Sala de Arte: bonita e versátil
Organize o espaço para atender às quatro áreas - música, dança, artes plásticas e teatro - e valorizar a produção dos alunos
10/12/2015
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Jornalismo
10/12/2015
Imagine pintar tendo de acomodar aquarela, pote de água, pincel e folhas de papel sobre uma carteira individual pequena (do tipo universitária). E o que dizer de um ensaio de dança ao som de uma música que se espalha pelas salas vizinhas? Situações como essas podem ser evitadas caso exista na escola uma sala de Arte, equipada com os materiais necessários para pintar, desenhar, fazer escultura, cantar, tocar instrumentos, dançar, encenar, apreciar obras etc.
Foi o que fez a EM São Cristóvão, em Recife. Para montar esse ambiente, foi reformado um cômodo amplo, próximo à entrada do prédio e distante das outras salas. "Assim, temos liberdade para desenvolver inclusive atividades barulhentas", explica a coordenadora pedagógica, Maria de Fátima Aguiar, que até o ano passado lecionava a disciplina na escola. Ela participou das decisões da equipe gestora sobre a compra de materiais e equipamentos. A ideia inicial, por exemplo, era comprar mesas de madeira em formato de X. No entanto, constatou-se que modelos leves e quadrados seriam mais adequados, já que frequentemente eles mudam de lugar na sala.
Para atender às quatro modalidades do ensino de Arte - música, dança, artes plásticas e teatro -, é preciso versatilidade. "Não se pode perder tempo com a arrumação e a procura de materiais. Por isso, além de pensar na escolha dos móveis, é interessante reservar caixas e estantes para cada projeto", afirma Mariza Szpigel, professora de Arte da Escola da Vila, em São Paulo. Cabe à direção conversar com os docentes sobre os itens que serão usados ao longo do ano e controlar o estoque.
É também função da equipe gestora asssegurar a visibilidade dos trabalhos dos alunos. O ideal é que as turmas participem dando sugestões sobre o melhor local para exibir as produções e como selecioná-las caso haja limitação de espaço. "As paredes são como telas em branco. As obras dos alunos darão cor a elas", explica José Cavalhero, artista, educador, consultor e coautor do livro O Que Revela o Espaço Escolar?. Carlos Eduardo Ignacio, diretor da EB Gaspar da Costa Moraes, em Itajaí, a 93 quilômetros de Florianópolis, incentiva a exposição das produções. Na sala, há desenhos espalhados pelas paredes e em cavaletes. Os trabalhos são vistos também no pátio interno, de acordo com um cronograma previamente estabelecido pelos professores. Lugar de Arte, afinal, não é só na sala de aula.
Ilustração: Bruno Algarve
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