Achei inviável pela falta de tempo, mas comecei a pensar em como levar essa prática esportiva para meus alunos de 8º e 9º anos da EM Princesa Isabel, localizada em uma região pobre do Rio de Janeiro. Fui com cerca de 30 estudantes a um festival com atletas profissionais promovido pela Federação de Hóquei do Rio de Janeiro.
Me mostrei interessado em conhecer mais sobre a modalidade e fui convidado a fazer um curso para instrutores. O formador - Igor Almeida, atleta do Rio Hockey Club - me convenceu a entrar para o time. Era uma boa oportunidade para aprender sobre as técnicas e levá-las à turma.
Mas havia um problema: o equipamento, importado, era caro. Era possível fazer adaptações para utilizar o material disponível, recorrendo, por exemplo, a pedaços de madeira para substituir os tacos e as bolinhas de tênis. Eu preferi investir em outra saída: escrevi um projeto pedindo apoio à federação para criar uma aula extracurricular na escola. Ganhei 12 tacos, três bolas e o interesse dos alunos: a moçada começou a jogar hóquei - tanto meninos quanto meninas, todos juntos. Conquistei também os gestores: a modalidade, que começou opcional, hoje está incorporada ao planejamento regular da instituição.
Continuo a me dedicar aos treinamentos como atleta, participando de competições e ajudando a divulgar o esporte. Mas não abro mão do trabalho na escola, porque creio no potencial da Educação e no legado que a Olimpíada vai deixar para o Brasil e para nossos alunos."
Rafael Silva da Cunha é professor de Educação Física da EM Princesa Isabel, no Rio de Janeiro, e atleta do Rio Hockey Club
Fotografia: Lucas Landau
Últimas notícias
Alfabetização matemática
Matemática: A Geometria da Arte
Veja exemplos de obras que permitem abordar as figuras e padrões geométricos, as posições e a simetria.
Alfabetização
Gênero textuais para usar na alfabetização
Entenda como escolher os textos que são usados em sala de aula e três sugestões para explorar o campo de atuação da vida cotidiana
Clima escolar
Clima escolar: como fazer a mediação de conflitos e adotar ações efetivas de prevenção ao bullying
Durante os esforços de recomposição de aprendizagens, é fundamental cuidar da saúde emocional dos estudantes e criar estratégias para melhorar a convivência
Recomposição de aprendizagens
Como Sobral (CE), cidade destaque em alfabetização, está organizando o trabalho no pós-pandemia
Conhecido pela qualidade de sua educação, o município desenvolve uma série de ações que podem inspirar escolas de outras regiões na gestão do processo de recomposição de aprendizagens
Direito e Educação
Sistema Nacional de Educação: mecanismo para enfrentar os impactos da pandemia e os desafios estruturais
Em debate no Congresso Nacional, o SNE é urgente para garantir o direito à Educação de crianças e jovens