Cenários para aprender e brincar
Feitas pela molecada, a ambientação e a decoração das salas devem se relacionar com o que a pré-escola está trabalhando
PorPaulo Araújo
11/09/2016
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Jornalismo
PorPaulo Araújo
11/09/2016
Desde o início de 2007, as 60 escolas de Educação Infantil do Grande Recife estão de cara nova. Se antes as paredes exibiam personagens como Branca de Neve, Cinderela ou Pato Donald, agora elas estão enfeitadas com peças feitas pelas crianças, que reproduzem locais importantes da capital pernambucana, como pontes e igrejas. Os novos objetos de decoração, aprendizagem e diversão são feitos com a técnica de empapelamento - que utiliza jornal com cola para recobrir papelão.
"Foi uma verdadeira transformação no jeito de planejar e usar o espaço", constata a arte educadora Denise Nalini, responsável pela capacitação dos 400 professores da rede municipal.
Há dois anos, a Gerência de Educação Infantil da Secretaria de Educação do Recife planejava a reformulação visual das creches. Uma primeira pesquisa indicou que a maioria dos educadores não queria mexer no que chamavam "minha sala".
A saída foi fazer uma série de oficinas e palestras durante dois meses, para repensar o espaço. A técnica Íris de Oliveira lembra que os participantes não viam nada de mais em ter nas paredes personagens de histórias e filmes infantis. "São bonitos e todos conhecem", alegavam. Foi preciso um programa de capacitação para que eles passassem a considerar a classe como um espaço de reflexão sobre o processo de aprendizagem.
Como o conhecimento sobre a comunidade e o bairro é previsto no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, os participantes do curso de formação resolveram usar o tema para planejar um projeto institucional. Assim, eles começaram a pesquisar na internet e concluíram que na cidade há diversos pontos da paisagem urbana que servem de inspiração para o novo tipo de decoração.
Muitos educadores tiveram a idéia, posteriormente, de transformar determinados cenários em brinquedos. A Ponte da Boa Vista, por exemplo, foi construída de modo a virar um escorregador. Já a Casa do Carnaval passou a servir de palco para o teatro de bonecos e fantoches. "Produzir os materiais permite às crianças sentir que o lugar é realmente delas", diz Gisete Lima, diretora da Creche da Associação Cristã Feminina do Recife. O processo teve um benefício adicional. "Muitos pais entraram na classe dos filhos pela primeira vez, uns para ajudar na montagem, outros para ver como ficou", comemora a diretora.
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